sábado, 3 de novembro de 2012

CONSELHO DO DIA




Este é o conselho que a Imitação de Cristo lhe dá para hoje:
 
Dizem muitos mesquinhos e tíbios: 
 
Olhai, que boa vida tem este homem: quão rico é, quão grande e poderoso, de que alta posição! 
 
Olha tu para os bens do céu, e verás que nada são os bens corporais, mas muito incertos e onerosos, pois nunca vive sem temor e cuidado quem os possui. 
 
Não consiste a felicidade do homem na abundância dos bens temporais; basta-lhe a mediania. 
 
O viver na terra é verdadeira miséria. 
 
Quanto mais espiritual quer ser o homem, mais amarga lhe será a vida presente, porque conhece melhor e mais claramente vê os defeitos da humana corrupção. 
 
Porque o comer, beber, velar, dormir, descansar, trabalhar e estar sujeito a todas as demais grandes misérias e aflições para o homem espiritual que deseja estar isento disto e livre de todo pecado. ( Da consideração da miséria humana)

Certamente estas palavras se referem a alguma necessidade sua.
Mas isso só você saberá entender.

PENSAMENTO DO DIA




Uma religião está no coração, não nos joelhos.
 

MENSAGEM DO DIA




Sempre haverá gente que irá te magoar. Assim, o que tens de fazer é seguir confiando e só ser mais cuidadoso em quem confias duas vezes.
 

SEXO E DESTINO -LIVRO DE CHICO XAVIER

CONTINUAÇÃO

Capítulo 13

Tornei ao Flamengo, apreensivo.
Não conseguira auscultar as minudências do plano obscuro que se formava. Os pensamentos de Cláudio e do vampirizador entrelaçavam-se em estranhos propósitos imprecisos.
Expedi comunicação, em despacho rápido para o irmão Félix, salientando a necessidade de nosso encontro, recolhendo-lhe a resposta, que não me alentava. Viria à noitinha, não mais cedo, à vista de inadiáveis obrigações.
Seria desaconselhável qualquer recurso a Neves, que sabia ocupado e, talvez, providencialmente ocupado, já que as dificuldades morais se esboçavam em labirinto e alguma ameaça de irritação nos frustraria objetivos e movimentos. Amigos outros, de cujos préstimos seria licito dispor, jaziam longe do assunto.
Era forçoso agir só, trabalhar por mim mesmo.
O momento não comportava aflições inúteis. Necessário manejar os recursos em mão.
Para intervir sem vacilações, julguei prudente ouvir o acompanhante desencarnado, de Cláudio, que eu desconhecia de todo.
A princípio, encontráramos dois. Entretanto, apenas um deles se mantinha constante, aquele cuja inteligência aguçada me ferira a atenção.
Não seria justo investigá-lo, perquirir-lhe os anseios?
Diante dos microaparelhos existentes no Plano Físico para emissão e recepção de mensagens, a longas distâncias, é desnecessário comentar
as facilidades de intercâmbio no Plano Espiritual.
Rememorei experiências anteriores, em que juntamente de outros amigos desencarnados modificara a apresentação externa, através de profundo esforço mental.
Aspirava a fazer-me visível à frente daquele amigo enigmático que claramente habitava o lar dos Nogueiras.
Poderia transfigurar-me, adensando a forma, como alguém que enverga roupa diversa.
Recolhi-me em ângulo tranqüilo, à frente do mar. Orei, buscando forças.
Meditei, fundo, compondo cada particularidade de minha configuração exterior, espessando traços e mudando o tom de minha apresentação habitual.
Quase uma hora de elaboração difícil esgotou-se, até que me percebi em condições de empreender a conversação cobiçada.
Não me autorizava a perder um minuto.
Avancei, prédio acima, batendo à porta, cerimonioso.
Aconteceu como previa, porque o parceiro invariável de Cláudio veio atender.
Olhou-me, desconfiado, de alto a baixo, esquadrinhou-me os intuitos.
Humilhei-me, vulgarizei a linguagem quanto pude.
Semelhante atitude era indispensável pela minha necessidade de informações. Atento a isso, afetei absoluto desinteresse pelos moradores do apartamento, centralizando nele o núcleo natural de minha atenção.
Expliquei andar procurando um amigo e perguntei pelo outro camarada que vira, ali, dias antes. Vira-os, juntos, precisamente naquele local, quando transitava no corredor; entretanto, passava, apressado, a peso de obrigações. Guardara, porém, a impressão de que o companheiro cujo encontro ambicionava era ele.
Esse o expediente mais simples que me ocorreu para cativálo, conversando com espírito de submissão e fraternidade naturais, de modo a ganhar-lhe alguma confiança e carinho.
Ele pareceu sensibilizar-se, tratou-me com a generosidade acidental de um fidalgo que não se desmerecia por dar migalha de consideração a um mendigo.
Compleição robusta e enorme, tocou-me o ombro com a destra, ensaiando o gesto de quem se prepara a despachar, polidamente, uma pessoa importuna, e catou minudências. Analisou-me, perscrutou-me, repisando inquirições.
Inteirando-se do exato momento em que os vira reunidos e reconhecendo os detalhes que conseguira, de minha parte, mencionar, esclareceu tratar-se de um amigo, que costumava hospedar, de vez em vez, para o reconforto de uns “drinques”. Naquele momento, contudo, não estava. Ao que sabia, recreava-se numa casa, em Braz de Pina, cujo endereço indicou.
Lamentei. Solicitei-lhe o nome, estava reconhecido à gentileza do acolhimento e tornaria ao Flamengo em outra oportunidade.
Estimaria nomeá-lo com a possível intimidade quando voltasse, na hipótese de ser constrangido a perguntar por ele a desconhecidos.
Ele não se fez de rogado. Respondeu, cortês.
Chamava-se Ricardo Moreira. Em alguma necessidade, porém, bastaria que o designasse tão-só por Moreira. Era estimado, possuía numerosas relações, contava com muitas afeições no prédio. Se chegasse a vê-lo, de novo, em companhia do colega ao qual me reportava, que o sacudisse, despertando-lhe a atenção.
Até ali, tudo bem. Era necessário, entretanto, que eu lhe examinasse as mais íntimas reações. Imprescindível conhecê-lo, sopesá-lo.

CONTINUA AMANHÃ

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

CONSELHO DO DIA




Este é o conselho que a Imitação de Cristo lhe dá para hoje:
 
Iluminai-me, ó bom Jesus, com a claridade da luz interior e dissipai todas as trevas que reinam em meu coração. 
 
Refreai as dissipações nocivas e rebatei as tentações, que me fazem violência. 
 
Pelejai valorosamente por mim, e afugentai as más feras, essas traiçoeiras concupiscências, para que se faça a paz por vossa virtude, e ressoe perene louvor no templo santo, que é a consciência pura. 
 
Mandai aos ventos e às tempestades; dizei ao mar: aplaca-te, e ao tufão: não sopres; e haverá grande bonança. ( Das quatro coisas que produzem grande paz)

Certamente estas palavras se referem a alguma necessidade sua.
Mas isso só você saberá entender.




PENSAMENTO DO DIA




Quando passares por alguém e esse alguém te olhar dos pés a cabeça e rir, não ligues, pois o maior elogio para um sábio é o sorriso de um idiota.
Autor: Desconhecido

MENSAGEM DO DIA




Saber começar a cada instante é o segredo de jamais cair na rotina.
 

SEXO E DESTINO -LIVRO DE CHICO XAVIER


CONTINUAÇÃO

Verificava, assombrado, a máscara de paternal ternura com que Nogueira recobrira o semblante.
No íntimo, acalentava a repulsão, dura, violenta. Dissimulava, habilmente, os ímpetos de amarrotar o filho de Beatriz que, satisfeito e acalmado, lhe agasalhava as afirmações.
Reprimindo-se, prosseguiu astucioso.
Salientou que, decerto, a menina bisonha, ao albergar-lhe os testemunhos de apreço, escorregara na paixão, que lhe devastava, agora, a juventude em psicose e doença. Preocupava-se, afligia-se.
Encontraria recursos para sanar as dificuldades, mas, para isso, constrangia-se a solicitar-lhe concurso, a fim de que Marita sofresse menos.
Contaria com ele e, ao registrar-lhe as primeiras palavras de assentimento, baixou o tom de voz, anunciando-lhe em caráter confidencial que a filha adotiva lhe escrevera um recado. Sabia disso. Compondo o quadro estudado de interesse paternal, indagou se ele havia recebido. Ante a resposta negativa, explicou que a moça lhe endereçara um papelucho, no qual lhe rogava um encontro para a noite. Sem que lhe suspeitasse do zelo, conseguira ler o petitório, tanto assim que poderia repeti-lo. E recitou de cor o pequeno texto, sílaba a sílaba, dando a impressão de proceder assim para exteriorizar com mais segurança o próprio enternecimento.
Depois de caracterizar o papel, rogava ao rapaz dois favores: responder afirmativamente, por escrito, que estaria no local indicado, atendendo ao horário certo, e abster-se de comparecer no momento preciso.
Fantasiou que a menina andava desorientada, enferma. Temia um choque. Não dispunha de outro remédio senão pedir-lhe aquele tipo de cooperação. Isso porque, naquele mesmo dia, estava providenciando a aquisição dos documentos necessários, para que ela fosse à Argentina, em companhia de Márcia, numa viagem de refazimento e recreio. Não seria prudente estragar-lhe o ânimo, naquela hora, com uma negação formal. Naturalmente que o interlocutor era dono de si. Agisse como melhor lhe parecesse.
Ele, porém, nos sentimentos de pai que o moviam, receava conseqüências.
Nada custaria satisfazer-se àquela particularidade que considerava providencial. Se Gilberto aprovasse a idéia, ele próprio, Cláudio, se incumbiria de buscá-la, no endereço marcado, não só com a noticia positiva da viagem, no bolso, de modo a proporcionar-lhe renovadora alegria, ao mesmo tempo que poderia apresentar a ela as desculpas dele, quanto à ausência. Compreensível que, com a autoridade afetuosa de pai amigo, se responsabilizasse pelas escusas do moço, de vez que usaria o tato imprescindível.
Por fim, consultava-o como justificá-lo, no instante oportuno, se devia alegar a razão do bolo como sendo negócios, serviços, empeços domésticos ou inesperado afastamento do Rio.
O filho dos Torres ouviu tudo, encantado.
A proposta pareceu-lhe uma peça vazada em profundo bom senso. Além disso, respirava feliz. Verificava haver encontrado alguém que o levaria, passo a passo, a libertar-se de um compromisso que lhe pesava demasiado na consciência.
Chegado a esse ponto, desinibiu-se. Perdera os derradeiros resquícios da desconfiança com que iniciara a conversação. E, ao desembaraçar-se, afixou a máscara fisionômica que julgou cabível à defesa das próprias conveniências, asseverando que dedicara a Marita uma boa amizade, de irmão para irmão, nada mais. Destacou que, efetivamente, notara nela determinadas alterações que o haviam desgostado e, já que se sentia inequivocamente atraído para Marina, afastara-se, cauteloso, na expectativa de que tempo e distância funcionassem.

Cláudio escutava, boquiaberto, admirando-lhe a delicada frieza das justificações e indagando a si mesmo qual deles dois seria maior na arte de fingir.
Francamente encorajado, Gilberto declarou que lhe compreendia as apreensões, quanto lhe aceitava conselhos e bons ofícios.
Escreveria, obrigando-se a comparecer, mas não arredaria pé de casa, mesmo porque Marina fora a Teresópolis, pela manhã, a serviço da companhia, e talvez só regressasse no dia seguinte. O senhor Nogueira, qual o chamava, em buscando a menina, às oito, estaria autorizado a comunicar-lhe, da parte dele, o agravamento da saúde materna. Não seria falso, ajuntou, porquanto a genitora extinguia-se, lentamente.
Cláudio, obtendo o que desejava, refletia no rosto a satisfação que, somada ao voluptuoso prazer do obsessor que o assessorava, parecia interesse afetivo, devotamento. Finalizando, asseverou-se notificado quanto à viagem da filha, e reportou-se, em termos carinhosos, à situação de Dona Beatriz, que ele e Márcia visitariam.
Destacou as acerbidades dos impedimentos em família, durante as moléstias longas, apelou para o otimismo necessário e, ateu confesso, chegou até mesmo a exalçar a confiança que se deve ter em Deus, no decorrer de tais circunstâncias.
Montada a obrigação que os jungia, separaram-se com abraço efusivo, enquanto, de nossa parte, rumamos do Lido para o Flamengo, penosamente intrigados, conjeturando sobre o que estaria por suceder.

CONTINUA AMANHÃ

DIVALDO FRANCO - O AMOR - PARTE 3/6

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

CONSELHO DO DIA



Este é o conselho que a Imitação de Cristo lhe dá para hoje:
 
Voz do Amado
 
Com perseverança deves buscar a graça da devoção, pedi-la com instância, esperá-la com paciência e confiança, recebê-la com agradecimento, guardá-la com humildade, com diligência aproveitá-la, cometendo a Deus o tempo e o modo da celestial visita, até que se digne visitar-te. 
 
Deves principalmente humilhar-te quando pouca ou nenhuma devoção sentes em teu interior, sem, todavia, ficar abatido ou entristecer-te demasiadamente. 
 
Muitas vezes dá Deus num momento o que negou por largo tempo, e às vezes concede no fim da oração o que no princípio diferiu. ( Que a graça da devoção se alcança pela humildade e abnegação de si mesmo)

Certamente estas palavras se referem a alguma necessidade sua.
Mas isso só você saberá entender.