sábado, 5 de setembro de 2009

PENSAMENTO DO DIA


05 de Setembro de 2009


"Não tentes fazer com tuas mãos o que o espírito deve fazer em ti."

Trigueirinho

MINUTO DE SABEDORIA

AFASTE-SE dos ambientes mal-sãos.

Evite as pessoas mal intencionadas.

No entanto, se sua presença puder melhorar, sem que com isto sofra sua alma, leve sua virtude mesmo ao antro do vício.

Mas faça como o sol, que ilumina e saneia o pântano, sem que seu raio de luz e calor dali se afaste enlameado e fétido.

Seja você o espelho vivo de sua fé.

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPÍTULO SEGUNDO

NOÇÕES ELEMENTARES DO ESPIRITISMO

COMUNICAÇÕES COM O MUNDO INVISÍVEL

FIM PROVIDENCIAL DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS

ESCOLHOS DOS MÉDIUNS

Quinta Parte

81 – Os médiuns que deixam muito a desejar, do ponto de vista moral, recebem algumas vezes muito boas comunicações, que não podem provir senão de bons Espíritos e das quais é errado se espantar; freqüentemente, é no interesse do médium e para lhe dar sábios avisos. Se não as aproveita, ele não é senão mais culpado, porque escreve a sua própria condenação. DEUS, cuja bondade é infinita, não pode recusar assistência àqueles que dela tem mais necessidade. O virtuoso missionário que vai moralizar os criminosos, não faz outra coisa que aquilo que fazem os bons Espíritos com os médiuns imperfeitos.

Por outro lado, os bons Espíritos, querendo dar um ensinamento útil a todo mundo, se servem do instrumento que têm sob a mão; mas o deixam quando encontram um que lhes é mais simpático e que aproveita suas lições. Retirando-se os bons Espíritos, os Espíritos inferiores, pouco preocupados com as qualidades morais que os incomodam, têm então, o campo livre.

Disso resulta que os médiuns imperfeitos moralmente, e que não se emendam, cedo ou tarde, são a presa dos maus Espíritos que, freqüentemente, os conduzem à ruína e às maiores infelicidades, mesmo neste mundo. Quanto à sua faculdade, bela que era o que teria ficado, se perverte primeiro pelo abandono dos bons Espíritos e acaba por se perder.

82 – Os médiuns mais merecedores não estão ao abrigo das manifestações dos Espíritos enganadores; primeiro, porque não há ninguém bastante perfeito para não ter um lado fraco pelo qual possa dar acesso aos maus Espíritos; em segundo lugar, os bons Espíritos o permitem algumas vezes para exercitar o julgamento, aprender a discernir a verdade do erro e desconfiar, a fim de que não se aceite nada cegamente, sem controle. Mas a mentira não procede jamais de um bom Espírito, e doto nome respeitável que assina um erro, é necessariamente apócrifo.

Isso pode ainda ser uma prova para a paciência e a perseverança de todo espírita, médium ou não; aquele que se desencorajasse com algumas decepções, provaria aos bons Espíritos que não poderiam contar com ele.

(continua amanhã)

O CÉU É A TUA CASA - Padre Fábio de Melo

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

PENSAMENTO DO DIA


04 de Setembro de 2009


"Para ver o nascer do sol, sobe-se às altas montanhas."

Trigueirinho

MINUTO DE SABEDORIA

DESPERTE!

Não deixe que a rotina arrase sua vida!

Execute sua tarefa com amor sempre renovado, porque isto trará alegria a você mesmo.

A rotina cansa e corrói a alma, desalenta e carcome o entusiasmo.

Renove cada manhã seu armazenamento de alegria de viver.

Ajude a todos e cumpre alegremente sua tarefa, para receber de volta o benefício da

felicidade de seu trabalho.

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPÍTULO SEGUNDO

NOÇÕES ELEMENTARES DO ESPIRITISMO

COMUNICAÇÕES COM O MUNDO INVISÍVEL

FIM PROVIDENCIAL DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS

ESCOLHOS DOS MÉDIUNS

Quarta Parte

77 – Aqueles que não admitem nada fora da matéria, não podem admitir uma causa oculta; mas quando a ciência tiver saído da rotina materialista, ela reconhecerá na ação do mundo invisível que nos cerca e no meio do qual vivemos, uma força que reage sobre as coisas físicas, tanto quanto sobre as coisas morais. Esse será um novo caminho aberto ao progresso e a chave de uma multidão de fenômenos mal compreendidos.

78 – Como a obsessão não pode jamais decorrer de um bom Espírito, um ponto essencial é o de saber reconhecer a natureza daqueles que se apresentam. O médium não esclarecido pode ser enganado pelas aparências; aquele que está prevenido espreita os menores sinais suspeitos, e o Espírito acaba por se retirar quando vê que nada tem a fazer. O conhecimento prévio dos meios de distinguir os bons dos maus Espíritos é, pois, indispensável ao médium que não quer se expor a ser preso na armadilha. Ele não é menos indispensável para o simples observador que pode, por esse meio, apreciar o valor daquilo que vê ou ouve. (O Livro dos Médiuns, cap. XXIV).


QUALIDADE DOS MÉDIUNS

79 – A faculdade medianímica prende-se ao organismo; ela é independente das qualidades morais do médium, e é encontrada nos mais indignos como nos mais dignos. Não ocorre o mesmo com a preferência dada ao médium pelos bons Espíritos.

80 – Os bons Espíritos se comunicam mais ou menos voluntariamente por tal ou tal médium, segundo sua simpatia por seu próprio Espírito. O que constitui a qualidade de um médium não é a facilidade com a qual obtém as comunicações, mas sua aptidão de não receber senão as boas e não ser joguete de Espíritos levianos e enganadores.


(continua amanhã)

É TÃO LINDO - Padre Fábio de Melo

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

PENSAMENTO DO DIA


03 de Setembro de 2009


"Aquele que se entrega ao Infinito será por Ele absorvido."
Trigueirinho

MINUTO DE SABEDORIA

SE alguém queixar-se da vida a seu lado, responda com palavras de encorajamento.

Não aumente o peso a quem já sente demasiado o peso que carrega.

Se alguém se lamenta da vida, procure mostrar os lados bons e belos da existência.

Não contribua com suas próprias lamentações para o desânimo do companheiro.

Reanime-o com esperança e com bom ânimo, com palavras de incentivo e coragem.

Talvez desse remédio dependa a cura de seu coração desalentado.

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPÍTULO SEGUNDO

NOÇÕES ELEMENTARES DO ESPIRITISMO

COMUNICAÇÕES COM O MUNDO INVISÍVEL

FIM PROVIDENCIAL DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS

ESCOLHOS DOS MÉDIUNS

Terceira Parte

75 – A subjugação obsessiva, o mais ordinariamente, é individual; mas quando uma falange de Espíritos maus se abate sobre uma população, ela pode ter um caráter epidêmico. Foi um fenômeno desse gênero que ocorreu ao tempo do CRISTO; só uma poderosa superioridade moral podia domar esses seres malfazejos. Designados então sob o nome de demônios, e devolver a calma às suas vitimas. (Uma epidemia semelhante castigou por vários anos uma aldeia da Haute-Savoie (Ver Revista Espírita, abril e dezembro de1862; janeiro, fevereiro, abril e maio de 1863; os possessos de Morzines).

76 – Um fato importante a considerar é que a obsessão, qualquer que seja sua natureza, é independente da mediunidade, e é encontrada em todos os graus, principalmente a última, em uma multidão de indivíduos que jamais ouviram falar de Espiritismo. Com efeito, os Espíritos tendo existido de todos os tempos, deveram, de todos os tempos, exercer a mesma influência; a mediunidade não é uma causa, mas apenas um modo de manifestação dessa influência; de onde se pode dizer, com certeza, que todo médium obsedado deve suportar de uma maneira qualquer, e, freqüentemente, nos mais vulgares atos da vida, os efeitos dessa influência; que sem a mediunidade ela se traduziria por outros efeitos, atribuídos muitas vezes a essas modéstias misteriosas que escapam a todas as investigações da medicina. Pela mediunidade, o ser malfazejo traiu sua presença; sem a mediunidade era um inimigo oculto do qual não se desconfiava.

(continua amanhã)

CASINHA BRANCA - Padre Fábio de Melo

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

PENSAMENTO DO DIA

02 de Setembro de 2009

"Chegamos à Fonte quando olvidamos que a procuramos."

Trigueirinho

MINUTO DE SABEDORIA

TRATE com afabilidade a todos.

O vizinho que senta ao seu lado na condução não é seu inimigo, nem seu concorrente.

Trata-se, sempre, de seu irmão, a quem você precisa acolher com simpatia.

Não procure brigar com ele, para conquistar maior conforto: dê você mais conforto a ele.

Mesmo insensivelmente, você receberá de volta as vibrações de gratidão de seu coração.

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPÍTULO SEGUNDO

NOÇÕES ELEMENTARES DO ESPIRITISMO

COMUNICAÇÕES COM O MUNDO INVISÍVEL

FIM PROVIDENCIAL DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS

ESCOLHOS DOS MÉDIUNS


Segunda Parte

72 – Um dos caracteres distintivos dos maus Espíritos, é a de se imporem; eles dão ordens e querem ser obedecidos. Os bons não se impõem jamais; eles dão conselhos e se não são escutados, se retiram. Disso resulta que a impressão dos maus Espíritos é quase sempre penosa, fatigante, e produz uma espécie de mal-estar; freqüentemente ela provoca uma agitação febril, movimentos bruscos e irregulares. A impressão dos bons Espíritos, ao contrário, é calma, doce, e proporciona um verdadeiro bem-estar.

73 – A subjugação obsessiva, designada outrora sob o nome de possessão, é um constrangimento físico sempre exercido por Espíritos da pior espécie e que pode ir até a neutralização do livre arbítrio. Ela se limita, freqüentemente, a simples impressões desagradáveis, mas provoca, algumas vezes, movimentos desordenados, atos insensatos, crises, palavras incoerentes ou injuriosas, as quais aquele que dela é objeto compreende por vezes todo o ridículo, mas da qual não pode se defender. Esse estado difere essencialmente da loucura patológica, com a qual se confunde erradamente, porque não há nenhuma lesão orgânica; a causa sendo diferente, os meios curativos devem ser outros. Aplicando-lhe o procedimento ordinário das duchas e dos tratamentos corporais, chega-se, muitas vezes, a determinar uma verdadeira loucura, ai onde não havia senão uma causa moral.

74 – Na loucura propriamente dita, a causa do mal é interior; é preciso procurar restabelecer o organismo ao estado normal. Na subjugação, a causa do mal é exterior e é preciso desembaraçar o doente de um inimigo invisível opondo-lhe, não remédios, mas uma força moral superior à sua. A experiência prova que, em semelhante caso, os exorcismos não produziram jamais nenhum resultado satisfatório, e que antes agravaram do que melhoraram a situação. Só o Espiritismo, indicando a verdadeira causa do mal, pode dar os meios de combatê-lo. É preciso, de certa forma, educar moralmente o Espírito obsessor; por conselhos sabiamente dirigidos, chega-se a torná-lo melhor e a fazê-lo renunciar voluntariamente ao tormento do doente, e então este está livre. (O Livro dos Médiuns, nº 279 – Revista Espírita, fevereiro, março e junho de 1864. A jovem obsedada de Marmande).

(continua amanhã)

ROUXINOL - Padre Fábio de Melo

terça-feira, 1 de setembro de 2009

PENSAMENTO DO DIA

01 de Setembro de 2009

"Aquele que busca a Fonte a ela chegará."

Trigueirinho

MINUTO DE SABEDORIA

CUMPRIMENTE os seus amigos com alegria.

Muitas vezes, uma simples saudação alegre e espontânea conquista um coração e consola uma dor.

A saudação triste e acabrunhada pode instilar veneno num coração alegre.

Derrame alegria e bondade, ao encontrar uma pessoa conhecida, e já terá conquistado os benefícios de uma boa ação meritória.

Que seus amigos sintam o calor do seu coração afetuoso no simples cumprimento alegra.

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPÍTULO SEGUNDO

NOÇÕES ELEMENTARES DO ESPIRITISMO

COMUNICAÇÕES COM O MUNDO INVISÍVEL

FIM PROVIDENCIAL DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS

ESCOLHOS DOS MÉDIUNS

Primeira Parte

70 – Um dos maiores escolhos da mediunidade é a obsessão, quer dizer, o domínio que certos Espíritos podem exercer sobre os médiuns, impondo-se a eles sob nomes apócrifos e impedindo-os de se comunicarem com outros Espíritos. É, ao mesmo tempo, um escolho para o observador novato e inexperiente que, não conhecendo os caracteres do fenômeno, pode ser enganado pelas aparências, como aqueles que, não sabendo medicina, pode se iludir sobre a causa e a natureza de um mal. Se o estudo prévio, nesse caso, é útil para o observador, ele é indispensável para o médium no sentido que lhe fornece os meios de prevenir um inconveniente que poderia lhe ter conseqüências deploráveis; por isso não nos parece demasiado recomendar o estudo antes de se entregar à prática. (O Livro dos Médiuns, cap. XXIII).

71 – A obsessão apresenta três graus principais bem caracterizados: a obsessão simples, a fascinação e a subjugação. No primeiro, o médium tem perfeita consciência de que não obtém nada de bom e não se ilude sobre a natureza do Espírito que se obstina em se manifestar por ele e do qual tem o desejo de se desembaraçar. Esse caso não oferece nenhuma gravidade: não é senão um simples desgosto, e o médium a ele cede por deixar momentaneamente de escrever. O Espírito, cansando-se de não ser escutado, acaba por se retirar.

A fascinação obsessiva é muito mais grave, no sentido de que o médium se ilude completamente. O espírito que o domina ganha sua confiança ao ponto de paralisar seu próprio julgamento na análise das comunicações e lhe faz achar sublimes as coisas mais absurdas.

O caráter distinto desse gênero de obsessão é de provocar nos médiuns uma excessiva suscetibilidade; de levá-lo a não achar bom, justo e verdadeiro senão o que ele escreve, a repelir e mesmo tomar pelo lado mau todo conselho e toda observação crítica; a romper com seus amigos antes de convir que está enganado; a ter inveja de outros médiuns, cujas comunicações são julgadas melhores que as suas; a querer se impor nas reuniões espíritas, das quais se afasta quando não pode aí dominar. Chega, enfim, a sofrer uma tal dominação, que o Espírito pode compeli-lo aos meios mais ridículos e os mais comprometedores.

(continua amanhã)

RESPEITE SEUS LIMITES - Padre Fábio de Melo

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

PENSAMENTO DO DIA

31 de Agosto de 2009

"É hora de combater a peito descoberto."
Pio de Pietrelcina

MINUTO DE SABEDORIA


EVITE o luxo supérfluo.

Tudo que sobrecarrega o ambiente atrapalha a vida.

Seja sóbrio e natural.

O artificialismo distorce e causa fadigas inúteis.

A sobriedade repousa o Espírito e o corpo.

Seja sóbrio e natural em tudo, desde a sua pessoa, até o mobiliário de sua casa.

Quem pouco tem é que procura mostrar mais do que possui.

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPÍTULO SEGUNDO

NOÇÕES ELEMENTARES DO ESPIRITISMO

COMUNICAÇÕES COM O MUNDO INVISÍVEL

FIM PROVIDENCIAL DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS

Quinta Parte

64. – Sem a harmonia, a única que pode conduzir à assimilação fluídica, as comunicações são impossíveis, incompletas ou falsas. Elas podem ser falsas porque, na falta do Espírito desejado, não faltam outros, prontos a aproveitarem a ocasião de se manifestarem, e que se importam muito pouco em dizerem a verdade.

65. – A assimilação fluídica é, algumas vezes, inteiramente impossível entre certos Espíritos e certos médiuns. Outras vezes, e é o caso mais comum, ela não se estabelece senão gradualmente e com o tempo. É isso que explica porque os Espíritos que têm por hábito se manifestarem por um médium o fazem com mais facilidade, e porque as primeiras atestam, quase sempre, um certo constrangimento e são menos explicitas.

66. – A assimilação fluídica é tão necessária nas comunicações pela tiplogia, como na escrita, já que, em um e outro caso, trata-se da transmissão do pensamento do Espírito, qualquer que seja o meio material empregado.

67. – Não podendo impor um médium ao Espírito que se quer evocar, convém deixar-lhe a escolha de seu instrumento. Em todos os casos, é necessário que o médium se identifique previamente com o Espírito pelo recolhimento e pela prece, ao menos durante alguns minutos, e mesmo alguns dias antes, se for possível, de maneira a provocar e a ativar a assimilação fluídica. È o meio de atenuar a dificuldade.

(continua amanhã)

FILHO ADOTIVO - Padre Fábio de Melo

domingo, 30 de agosto de 2009

PENSAMENTO DO DIA

30 de Agosto de 2009

"Seja dócil aos impulsos da graça."

Pio de Pietrelcina

MINUTO DE SABEDORIA

NÃO procure evidência pessoal.

Reflita que, quanto mais exposto à visão alheia, mais se tornará alvo de ciúme e inveja.

As vibrações negativas, mesmo que não lhe façam mal, positivamente, poderão cansá-lo, no trabalho de defender-se.

Procure agir discretamente, embora com firmeza, deixando que os vaidosos e vazios se exponham numa evidência de que você, certamente, não necessita para brilhar.

O vidro comum brilha muito ao sol, mas o brilho do ouro está escondido no cofre: nem por isso valerá menos que o vidro.

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPÍTULO SEGUNDO

NOÇÕES ELEMENTARES DO ESPIRITISMO

COMUNICAÇÕES COM O MUNDO INVISÍVEL

FIM PROVIDENCIAL DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS


Quarta Parte

60. – Os médiuns de efeitos físicos que obtêm regularmente e à sua vontade a produção de certos fenômenos, admitindo que isso não seja por malabarismo, estão servindo a Espíritos de baixo estágio que se comprazem com essas espécies de exibições, e que talvez fizessem esse trabalho quando vivos. Mas seria absurdo pensar que Espíritos, embora pouco elevados, se divirtam exibindo-se.

61. – A obscuridade necessária à produção de certos efeitos físicos presta-se, sem dúvida, à suspeição, mas não prova coisa alguma contra a realidade. Sabe-seque em química há combinações que não podem se operar sob a luz e que composições e decomposições ocorrem sob a ação do fluido luminoso. Ora, todos os fenômenos espíritas são o resultado da combinação de fluidos próprios do Espírito e do médium; esses fluidos, sendo da matéria, não há nada de surpreendente em que, em certos casos, o fluido luminoso seja contrário a essa combinação.

62. – As comunicações inteligentes ocorrem, igualmente, pela ação fluídica do Espírito sobre o médium; é preciso que o fluido desde último se identifique com o do Espírito. A facilidade das comunicações depende do grau de afinidade que existe entre os dois fluidos. Cada médium está, assim, mais ou menos apto a receber a impressão ou impulso do pensamento de tal ou tal Espírito. Ele pode ser um bom instrumento para um e um mau instrumento para outro. Disso resulta que dois médiuns igualmente bem dotados, estando ao lado um do outro, um Espírito poderá se manifestar por um ou pelo outro.

63. – É, pois, um erro crer-se que basta ser médium para receber com igual facilidade as comunicações de todo Espírito. Não existem mais médiuns universais para as evocações, do que aptidão para produzir todos os fenômenos. Os Espíritos procuram, de preferência, instrumentos que vibrem em uníssono com eles; importa-lhes o primeiro que aparece, seria como se impusesse a um pianista tocar violino, pelo fato de, sabendo música, deve poder tocar todos os instrumentos.

(continua amanhã)

TODO AZUL DO MAR - Padre Fábio de Melo