sábado, 26 de maio de 2012

CARIDADE

PEDIDO DE CARIDADE 

Visitamos o LAR FREI LUCAS, localizado no Largo do Papagaio – Ribeira – e ficamos impressionados com o tratamento exemplar dado aos l5 idosos ali abrigados. 
São idosos, abandonados pelos seus familiares, na sua maioria acamados, que necessitam de tudo, inclusive de visitas.
Pedimos a vocês que, dentro de suas possibilidades, ajudem o frei Florisvaldo em sua missão caridosa para com esses idosos abandonados. 

O Lar necessita de: 

ALIMENTOS – MATERIAL DE LIMPEZA – FRALDAS GERIÁTRICAS (TAMANHO M E G) – ROUPAS (FEMININA E MASCULINA) – LENÇÓIS – INGREDIENTE PARA MINGAU. 

CONTATO:- FREI FLORISVALDO 

TEL. 71 – 3207-7033 
E-MAIL – contato@larfreilucas.org.br 
SITE – www.larfreilucas.org.br

CONSELHO DO DIA

Não me fale, pois, Moisés, mas vós, Senhor meu Deus, Verdade eterna, para que não morra sem ter alcançado fruto algum, se só for admoestado por fora e não abrasado interiormente; e não seja minha condenação a palavra ouvida e não praticada, conhecida e não amada, criada e não observada.  
Falai, pois, Senhor, que o vosso servo escuta; porque possuís palavras de vida eterna (1 Rs 3,10; Jo 6,69). 
Falai-me para consolação de minha alma e emenda de minha vida, também para louvor, glória e perpétua honra vossa. 

( Que a verdade fala dentro de nós, sem estrépito de palavras)

PENSAMENTO DO DIA


O sábio não é o homem que fornece as respostas verdadeiras, é o que formula as perguntas verdadeiras. 

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA


A inveja é a arma dos incapazes. 

 Autor: Desconhecido

OS MENSAGEIROS - LIVRO DE CHICO XAVIER

CONTINUAÇÃO 

CAPÍTULO 36 
MÃE E FILHOS 

No comentário evangélico, eu recolhia observações interessantes. 
Tal como no caso de Ismália, quando lhe ouvíamos a sublime melodia, a interpretação de Fábio estava cheia de maravilhas espirituais que transcendiam à capacidade receptiva de Dona Isabel. 
A viúva de Isidoro parecia deter tão somente uma parte. Desse modo, as crianças recebiam a lição de acordo com as possibilidades mediúnicas da palavra materna, enquanto que a nós outros se propiciava o ensinamento com maravilhoso conteúdo de beleza. 
Sempre solícito, o instrutor esclareceu: – Não se admirem do fenômeno! cada qual receberá a luz espiritual conforme a própria capacidade. Há muitos companheiros nossos, aqui reunidos, que registram o comentário de Fábio com mais dificuldade que as próprias crianças. Experimentam, ainda, grandes limitações. Havia grande respeito em todos os desencarnados presentes. 
Fábio Aleto sentou-se em plano superior, ao passo que Isidoro se acomodava junto da esposa, no impulso afetivo do pai que se aproxima, solícito, para a conversação carinhosa com os filhos bem-amados. 
Nesse instante, a pequenina Marieta, que parecia haver atingido os sete anos, aproveitando o momento de palavra livre, perguntou à mãezinha, em tom comovedor: – Mamãe, se Jesus é tão bom, porque estamos comendo só uma vez por dia, aqui em casa? Na casa de Dona Fausta, eles fazem duas refeições, almoçam e jantam. 
Neli me contou que no  tempo de papai também fazíamos assim, mas agora... Porque será? 
A viúva esboçou um sorriso algo triste e falou: – Ora, Marieta, você vive muito impressionada com essa questão. Não devemos, filhinha, subordinar todos os pensamentos às necessidades do estômago. Há quanto tempo estamos tomando nossa refeição diária e gozando boa saúde? 
Quanto benefício estaremos colhendo com esta frugalidade de alimentação? Joaninha interveio, acrescentando: – Mamãe tem toda a razão. Tenho visto muita gente adoecer por abuso da mesa. – Além disso – acentuou Dona Isabel, confortada –, vocês devem estar certos de que Jesus abençoa o pão e a água de todas as criaturas que sabem agradecer as dádivas divinas. É verdade que Isidoro partiu antes de nós, mas nunca nos faltou o necessário. 
Temos nossa casinha, nossa união espiritual, nossos bons amigos. 
Convençam-se de que o papai está trabalhando ainda por nós. 
Nessa altura da palestra, dada a nossa comoção, Isidoro enxugou os olhos úmidos. 
Noemi, a caçula pequenina, falou em voz infantil: – É mesmo, é verdade! eu vi papai ajudando a segurar o bolo que Dona Cora nos trouxe domingo. – Também vi, Noemi – disse Dona Isabel, de olhos vivamente brilhantes –, papai continua auxiliando-nos. 
E voltando-se para todos, acentuou: – Quando sabemos amar e esperar, meus filhos, não nos separamos dos entes queridos que morrem para a vida física. Tenhamos certeza na proteção de Jesus!... Marieta, parecendo agora absolutamente tranqüila, assentiu: 
Quando a senhora fala, mamãe, eu sinto que tudo é verdade! Como Jesus é bom! E se nós não tivéssemos a senhora? 
Tenho visto os pequenos mendigos abandonados. 
Talvez não comam coisa alguma, talvez não tenham amigos como os nossos! Ah! como devemos ser agradecidos ao Céu!... 
A viúva, que se confortava visivelmente, ouvindo aquelas palavras, exclamou com profunda emoção: – Muito bem, minha filha! Nunca deveremos reclamar e sim louvar sempre. E possivelmente não saberia você compreender a situação, se estivéssemos em mesas lautas. 
Observei, porém, que o menino não compartilhava aquele dilúvio de bênçãos. 
Entre Dona Isabel e as quatro filhinhas havia permuta constante de vibrações luminosas, como se estivessem identificadas no mesmo ideal e unidas numa só posição; mas o rapazote permanecia espiritualmente distante, fechado num círculo de sombras. 
De quando em quando, sorria irônico, insensível à significação do momento. 
Valendo-se da pausa mais longa, ele perguntou à genitora, menos respeitosamente: – Mamãe, que entende a senhora por pobreza? 
Dona Isabel respondeu, muito serena: – Creio, meu filho, que a pobreza é uma das melhores oportunidades de elevação, ao nosso alcance. 
Estou convencida de que os homens afortunados têm uma grande tarefa a cumprir, na Terra, mas admito que os pobres, além da missão que lhes cabe no mundo, são mais livres e mais felizes. 
Na pobreza, é mais fácil encontrar a amizade sincera, a visão da assistência de Deus, os tesouros da natureza, a riqueza das alegrias simples e puras. 
É claro que não me refiro aos ociosos e ingratos dos caminhos terrenos. 
Refiro-me aos pobres que trabalham e guardam a fé. 
O homem de grandes possibilidades financeiras muito dificilmente saberá discernir entre a afeição e o interesse mesquinho; crente de que tudo pode, nem sempre consegue entender a divina proteção; pelo conforto viciado a que se entrega, as mais das vezes se afasta das bênçãos da Natureza; e em vista de muito satisfazer aos próprios caprichos, restringe a capacidade de alegrar-se e confiar no mundo. Apesar da beleza profunda daquela opinião, o rapazola permaneceu impassível, respondendo algo contrariado: – Infelizmente, não posso concordar com a senhora.
Até os garotos do jardim de infância pensam de modo contrário. Dona Isabel mudou a expressão fisionômica, assumiu a atitude de quem instrui com a noção de responsabilidade, e acentuou: – Não estamos aqui num jardim de infância, meu filho. 
Estamos no jardim do lar, competindo-nos saber que as flores são sempre belas, mas que a vida não pode prosseguir sem a bênção dos frutos. Por onde andarmos no mundo, receberemos muitos alvitres da mentira venenosa. 
É preciso vigiar o coração, Joãozinho, valorizando as bênçãos que Jesus nos envia. 
O rapazinho, entretanto, demonstrando enorme rebeldia íntima, tornou: – A senhora não considera razoável alugar este salão a fim de termos algum dinheiro a mais? 
Estive conversando, ontem, com o “seu” Maciel, quando vim da escola. 
Ele nos pagaria bem, para ter aqui um depósito de móveis. Dona Isabel, de ânimo decidido, respondeu com energia, sem irritação: – Você deve saber, meu filho, que enquanto respeitarmos a memória de seu pai, este salão será consagrado às nossas atividades evangélicas. 
Já lhes contei a história do nosso culto doméstico e não desejo que vocês sejam cegos às bênçãos do Cristo. 
Mais tarde, Joãozinho, quando você entrar diretamente na luta material, se for agradável ao seu temperamento, construa casas para alugar;  
Os  mas agora, meu filho, é indispensável que você considere este recanto como algo de sagrado para sua mamãe. – E se eu insistir? – perguntou, mal humorado, o pequeno orgulhoso. 
A viúva, muito calma, esclareceu firme: – Se você insistir, será punido, porque eu não sou mãe para criar ilusões perigosas ao coração dos filhinhos que Deus me confiou. 
Se muito amo a vocês, precisarei incliná-los ao caminho reto. 
O pequeno quis retrucar, mas a luz emitida pelo tórax de Dona Isabel, ao que me pareceu, confundiu-lhe o espírito rebelde e vi-o calar-se, a contragosto, amuado e enraivecido. 
Admirei, então, profundamente, aquela bondosa mulher, que se dirigia à filha mais velha como amiga, às filhinhas mais novas como mãe, e ao filho orgulhoso como instrutora sensata e ponderada. Aniceto, que também se mostrava satisfeito, disse-nos em tom significativo: – O Evangelho dá equilíbrio ao coração. 
A pequena Neli, amedrontada, pediu, humilde: – Mamãe, não deixe Joãozinho alugar a sala! 
A viúva sorriu, acariciou o rostinho da filha e asseverou: – Joãozinho não fará isso, saberá compreender a mamãe. 
Não falemos mais neste assunto, Neli. 
E fixando o relógio, dirigiu-se à primogênita: – Joaninha, minha filha, ore agradecendo, em nosso nome. Nosso horário está findo. 
A jovem, com expressão nobre e carinhosa, agradeceu ao Senhor, tocando-nos os corações. 

CONTINUA AMANHÃ

MENSAGEM ESPÍRITA -O CEU - PARTE 2

sexta-feira, 25 de maio de 2012

CONSELHO DO DIA

Este é o conselho que a Imitação de Cristo lhe dá para hoje: 

Quando o homem começa a entibiar, logo teme o menor trabalho e anseia as consolações exteriores. 
Quando, porém, começa deveras a vencer-se e andar com ânimo no caminho de Deus, leves lhe parecem as coisas que antes achava onerosas. 

( Da mente pura e da intenção simples)

PENSAMENTO DO DIA


Pensamentos, palavras e ações são o que plantamos.

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA


Sucesso é saber aonde você quer ir, para isso você precisa saber onde estar e como chegar lá. 

Autor: Desconhecido

OS MENSAGEIROS - LIVRO DE CHICO XAVIER

CONTINUAÇÃO 

CAPÍTULO 35 
CULTO DOMÉSTICO 

 Nas primeiras horas da noite, Dona Isabel abandonou a agulha e convidou os filhinhos para o culto doméstico. 
Notando o interesse que me despertavam as crianças, Aniceto explicou: – As meninas são entidades amigas de “Nosso Lar”, que vieram para serviço espiritual e resgate necessário, na Terra. 
O mesmo, porém, não acontece ao pequeno, que procede de região inferior. 
De fato, eu identificava perfeitamente a situação, O rapazola não se revestia de substância luminosa e atendia ao convite materno, não como quem se alegra, mas como quem obedece. 
Com tamanha naturalidade se sentaram todos em torno da mesa, que compreendi a antigüidade daquele abençoado costume familiar. 
A filha mais velha, que atendia por Joaninha, trazia cadernos de anotações e recortes de jornais. 
A viúva sentou-se à cabeceira e, após meditar breves instantes, recomendou à pequena Neli, de nove anos, fizesse a oração inicial do culto, pedindo a Jesus o esclarecimento espiritual. 
Todos os trabalhadores invisíveis sentaram-se, respeitosos. 
Isidoro e alguns companheiros mais íntimos do casal permaneceram ao lado de Dona Isabel, sendo quase todos vistos e ouvidos por ela. 
Tão logo começou aquele serviço espiritual da família, as luzes ambientes se tornaram muito mais intensas. 
Profunda sensação de paz envolvia-me o coração. 
A pequena Neli, em voz comovente, fez a prece:  Senhor, seja feita a vossa vontade, assim na Terra como nos Céus. 
Se está em vosso santo desígnio que recebamos mais luz, permiti, Senhor, tenhamos bastante compreensão no trabalho evangélico! 
Dai-nos o pão da alma, a água da vida eterna! Sede em nossos corações, agora e sempre. 
Assim seja!... Dona Isabel pediu à filha mais velha lesse uma página instrutiva e consoladora e, em seguida, algum fato interessante do noticiário comum, ao que Joaninha atendeu, lendo pequeno capitulo de um livro doutrinário sobre a irreflexão, e um episódio triste de jornal leigo. 
A primogênita de Isidoro, que revelava muita doçura e afabilidade, parecia impressionada. 
Tratava-se de uma jovem de bairro distante, vitima de suicídio doloroso. 
O repórter gravara a cena com característicos muito fortes. 
A leitora estava trêmula, sensibilizada. 
Assim que Joaninha terminou, Dona Isabel abriu o Novo Testamento, como se estivesse procedendo ao acaso, mas, em verdade, eu via que Isidoro, do nosso plano, intervinha na operação, ajudando a focalizar o assunto da noite. 
A seguir, fixou o olhar na página pequenina e falou: – A mensagem-versículo de hoje, meus filhos, está no capítulo 13 do Evangelho de São Mateus. 
E lendo o versículo 31, fê-lo em voz alta: – “Outra parábola lhes propôs, dizendo: – O Reino dos Céus é semelhante ao grão de mostarda que o homem tomou e semeou no seu campo.” Observei, então, um fenômeno curioso. 
Um amigo espiritual, que reconheci de nobilíssima condição, pelas vestes resplandecentes, colocou a destra sobre a fronte da generosa viúva. 
Antes que lhe perguntasse, Aniceto explicou em voz quase imperceptível: Aquele é o nosso irmão Fábio Aleto, que vai dar a interpretação espiritual do texto lido. 
Os que estiverem nas mesmas condições dele, poderão ouvir-lhe os pensamentos; mas, os que estiverem em zona mental inferior, receberão os valores interpretativos, como acontece entre os encarnados, isto é, teremos a luz espiritual do verbo de Fábio na tradução do verbo materializado de Isabel. 
Nosso mentor não poderia ser mais explícito. Em poucas palavras fornecera-me a súmula da extensa lição. 
Notei que a viúva de Isidoro entrara em profunda concentração por alguns momentos, como se estivesse absorvendo a luz que a rodeava. 
Em seguida, revelando extraordinária firmeza no olhar, iniciou o comentário: – “Lemos hoje, meus filhos, uma página sobre a irreflexão e a notícia de um suicídio em tristíssimas circunstâncias. 
Afirma o jornal que a jovem suicida se matou por excessivo amor; entretanto, pelo que vimos aprendendo, estamos certos de que ninguém comete erros por amar verdadeiramente. 
Os que amam, de fato, são cultivadores da vida e nunca espalham a morte. 
A pobrezinha estava doente, perturbada, irrefletida. 
Entregou-se à paixão que confunde o raciocínio e rebaixa o sentimento. 
E nós sabemos que, da paixão ao sofrimento, ou à morte, não é longa a distância. 
Lembremos, todavia, essa amiga desconhecida, com um pensamento de simpatia fraternal. 
Que Jesus a proteja nos caminhos novos. 
Não estamos examinando um ato, que ao Senhor compete julgar, mas um fato, de cuja expressão devemos extrair o ensinamento justo. “A mensagem evangélica desta noite assevera, pela palavra do nosso Divino Mestre aos discípulos, que o reino dos céus é também “semelhante ao grão de mostarda que o homem tomou e semeou no seu coração”. 
Devemos ver, neste passo, meus filhos, a lição das coisas mínimas. 
A esfera carnal onde vivemos está  repleta de irreflexões de toda sorte. 
Raras criaturas começam a refletir seriamente na vida e nos deveres, antes do leito da morte física. 
Não devemos fixar o pensamento tão só nessa jovem que se suicidou em condições tão dramáticas, ao nos referirmos aos ensinos de agora. 
Há homens e mulheres, com maiores responsabilidades, em todos os bairros, que evidenciam paixões nefastas e destruidoras no campo dos sentimentos, dos negócios, das relações sociais. 
As mentes desequilibradas pela irreflexão permanecem, neste mundo, quase por toda a parte. 
É que nos temos descuidado das coisas pequeninas. 
Grande é o oceano, minúscula é a gota, mas o oceano não é senão a massa das gotas reunidas. 
Falanos o Mestre, em divino simbolismo, da semente de mostarda. 
Recordemos que o campo do nosso coração está cheio de ervas espinhosas, demorando, talvez, há muitos séculos, em terrível esterilidade. 
Naturalmente, não deveremos esperar colheitas milagrosas. 
É indispensável amanhar a terra e cuidar do plantio. 
A semente de mostarda, a que se refere Jesus, constitui o gesto, a palavra, o pensamento da criatura. “Há muitas pessoas que falam bastante em humildade, mas nunca revelam um gesto de obediência. 
Jamais realizaremos a bondade, sem começarmos a ser bons. 
Alguma coisa pequenina há de ser feita, antes de edificarmos as grandes coisas. 
O Senhor ensinou, muitas vezes, que o reino dos céus está dentro de nós. 
Ora, é portanto em nós mesmos que devemos desenvolver o trabalho máximo de realização divina, sem o que não passaremos de grandes irrefletidos. 
A floresta também começou de sementes minúsculas. 
E nós, espiritualmente falando, temos vivido em densa floresta de males, criados por nós mesmos, em razão da invigilância na escolha de sementes espirituais. 
A palestra de uma hora, o pensamento de um dia, o gesto de um momento, podem representar muito em nossas vidas. 
Tenhamos cuidado com as coisas pequeninas e selecionemos os grãos de mostarda do reino dos céus. 
Lembremos que Jesus nada ensinou em vão. Toda vez que ‘pegarmos’ desses grãos, consoante a Palavra Divina, semeando-os no campo íntimo, receberemos do Senhor todo o auxilio necessário. 
Conceder-nos-á a chuva das bênçãos, o sol do amor eterno, a vitalidade sublime da esfera superior. 
Nossa semeadura crescerá e, em breve tempo, atingiremos elevadas edificações. 
Aprendamos, meus filhos, a ciência de começar, lembrando a bondade de Jesus a cada instante. 
O Mestre não nos desampara, segue-nos amorosamente, inspira-nos o coração. 
Tenhamos, sobretudo, confiança e alegria!” Reparei que Fábio retirou a mão da fronte da viúva e observei que ela entrava a meditar, como quem sentira o afastamento da idéia em curso. 
Havia grande comoção na assembléia invisível às crianças que, por sua vez, também pareciam impressionadas. 
Dona Isabel voltou a contemplar maternalmente os filhos, e falou: – Procuremos, agora, conversar um pouco. 

CONTINUA AMANHÃ

MENSAGEM ESPÍRITA - O CEU - PARTE 1

quinta-feira, 24 de maio de 2012

CONSELHO DO DIA

Graças vos sejam dadas, Senhor, porque de vós procede todo o bem que me sucede. 

Mas eu sou vaidade e nada, diante de vós, sou homem frágil e inconstante. 

De que posso, pois, gloriar-me, ou por que desejo ser estimado? 

Porventura do meu nada? 

Isso seria o cúmulo da vaidade. 

Verdadeiramente a vanglória é peste maligna e a pior das vaidades, porque nos aparta da glória verdadeira e nos priva da graça celestial. 

Porquanto, desde que o homem agrada a si, desagrada a vós, e quando aspira aos humanos louvores, perde as verdadeiras virtudes. 

( Que o homem por si mesmo nada tem de bom e de nada se pode gloriar)

PENSAMENTO DO DIA


Não perguntes a felicidade quem ela é, nem de onde venho... Apenas, abra a porta para que entre... E feche-a para que não fuja.

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA


Quando se ama de verdade, nem sempre a reciprocidade é tudo. O importante é que o ser amado, esteja infinitamente Feliz. 

 Autor: Desconhecido

OS MENSAGEIROS - LIVRO DE CHICO XAVIER

CONTINUAÇÃO 

CAPÍTULO 34 
OFICINA DE NOSSO LAR 

 Entre dezoito e dezenove horas, atingimos uma casa singela de bairro modesto. No longo percurso, através de ruas movimentadas, surpreendia-me, sobremaneira, por se me depararem quadros totalmente novos. Identificava, agora, a presença de muitos desencarnados de ordem inferior, seguindo os passos de transeuntes vários, ou colados a eles, em abraço singular. Muitos dependuravam- se a veículos, contemplavam-nos outros, das sacadas distantes. 
Alguns, em grupos, vagavam pelas ruas, formando verdadeiras nuvens escuras que houvessem baixado repentinamente ao solo. Assustei-me. 
Não havia anotado tais ocorrências nas excursões anteriores ao círculo carnal. 
Aniceto, porém, explicou que não fora vão o auxílio recebido para intensificação do poder visual. 
Estávamos em tarefa de observação ativa, com vistas ao aprendizado. 
Não dissimulava, entretanto, minha surpresa. 
As sombras sucediam- se umas às outras e posso assegurar que o número de entidades inferiores, invisíveis ao homem comum, não era menor, nas ruas, ao de pessoas encarnadas, em contínuo vaivém. 
Não havia, ali, a serenidade dos ambientes de “Nosso Lar”, nem a calma relativa do Posto de Socorro de Campo da Paz. 
Receios imprevistos instalavam-se-me n'alma, desagradáveis choques íntimos assaltavam-me o coração, sem que lhes pudesse localizar a procedência. 
Tinha a impressão nítida de havermos mergulhado num oceano de vibrações muito diferentes, onde respirávamos com certa dificuldade. 
Nosso instrutor esclarecia que, com o tempo, seriam dilatados nossos poderes de resistência e que as penosas sensações experimentadas obedeciam à circunstância de ser aquela a primeira vez que descíamos ao ambiente da Crosta em serviço de análise mais intenso. 
Recomendava-nos bom ânimo e, sobretudo, a conservação da fortaleza mental, ante quaisquer quadros menos estimáveis que nos defrontassem de imprevisto. A eficiência do auxilio, exclamava ele, necessita educação persistente. 
Não seria possível ajudar alguém, prendendo-nos a fraquezas de qualquer espécie. 
Os conselhos de Aniceto acalmavam-nos a alma surpreendida e inquieta, e eu tudo fazia, no íntimo, para ajustar-me aos alvitres do bondoso orientador, mesmo porque asseverava ele que diversos companheiros adiavam nobres realizações, em virtude das manifestações de injustificável receio. 
Aquela residência de aspecto tão humilde, que alcançávamos, agora, proporcionava-me cariciosa impressão de conforto. 
Estava lindamente iluminada por clarões espirituais, que recordavam precisamente nossa cidade tão distante. 
Fundamente surpreendido, reparei que o nosso orientador se detivera. 
Notando a nossa admiração, Aniceto indicou a casa pobre, e falou: – Teremos aqui o nosso refúgio. 
É uma oficina que representa “Nosso Lar”. 
Profundo assombro empolgou-me o íntimo, mas não tive ensejo para indagações. Precisava seguir o instrutor, que tomara a direção da casa pequenina. 
Aproximamo-nos do jardim que rodeava a construção muito simples e, estupefato, observei que numerosos companheiros espirituais assomavam à janela, saudando-nos alegremente. 
Que significava tudo aquilo? 
De outras vezes, visitara minha cidade e meu antigo lar, mas nunca vira tal coisa. 
Aniceto compreendeu-me a perplexidade e explicou: – Os irmãos que nos saúdam são trabalhadores espirituais que se abrigam nesta tenda de amor.  
Os  Um cavalheiro muito simpático e acolhedor abriu-nos a porta. 
Este pormenor foi outra nota imprevista. 
Tal não sucedia quando voltava à minha velha casa terrena. 
As portas cerradas não me ofereciam obstáculos. 
Ali, porém, vigorava um sistema vibratório de vigilância que eu não conhecia, até então. 
Nosso instrutor envolveu o anfitrião num abraço amistoso, apresentando-nos em seguida. – Aqui, meu caro Isidoro – disse a indicar-nos, carinhoso –, são nossos amigos Vicente e André, novos cooperadores de serviço, em “Nosso Lar”. – Muito bem! muito bem! – exclamou Isidoro, abraçando-nos – nossas atividades precisam de trabalhadores operosos. 
Entrem! E acrescentou, hospitaleiro: – A casa pertence a todos os cooperadores fiéis do serviço cristão. Era a primeira vez que eu via uma entidade espiritual com tão segura chefia de uma casa terrestre. Penetramos o ambiente modesto. 
Altamente surpreendido, reparei o interior. 
A paisagem material mostrava alguns móveis singelos, velhos quadros a óleo nas paredes alvas, velha máquina de costura movimentada por uma jovem aparentando dezesseis anos, um rapazote de doze anos presumíveis, atento a cadernetas de exercício escolar, três crianças de nove, sete e cinco anos, aproximadamente, e, como figura central do grupo doméstico, uma senhora de quarenta anos, mais ou menos, tricoteando uma blusa. 
Notei, porém, que da fronte, do tórax, do olhar e das mãos dessa senhora irradiava-se luz incessante que me não permitia sofrear minhas expressões admirativas. 
Aniceto designou-a, respeitoso, e falou:  Temos, aqui, a nossa irmã Isabel.
 Para os olhos humanos ela é a viúva de Isidoro, mas para nós é uma servidora leal nas atividades da fé. Reparei que Dona Isabel parecia, de algum modo, registrar a nossa presença, acusando certa surpresa no olhar, mas Aniceto adiantou-se, esclarecendo: – Nossa amiga é senhora de grande vidência psíquica, mas os benfeitores que nos orientam os esforços recomendam não se lhe permita a visão total do que se passa em torno de suas faculdades mediúnicas. 
O conhecimento exato da paisagem espiritual, em que vive, talvez lhe prejudicasse a tranqüilidade. 
Isabel, portanto, apenas pode ver, mais ou menos, a vigésima parte dos serviços espirituais em que colabora, de modo direto... A essa altura, Isidoro nos indicou pequena sala ao lado, e falou a Aniceto em particular: – Desculpem-me se não lhes posso acompanhar no repouso necessário. Descansem, contudo, à vontade. 
Tenho serviços urgentes na recepção de outros amigos. 
Nosso mentor agradeceu, comovidamente, e, acompanhandoo, alcançamos modesto salão pobremente mobiliado, mas quase repleto de entidades evolvidas em conversação edificante. Confortadoras luzes brilhavam em todos os recantos. 
Havia ali um velho relógio, tosca mesa de grandes proporções, uma dúzia de cadeiras e alguns bancos rústicos. 
A claridade espiritual reinante, todavia, era de maravilhoso efeito. Muita gente esclarecida e generosa do plano invisível aos humanos aí se reunia. 
Aniceto cumprimentou os grupos que lhe eram mais íntimos, de modo especial, e apresentou-nos com a bondade de sempre. 
Sentindo-nos a admiração, esclareceu, quando nos vimos mais a sós num canto do salão: 
Estamos numa oficina de “Nosso Lar”. Isidoro e Isabel edificaram- na, num ato de heroísmo e fé, tendo saído de nossa cidade para essa tarefa, vai para mais de quarenta anos. 
Graças a Deus, ambos têm vencido, galhardamente, árduas provas, e mantêm seus compromissos corajosamente, em serviço na Crosta. 
Há três anos, voltou ele para nossa esfera, e contudo, graças ao altruísmo da esposa e aos vínculos de amor espiritual que conservam acima de todas as expressões físicas, continuam estreitamente unidos, como no primeiro dia do reencontro na existência material. 
Dada esta circunstância invulgar, as autoridades de “Nosso Lar” concederam- lhe permissão para continuar nesta casa como esposo amigo, pai devotado, sentinela vigilante e trabalhador fiel. E, observando talvez a nossa maior surpresa, Aniceto acrescentou: – Sim, amigos, o acaso não define responsabilidades nem atende a construção séria. 
A edificação espiritual pede esforço e dedicação. 
Assim como os navios do mundo necessitam de âncoras firmes para atenderem eficientemente à sua tarefa nos portos, também nós precisamos de irmãos corajosos e abnegados que façam o papel de âncoras entre as criaturas encarnadas, a fim de que, por elas, possam os grandes benfeitores da Espiritualidade Superior se fazerem sentir entre os homens ainda animalizados, ignorantes e infelizes. 

CONTINUA AMANHÃ

CARIDADE É O QUE IMPORTA

quarta-feira, 23 de maio de 2012

CONSELHO DO DIA

Ó meu Jesus, esposo diletíssimo, amante puríssimo, senhor absoluto de toda a criação, quem me dera às asas da verdadeira liberdade para voar e repousar em vós! 
Oh! Quando me será concedido ocupar-me totalmente de vós e experimentar vossa doçura, Senhor meu Deus! 
Quando estarei tão perfeitamente recolhido em vós, que não me sinta a mim mesmo por vosso amor, mas só a vós, acima de toda sensação e medida, que nem todos conhecem! 
Agora, porém, não cesso de gemer, e levo, cheio de dor, o peso de minha infelicidade; pois neste vale de lágrimas sucedem tantos males, que muitas vezes me perturbam, entristecem e anuviam a alma; outras vezes me embaraçam, distraem, atraem e emaranham, para me impossibilitar vosso acesso e me privar das doces carícias, que gozam sempre os espíritos bem aventurados! 
 Deixai-vos enternecer por meus suspiros e tantas amarguras que padeço nesta terra. 

( Como se deve descansar em Deus sobre todos os bens e dons)

PENSAMENTO DO DIA


Maravilhas nunca faltam no mundo, o que falta é a capacidade de senti-las e admirá-las.

 Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA


Caminhe com confiança e ousadia... Há uma mão lá em cima que o ajudará a avançar.

 Autor: Desconhecido

OS MENSAGEIROS - LIVRO DE CHICO XAVIER

CONTINUAÇÃO

CAPÍTULO 33 
A CAMINHO DA CROSTA 

Após nos refazermos pela manhã, considerando a viagem ainda longa, despedimo-nos, comovidos. Pelo menos, quanto a mim, podia afirmar que me afastava com mágoa, tão belas as lições ali colhidas! 
Alfredo e a esposa nos abraçaram, sensibilizados, desejandonos jornada feliz e êxito no trabalho. 
Vários amigos da véspera estavam presentes, saudando-nos jubilosos. 
Tomamos o carro, agradavelmente surpreendidos. 
Ser-me-ia muito difícil descrever a pequena máquina, que mais se assemelhava a pequeno automóvel de asas, a deslocar-se impulsionado por fluidos elétricos acumulados. Sempre atencioso, Aniceto explicou: – Aceitei a cooperação do aparelho, não porque os deseja escravizados ao menor esforço, mas porque a permanência, embora ligeira, no Posto de Socorro, constituiu ensejo dos mais frutuosos à aquisição de conhecimentos necessários. Receberam vocês lições intensivas, relativamente aos nossos irmãos perturbados e sofredores, bem como sobre os efeitos da prece. Desse modo, temos nosso expediente bastante adiantado, considerando que se encontram ambos em tarefa de observação e aprendizado, acima de tudo. 
E, depois de pequena pausa, continuou: – Não creiam, todavia, que possamos aproveitar a máquina até a Crosta. 
Calculo que só poderemos voar até ao meio-dia. Em seguida, prosseguiremos a pé.   
Aniceto calou-se por instantes, sorriu noutra expressão fisionômica, e acentuou: – Isto, porém, acontecerá somente enquanto não hajam vocês criado asas espirituais, que possam vencer todas as resistências vibratórias. 
Semelhante realização pode não estar distante. 
Dependerá do esforço que desejarem despender no trabalho aquisitivo. 
Todo aquele que opere, e coopere de espírito voltado para Deus, poderá aguardar sempre o melhor. 
Não é promessa de amizade. 
É lei. 
O pequeno aparelho nos conduziu por enormes distâncias, sempre no ar, mas conservando-se a reduzida altura do solo. 
Quase precisamente ao meio-dia, estacionamos em humilde pouso, destinado a abastecimento e reparação de maquinaria de natureza daquela em que havíamos viajado. 
Despediu-se de nós o condutor, que nos desejou boa viagem, preparando-se para regressar. 
A paisagem tornou-se, então, muito fria e diferente. 
Não estávamos em caminho trevoso, mas muito escuro e nevoento. 
Tornara-se densa a atmosfera, alterando-nos a respiração. 
Aniceto contemplou, conosco, a vastidão caliginosa e falou em tom grave: – Com quatro horas de locomoção, estaremos na Crosta. 
Reparem as sombras que nos rodeiam, identifiquem a mudança geral. 
Infelizmente, as emissões vibratórias da Humanidade encarnada são de natureza bastante inferior, em nos referindo à maioria das criaturas terrestres, e estas regiões estão repletas de resíduos escuros, de matéria mental dos encarnados e desencarnados de baixa condição. 
Atravessaremos grandes zonas, não propriamente tenebrosas, mas muito obscuras ao nosso olhar. 
Daqui a duas horas, porém, encontraremos sinais da luz solar.  
Nossa peregrinação, francamente, foi muito pesada e dolorosa, e, somente aí, avaliei, de fato, a enorme diferença da estrada comum, que liga a Crosta a “Nosso Lar” e aquela que agora percorríamos a pé, vencendo obstáculos de vulto. 
Imaginei, comovido, o sacrifício dos grandes missionários espirituais que assistem o homem, compreendendo, então, quão meritório lhes é o serviço e como necessitam disposições especiais e extraordinário bom ânimo, para auxiliarem as criaturas encarnadas, de maneira constante. 
Os monstros, que fugiam à nossa aproximação, escondendose no fundo sombrio da paisagem, eram indescritíveis e, obedecendo a determinações de Aniceto, não posso ensaiar qualquer informe nesse sentido, a fim de não criar imagens mentais de ordem inferior no espírito dos que, acaso, venham a ler estas humildes notícias. 
No horário previsto por nosso orientador, começamos a vislumbrar, de novo, a luz do Sol, como se estivéssemos em madrugada clara. 
O espetáculo era magnífico e novo para mim. 
Calor brando começou a revigorar-nos. 
Aniceto fixou o quadro maravilhoso dos raios de luz atravessando as sombras, e falou, de olhos úmidos: – Agradeçamos ao Senhor dos Mundos a bênção do Sol! Na Natureza física, é a mais alta imagem de Deus que conhecemos. 
Temo-lo, nas mais variadas combinações, segundo a substância das esferas que habitamos, dentro do sistema. 
Ele está em “Nosso Lar”, de acordo com os elementos básicos de vida, e permanece na Terra segundo as qualidades magnéticas da Crosta. É visto em Júpiter de maneira diferente, ilumina Vênus com outra modalidade de luz. Aparece em Saturno noutra roupagem brilhante. 
Entretanto, é sempre o mesmo, sempre a radiosa sede de nossas energias vitais!  
Avançamos, comovidos, e, dai a algum tempo, surgiu-nos o astro sublime, na posição que antecede o crepúsculo. 
Doutras vezes, viajando sempre através da estrada luminosa e fácil de ser percorrida, em vista das possibilidades de volitação, não fizera maior reparo. 
Agora, porém, que atravessara névoas compactas, anotava diferenças profundas. 
A certa distância, surgia a Terra, não na forma esférica, porque nos achávamos não longe da Crosta, mas como paisagem além, a interpenetrar-se nas extensas regiões espirituais. 
O Sol resplandecia, rumo ao Poente, como enorme lâmpada de ouro. 
Aniceto, que parecia alegrar-se sobremaneira, exclamou: – Entramos na zona de influenciação direta da Crosta. 
Poderemos, doravante, praticar a volitação, utilizando nossos conhecimentos de transformação da força centrípeta. 
A luz que nos banha resulta do contacto magnético entre a energia positiva do Sol e a força negativa da massa planetária. Prossigamos. 
Não tardaremos a entrar no Rio de Janeiro. 
A essa altura, assaltou-me o desejo de perguntar alguma coisa relativamente à direção. – Como nos orientaremos? – indaguei, curioso. – Antes de tudo – respondeu o instrutor – é preciso não esquecer que nossas colônias estão situadas no campo magnético da América do Sul. 
Qualquer bússola seria sensível, de agora em diante, mas, em nosso caso, é indispensável educar o pensamento e orientar-nos dentro da energia que lhe é peculiar. 
Empregamos, de novo, a capacidade volitante e, dentro em pouco, as matas de Petrópolis estavam à vista. 
Mais alguns minutos e perlustrávamos as grandes artérias cariocas. Por sugestão do instrutor, abeiramo-nos do mar, em exercício respiratório de maior expressão. 
Vicente e eu estávamos positivamente exaustos. Reconhecíamos que o esforço fora significativo para nossas escassas forças. 
Indiferentes à nossa presença, os transeuntes passavam apressados, de mente chumbada aos problemas de ordem material. 
Fonfonavam ônibus repletos. A grande baía figurava-se-nos cheia de forças renovadoras. 
Quando se acendiam as primeiras luzes elétricas, Aniceto convidou-nos, amavelmente: – Vamos ao reconforto! Vocês estão fatigadíssimos. 
Irei mostrar- lhes que “Nosso Lar” tem, igualmente, alguns refúgios na Crosta. 

CONTINUA AMANHÃ

PRECE DE CÁRITAS

terça-feira, 22 de maio de 2012

CONSELHO DO DIA

Põe-te sempre no ínfimo lugar, e dar-te-ão o supremo, porque o mais alto não existe sem o apoio do inferior. 
Os maiores santos diante de Deus são os que se julgam menores e quanto mais glorioso, tanto mais humildes são no seu conceito. 
Como estão cheios de verdade e glória celestial, não cobiçam a glória vã. Em Deus, fundados e firmados, nada os pode ensoberbecer. 
Atribuindo a Deus todo o bem que receberam, não pretendem a glória uns dos outros; só querem a glória que procede de Deus; seu único fim, seu desejo constante é que ele seja louvado neles e em todos os santos, acima de todas as coisas. 

 ( Do agradecimento pela graça de Deus)

PENSAMENTO DO DIA


Dificuldades reais podem ser resolvidas apenas as imaginárias são insuperáveis. 

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA


Amar é ter vontade de continuar a caminhada para fazer alguém feliz. 

Autor: Desconhecido

OS MENSAGEIROS - LIVRO DE CHICO XAVIER

CONTINUAÇÃO 

CAPÍTULO 32 
MELODIA SUPLIME 

Num gesto nobre, Aniceto pediu a Ismália que executasse algum motivo musical de sua elevada esfera. 
A esposa de Alfredo não se fez rogada. Com extrema bondade, sentou-se ao órgão, falando, gentil: – Ofereço a melodia ao nosso caro Aniceto. 
E, ante nossa admiração comovida, começou a tocar maravilhosamente. 
Logo às primeiras notas, alguma coisa me arrebatava ao sublime. 
Estávamos extasiados, silenciosos. 
A melodia, tecida em misteriosa beleza, inundava-nos o espírito em torrentes de harmonia divina. 
Penetrava-me o coração um campo de vibrações suavíssimas, quando fui surpreendido por percepções absolutamente inesperadas. 
Com assombro indefinível, reparei que a esposa de Alfredo não cantava, mas no seio caricioso da música havia uma prece que atingia o sublime – oração que eu não escutava com os ouvidos mas recebia em cheio na alma, através de vibrações sutis, como se o melodioso som estivesse impregnado do verbo silencioso e criador. 
As notas de louvor alcançavam-me o âmago do espírito, arrancando-me lágrimas de intraduzível emotividade: “O Senhor Supremo de Todos os Mundos E de Todos os Seres, Recebe, Senhor, O nosso agradecimento De filhos devedores do teu amor! Dá-nos tua bênção. 
Ampara-nos a esperança,  Ajuda-nos o ideal Na estrada Imensa da vida... 
Seja para o teu coração, Cada dia, Nosso primeiro pensamento de amor! Seja para tua bondade Nossa alegria de viver!... Pai de amor infinito Dá-nos tua mão generosa e santa. Longo é o caminho. Grande o nosso débito, Mas inesgotável é a nossa esperança. 
Pai Amado, Somos as tuas criaturas, Raios divinos De tua Divina inteligência. 
Ensina-nos a descobrir Os tesouros imensos Que guardaste Nas profundezas de nossa vida, Auxilia-nos a acender A lâmpada sublime Da Sublime Procura! Senhor, Caminhamos contigo Na eternidade!...   
Em Ti nos movemos para sempre. 
Abençoa-nos a senda, Indica-nos a Sagrada Realização. 
E que a glória eterna Seja em teu eterno trono!... Resplandeça contigo a Infinita Luz, Mane em teu coração misericordioso A Soberana Fonte do Amor, Cante em tua Criação Infinita O sopro divino da eternidade. 
Seja a tua bênção Claridade aos nossos olhos, Harmonia ao nosso ouvido, Movimento às nossas mãos, Impulso aos nossos pés. 
No amor sublime da Terra e dos Céus!... Na beleza de todas as vidas, Na progressão de todas as coisas, Na voz de todos os seres, Glorificado sejas para sempre, Senhor.” Que melodia era aquela que se ouvia através de sons inarticulados? 
Não pude conter as lágrimas abundantes. 
Cecília comovera- nos a sensibilidade. lembrando as harmonias terrenas e os afetos humanos. 
Ismália, no entanto, arrebatava-nos o Espírito, elevando-nos ao Supremo Pai. 
Nunca ouvira oração de louvor como aquela! Além disso, a esposa de Alfredo glorificava o Senhor de maneira diferente, inexprimível na linguagem humana.  
Os prece tocara-me as recônditas fibras do coração e reconhecia que nunca meditara na grandeza divina, como naquele instante em que uma alma santificada falava de Deus, com a maravilha de suas riquezas espirituais. 
E não era só eu a chorar como criança. Aniceto enxugava os olhos, de maneira discreta, e algumas senhoras levavam o lenço ao rosto. 
Compreendi que a oração terminara, porque a música mudou de expressão. 
O caráter heróico cedeu lugar a lirismo encantador. 
Experimentando a profunda serenidade ambiente, vi que luzes prodigiosas jorravam do Alto sobre a fronte de Ismália, envolvendo-a num arco irisado de efeito magnético e, com admiração e enlevo, observei que belas flores azuis partiam do coração da musicista, espalhando-se sobre nós. Desfaziam-se como se feitas de caridosa bruma anilada, ao tocar-nos, de leve, enchendo-nos de profunda alegria. 
A maior parte caía sobre Aniceto, fazendo-nos recordar as palavras amigas da dedicatória. 
Impressionavam-me profundamente aquelas corolas fluídicas, de sublime azul-celeste, multiplicando-se, sem cessar, no ambiente, e penetrando-nos o coração como pétalas constituídas apenas de colorido perfume. 
Sentia-me tão alegre, experimentava tamanho bom ânimo que não conseguiria traduzir as emoções do momento. Mais alguns minutos e Ismália terminou a magistral melodia. 
A esposa do administrador desceu até nós, coroada de intensa luz. Alfredo avançou, beijando-a no rosto, ao mesmo tempo que Aniceto lhe estendia a destra, agradecido. – Há muito tempo não ouvia músicas tão sublimes como as desta noite – exclamou nosso orientador, sorrindo. Cecília falounos do sublime amor terrestre, Ismália arrebatou-nos ao divino amor celestial. 
Idéia feliz a de permanecermos no Posto! 
Fomos igualmente socorridos pela luz da amizade, que nos revigorou o bom ânimo!  Aproximaram-se os Bacelares, eminentemente comovidos. – Que maravilhosas flores nos deste, querida amiga! – disse a mãezinha de Cecília, abraçando a esposa de Alfredo. – Voltaremos ao trabalho, repletos de energia nova! – acrescentou o senhor Bacelar, sorridente. 
A extensa sala estava cheia de notas de reconhecimento e júbilo sincero. A melodia de Ismália constituíra singular presente do Céu. A alegria e o bom ânimo transpiravam em todos os rostos. 
Observando que Aniceto se retirava para um canto do salão, procurei-o, ansioso. 
Desejava esclarecer o fenômeno da prece sem palavras, das harmonias, das luzes e das flores. Antes, porém, das interpelações do aprendiz, o orientador amigo sorriu, amável, e explicou: – Conheço a sua sede, André. 
Não precisa perguntar. Impressionou- se você com a grandeza espiritual da nobre companheira do nosso amigo. Não precisarei alinhar esclarecimentos. 
Recordase de Ana, a infeliz criatura que dorme nos pavilhões, entre pesadelos cruéis? 
Lembra-se de Paulo, o caluniador? 
Não os viu carregando pesados fardos mentais? 
Cada um de nós traz, nos caminhos da vida, os arquivos de si mesmo. 
Enquanto os maus exibem o inferno que criaram para o íntimo, os bons revelam o paraíso que edificaram no próprio coração. 
Ismália já amontoou muitos tesouros que as traças não roem. 
Ela já pode dar da infinita harmonia a que se devotou pela bondade e pelo divino amor. A luz que vimos é a mesma que jorra do plano superior, de maneira incessante, inundando os caminhos da vida, mas a melodia, a prece e as flores constituem sublime criação dessa alma santificada. 
Ela repartiu conosco, neste momento, uma parte dos seus tesouros eternos! Peçamos ao Senhor, meu amigo, que não tenhamos recebido em vão as sublimes dádivas! 

CONTINUA AMANHÃ

CARIDADE DO PENSAMENTO - MENSAGEM ESPÍRITA

segunda-feira, 21 de maio de 2012

CONSELHO DO DIA

Este é o conselho que a Imitação de Cristo lhe dá para hoje: 

A natureza preza-se de muitos amigos e parentes, ufana-se de sua posição elevada e linhagem ilustre, procura agradar aos poderosos, lisonjeia os ricos, aplaude os seus iguais. 
A graça, porém, ama os próprios inimigos, não se gaba do grande número de seus amigos, não faz caso de posição e nobreza, se lhes não vê unida maior virtude. 
Favorece mais ao pobre que ao rico, tem mais compaixão do inocente do que do poderoso, alegra-se com o sincero, e não com o mentiroso. 
Estimula sempre os bons e maiores progressos, para que se assemelhem, pelas virtudes, ao Filho de Deus. 
A natureza logo se queixa da penúria e do trabalho. 
A graça sofre com paciência a pobreza. 






( Dos diversos movimentos da natureza e da graça)