sábado, 2 de julho de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Os grandes sucessos são sempre atravessados por diversos obstáculos e dificuldades

Autor: Vicente De Paula

MENSAGEM DIÁRIA

Aquilo que escuto, eu esqueço. Aquilo que vejo, eu lembro. Aquilo que faço, eu aprendo

Autor: Desconhecido

PARNASO DE ALÉM TÚMULO - CHICO XAVIER = PARTE 5

CONTINUAÇÃO

4
ALBERTO DE OLIVEIRA

Fluminense, nascido em Palmital de Saquarema, em 1859, e falecido em Niterói, em 1937. Farmacêutico, dedicou-se principalmente ao Magistério. Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, parnasiano de escol, foi tido como Príncipedos Poetas de sua geração.

Jesus
Quanta vez, neste mundo, em rumo escuro e incerto,
O homem vive a tatear na treva em que se cria!
Em torno, tudo é vão, sobre a estrada sombria,
No pavor de esperar a angústia que vem perto!...
Entre as vascas da morte, o peito exangue e aberto,
Desgraçado viajor rebelado ao seu guia,
Desespera, soluça, anseia e balbucia
A suprema oração da dor do seu deserto.
Nessa grande amargura, a alma pobre, entre escombros,
Sente o Mestre do Amor que lhe mostra nos ombros
A grandeza da cruz que ilumina e socorre;
Do mundo é a escuridão, que sepulta a quimera...
E no escuro bulcão só Jesus persevera,
Como a luz imortal do amor que nunca morre.
Francisco Cândido Xavier - Parnaso de Além-Túmulo 28

Ajuda e passa
Estende a mão fraterna ao que ri e ao que chora:
O palácio e a choupana, o ninho e a sepultura,
Tudo o que vibra espera a luz que resplendora,
Na eterna lei de amor que consagra a criatura.
Planta a bênção da paz, como raios de aurora,
Nas trevas do ladrão, na dor da alma perjura;
Irradia o perdão e atende, mundo afora,
Onde clame a revolta e onde exista a amargura.
Agora, hoje e amanhã, compreende, ajuda e passa;
Esclarece a alegria e consola a desgraça,
Guarda o anseio do bem que é lume peregrino...
Não troques mal por mal, foge à sombra e à vingança,
Não te aflija a miséria, arrima-te à esperança.
Seja a bênção de amor a luz do teu destino.

Do último dia
O homem, no último dia, abatido em seu horto,
Sente o extremo pavor que a morte lhe revela;
Seu coração é um mar que se apruma e encapela,
No pungente estertor do peito quase morto.
Tudo o que era vaidade, agora é desconforto.
Toda a nau da ilusão se destroça e esfacela
Sob as ondas fatais da indômita procela,
Do pobre coração, que é náufrago sem porto.
Francisco Cândido Xavier - Parnaso de Além-Túmulo 29

Somente o que venceu nesse mundo mesquinho,
Conservando Jesus por verdade e caminho,
Rompe a treva do abismo enganoso e perverso!
Onde vais, homem vão? Cala em ti todo alarde,
Foge dessa tormenta antes que seja tarde:
Só Jesus tem nas mãos o farol do Universo

CONTINUA AMANHÃ

QUANDO CHEGA A HORA = ZIBIA GASPARETTO

sexta-feira, 1 de julho de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Quando se busca o cume da montanha, não devemos dar importância às pedras do caminho.

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

A perseverança sempre foi um dos maiores ingredientes para se vencer na vida.

Autor: Desconhecido

PARMASO DE ALÉM TÚMULO - CHICO XAVIER

CONTINUAÇÃO

Abel Gomes

ESCRITOR, poeta e professor, nascido em Minas Gerais a 30 de dezembro de 1877 e falecido a 16 de agosto de 1934. Espírito dinâmico, posto que fisicamente inválido, deixou alguns livros inéditos, dos quais dois já editados pela Federação, além de copiosa obra esparsa.
Temos Jesus
Desaba o Velho Mundo em treva densa
E a guerra, como lobo carniceiro,
Ameaça a verdade e humilha a crença,
Nas torturas de um novo cativeiro.
Mas vós, no turbilhão da sombra imensa,
Tendes convosco o Excelso Companheiro,
Que ama o trabalho e esquece a recompensa
No serviço do bem ao mundo inteiro.
Eis que a Terra tem crimes e tiranos,
Ambições, desvarios, desenganos,
Asperezas dos homens da caverna;
Mas vós tendes Jesus em cada dia.
Trabalhemos na dor ou na alegria,
Na conquista de luz da Vida Eterna.
Francisco Cândido Xavier - Parnaso de Além-Túmulo 25
2
A. G.
Morte
Silenciosa madona da tristeza,
A morte abriu-me as catedrais radiosas,
Onde pairam as formas vaporosas
Do país ignorado da Beleza.
Num dilúvio de lírios e de rosas,
Filhos da luz de uma outra Natureza,
Que entornavam no espaço a sutileza
Dos incensos das naves harmoniosas!
Monja de olhar piedoso, calmo e austero,
Que traz à Terra um tênue reverbero
Da mansão das estrelas erradias...
Irmã da paz e da serenidade,
Que abriu meus olhos na imortalidade,
À esperança de todos os meus dias!
Francisco Cândido Xavier - Parnaso de Além-Túmulo 26
3
Albérico Lobo
NASCIDO na cidade do Rio de Janeiro em 1865 e desencarnado em fevereiro de 1942. Funcionário público, colaborou ativamente na imprensa e deixou opulenta obra esparsa, em prosa e em verso.
Do meu porto
Ao caro amigo M. Quintão
Viajor vacilante e extenuado,
Depois de atravessar a sombra imensa,
Encontrei o país abençoado
Onde vive a celeste recompensa.
Adeus mágoas da noite estranha e densa,
Das angústias e sonhos do passado,
Não conservo senão o Amor e a Crença,
Ante o novo caminho ilimitado.
É doce descansar após a lida,
Banhar o coração na luz da vida,
Rememorando as dores que passaram...
E dos quadros risonhos do meu porto,
Rogo a Jesus conceda reconforto
Aos corações amados que ficaram!

CONTINUA AMANHÃ

SIGNIFICADOS DO AMOR - CHICO XAVIER

quinta-feira, 30 de junho de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Cada dia é uma oportunidade para tornar as coisas melhores e cada experiência que você tem o torna mais apto para a vida

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA


A maior insegurança não é ter medo dos outros e sim sentir o medo de nós mesmos

Autor: Desconhecido

PARNASO DE ALÉM TÚMULO - CHICO XAVIER

CONTINUAÇÃO

DE PÉ, OS MORTOS

Pede-me você uma palavra para o intróito do “Parnaso de Além-Túmulo”, que aparecerá brevemente em nova edição.4
A tarefa é difícil. Nas minhas atuais condições de vida, tenho de destoar da opinião que já expendi nas contingências da carne.
Os vivos do Além e os vivos da Terra não podem enxergar as coisas através de prismas idênticos. Imagine se o aparelho visual do homem fosse acomodado, segundo a potencialidade dos raios X: as cidades estariam povoadas de esqueletos, os campos se apresentariam como desertos, o mundo constituiria um conjunto de aspectos inverossímeis e inesperados.
Cada esfera da vida está subordinada a certo determinismo, no domínio do conhecimento e da sensação.
Decerto, os que receberem novamente o “Parnaso de Além-Túmulo” dirão mais ou menos o que eu disse. Hão de estranhar que os mortos prossigam com as mesmas tendências, tangendo os mesmos assuntos que aí constituíam a série de suas preocupações.
Existem até os que reclamam contra a nossa liberdade. Desejariam que estivéssemos algemados nos tormentos do inferno, em recompensa dos nossos desequilíbrios no mundo, como se os nossos amargores, daí não bastassem para nos inclinar à verdade compassiva.
Individualmente, é indubitável que possuímos no Além o reflexo das nossas virtudes ou das nossas misérias.
 Refere-se à 2ª edição, publicada em 1935. (Nota da Editora)
 Alude às crônicas que ele, quando encarnado, escrevera no Diário Carioca, em julho de 1932, ao surgir a 1ª edição do Parnaso. (Nota da
Editora.) Francisco Cândido Xavier - Parnaso de Além-Túmulo.
Mas é razoável que apareçamos no mundo, gritando como alucinados?
Os habitantes dos reinos da Morte ainda apreciam o decoro e a decência, e o nosso presente é sempre a experiência do passado e a esperança no futuro.
“Parnaso de Além-Túmulo” sairá de novo, como a mensagem harmoniosa dos poetas que amaram e sofreram. Cármen Cinira aí está com os seus sonhos desfeitos, de mulher e de menina. Casimiro com a sua sensibilidade infantil, Junqueiro com a sua ironia,
Antero com a sua rima austera e dolorosa.
Todos aí estão dentro das suas características.
Os mortos falam e a Humanidade está ansiosa, aguardando a sua palavra.
Conta-se que na guerra russo-japonesa, terminada a batalha de Tsushima, o grande Togo reuniu os seus soldados no cemitério de Oogama, e na tristeza majestosa do ambiente. em nome da
nacionalidade, dirigiu-se aos mortos em termos comovedores; concitou-os a auxiliar as manobras militares, a visitar os cruzadores de guerra, levantando o ânimo dos companheiros que haviam ficado nas pelejas.
Uma claridade nova cantou as energias espirituais do valente adversário da pátria de Stoessel e os filhos de Yoritomo venceram.
Na atualidade, afigura-se-nos que os brados de todos os sofredores e infelizes da Terra se concentram numa súplica grandiosa que invade as vastidões como o grito do valoroso almirante.
– De pé, os mortos!... – exclama-se – porque os vivos da Terra se perdem nos abismos tenebrosos.
Os institutos da Civilização têm sido impotentes para resolver o problema do nosso ser e dos nossos destinos.
Francisco Cândido Xavier - Parnaso de Além-Túmulo.
As filosofias e as religiões estenderam sobre nós o manto carinhoso das suas concepções, mas esses mantos estão rotos!...
Temos frio, temos fome, temos sede!
E os considerados mortos falam ao mundo na sua linguagem de estranha purificação. A Ciência, zelosa de suas conquistas, ainda não ouviu a sua vibração misteriosa, mas os filhos do infortúnio sentem-se envolvidos na onda divina de um novo Glória in excelsis, e a Humanidade sofredora sente-se no caminho consolador da sublime esperança.
Humberto de Campos (Espírito).
 HUMBERTO DE CAMPOS Veras, escritor brasileiro, membro da Academia Brasileira de Letras, nascido em Miritiba (hoje Humberto de
Campos), MA, em 1886, e desencarnado no Rio de Janeiro, em 1934.
Foi jornalista e deputado federal. Produção literária variada quão vultosa, conheceu em vida física a 1ª edição do Parnaso de Além-Túmulo, manifestando-se a respeito dela pelo “Diário Carioca”, edições de 10 e 12 de julho de 1932, com os artigos intitulados “Poetas do outro mundo” e “Como cantam os mortos” (apud “A Psicografia ante os Tribunais”, de Miguel Timponi, páginas 60 a 64, 4ª ed. FEB). Liberto dos liames da carne, dois anos depois passou ele a valer-se, como Espírito, das faculdades mediúnicas de Francisco Cândido Xavier para a transmissão de importantes mensagens, como a que se inseriu nesta página, acoplada ao mesmo “Parnaso” que ele conhecera aqui na Terra e oriunda do mesmo “Além-Túmulo” por ele tenuemente vislumbrado, entre o assombro e a esperança, Ditou-nos 12 livros, sendo 9 sob o pseudônimo de Irmão X, editados pela FEB. Vale destacar “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”, já em 9ª edição, o livro confirmador da missão espiritual do Brasil, que é a de levar as luzes do Evangelho do Cristo a todos os quadrantes do Mundo, visando à cristianização da Humanidade, sob a orientação do Anjo Ismael, o Legado do GovernadorEspiritual do Planeta em Terras de Santa Cruz

CONTINUA AMANHÃ

QUE EU NÃO PÉRCA - CHICO XAVIER

quarta-feira, 29 de junho de 2011

PENSAMENTO DO DIA


A paz não pode ser mantida pela força, só pode ser conseguida pela compreensão.

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

Por mais longa que seja a noite, o sol volta sempre a brilhar. Evitar a felicidade com medo que ela acabe, é o melhor meio de ser infeliz

Autor: Desconhecido

PARMASO DE ALÉM TÚMULO - CHICO XAVIER

CONTINUAÇÃO

Daí a pouco, a nossa alegria aumentava, pois o nosso confrade José Hermínio Perácio, em companhia de sua esposa, deliberou fixar residência junto a nós e as nossas reuniões tiveram resultados melhores, controladas pela sua senhora, alma nobilíssima, ornada das mais superiores qualidades morais e que, entre as suas
mediunidades, conta com mais desenvolvimento a clariaudiência.
Nossas reuniões contavam, assim, grande número de assistentes, porém, a moral profunda que era ensinada, baseada nas páginas esplendorosas do Evangelho de Jesus, parece que pesava muito, como acontece na opinião de grande maioria de almas da nossa época, quase sempre inclinadas para as futilidades mundanas, e, decorridos dois anos, os assistentes de nossas sessões de estudos escassearam, chegando ao número de quatro ou cinco pessoas, o que perdura até hoje.
Não desanimamos, contudo, prosseguindo em nossas reuniões. constituindo para nós uma fonte de consolações isolarmo-nos das coisas terrenas em nosso recanto de prece, para a comunhão com os nossos desvelados amigos do Além. Continuei recebendo as idéias dos mesmos amigos de sempre, nas reuniões, psicografando-as, e que eram continuamente fragmentos de prosa sobre os Evangelhos. Somente duas vezes recebi comunicações em versos simples.
Em agosto, porém, do corrente ano, apesar de muito a contragosto de minha parte, porque jamais nutri a pretensão de entrar em contacto com essas entidades elevadas, por conhecer as minhas imperfeições, comecei a receber a série de poesias que aqui vão publicadas, assinadas por nomes respeitáveis.
Serão das personalidades que as assinam? – é o que não posso afiançar, O que posso afirmar, categoricamente, é que, em consciência, não posso dizer que são minhas, porque não despendi nenhum esforço intelectual ao grafá-las no papel. A sensação que sempre senti, ao escrevê-las, era  de que vigorosa mão impulsionava a  Francisco
Cândido Xavier - Parnaso de Além-Túmulo 19, também impulsionava a minha. Doutras vezes, parecia-me ter em frente um volume imaterial, onde eu as lia e copiava; e, doutras, que alguém mas ditava aos ouvidos, experimentando sempre no braço, ao psicografá-las, a sensação de fluidos elétricos que o envolvessem, acontecendo o mesmo com o cérebro, que se me afigurava invadido por incalculável número de vibrações indefiníveis. Certas vezes, esse estado atingia o auge, e o interessante é que parecia-me haver ficado sem o corpo, não sentindo, por momentos, as menores impressões físicas; é o que experimento, fisicamente, quanto ao fenômeno que se produz freqüentemente comigo.
Julgo do meu dever declarar que nunca evoquei quem quer que fosse; essas produções chegaram-me sempre espontaneamente, sem que eu ou meus companheiros de trabalhos as provocássemos e jamais se pronunciou, em particular, o nome de qualquer dos comunicantes, em nossas preces. Passavam-se às vezes mais de dez dias, sem que se produzisse escrito algum, e dia houve em que se receberam mais de três produções literárias de uma só vez.
Grande parte delas foram escritas fora das reuniões e tenho tido ocasião de observar que, quanto menor o número de assistentes, melhor o resultado obtido.
Muitas vezes, ao recebermos uma destas páginas, era necessário recorrermos a dicionários, para sabermos os respectivos sinônimos das palavras nela empregadas, porque tanto eu como os meus companheiros as desconhecíamos em nossa ignorância, julgando minha obrigação, frisar aqui também, que, apesar de todo o meu bom desejo, jamais obtive outra coisa, na fenomenologia espírita, a não ser esses escritos.3
 Ao escrever estas palavras, o Autor não se lembrou de que as suas relações constantes com Espíritos desencarnados, mantidas desde os 5 anos de idade, pertencem igualmente à fenomenologia espírita. Pensou em fenomenologia somente como prática consciente da mediunidade
Francisco Cândido Xavier - Parnaso de Além-Túmulo 20
Devo salientar o precioso concurso da bondosa médium Sra. Cármen P. Perácio, que através da sua maravilhosa clariaudiência me auxiliou muitíssimo, transmitindo-me as advertências e opiniões dos nossos caros mentores espirituais e, ainda, o carinhoso interesse do distinto confrade Sr. M. Quintão, que tem sido de uma boa vontade admirável para comigo, não poupando esforços para que este despretensioso volume viesse à luz da publicidade.
E aqui termino.
Terei feito compreender, a quem me lê, a verdade como de fato ela é? Creio que não. Em alguns despertarei sentimentos de piedade e, noutros, rizinhos ridiculizadores. Há de haver, porém, alguém que encontre consolação nestas páginas humildes. Um desses que haja, entre mil dos primeiros, e dou-me por compensado do meu trabalho.
A todos eles, todavia, os meus saudares, com os meus agradecimentos intraduzíveis aos boníssimos mentores do Além, que inspiraram esta obra, que generosamente se dignaram não reparar as minhas incontáveis imperfeições, transmitindo, por intermédio de instrumento tão mesquinho, os seus salutares ensinamentos.
Pedro Leopoldo, dezembro de 1931.
Francisco Cândido Xavier nas sessões espíritas; mas todas as pessoas de sua intimidade sabem que ele, desde a infância. confunde os habitantes dos dois mundos e muitas vezes pergunta ao amigo que esteja passeando com ele “Estás vendo ali um homem de barbas brancas, etc.?” Pela resposta do companheiro é que ele fica sabendo se está, diante de um habitante do nosso mundo ou de habitante do mundo espiritual. Também isso são fenômenos espíritas.

CONTINUA AMANHÃ

ANIMO - CHICO XAVIER

terça-feira, 28 de junho de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Deus dotou os homens de uma boca e dois ouvidos para que ele ouça o dobro do que fala.

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

A grandiosidade da vida está em seus valores infinitivos tão necessários pela busca da felicidade, a paz e o amor dão aos grandes momentos, o seu real valor.

Autor: Desconhecido

PARNASO DE ALÉM TÚMULO - CHICO XAVIER - PARTE 1

Francisco Cândido Xavier

NASCEU em Pedro Leopoldo, MG, em 2 de abril de 1910,
onde residiu até dezembro de 1958. Transferiu-se para Uberaba,
MG, em janeiro de 1959. Filho de João Cândido Xavier e de
Maria João de Deus, desencarnados em 1960 e 1915, respectivamente.
Aposentou-se como funcionário público federal. Médium
de atividade ininterrupta há quase meio século, publicou, através
da Casa-Máter do Espiritismo – a Federação Espírita Brasileira –,
em julho de 1932, o “Parnaso de Além-Túmulo”, primeiro livro
de suas faculdades mediúnicas e já em 9ª edição. Seguiram-se-lhe
mais de 110 livros mediúnicos, diversos deles publicados em
Esperanto, Castelhano, Japonês, Inglês e Francês. Os romances
psicografados (entre eles “Paulo e Estêvão”, “Há Dois Mil Anos...”
e “Renúncia”) são periodicamente radiofonizados e televisionados.
Criatura simples, afável e operosa, jamais se beneficiou
dos direitos autorais da sua vasta produção mediúnica. Respeitado
e estimado em todo o Brasil, onde é popularíssimo, goza ele ainda
de sincera admiração em outros países. Viajou para o exterior
algumas vezes, sempre no exercício do seu mediunato.
Francisco Cândido Xavier - Parnaso de Além-Túmulo 15
Palavras minhas
Nasci em Pedro Leopoldo. Minas, em 1910. E até aqui, julgo
que os meus atos perante a sociedade da minha terra são expressões
do pensamento de uma alma sincera e leal, que acima de tudo
ama a verdade; e creio mesmo que todos os que me conhecem
podem dar testemunho da minha vida repleta de árduas dificuldades
e mesmo de sofrimentos.
Filho de um lar muito pobre, órfão de mãe aos cinco anos, tenho
experimentado toda a classe de aborrecimentos na vida e não
venho ao campo da publicidade para fazer um nome, porque a dor
há muito já me convenceu da inutilidade das bagatelas que são
ainda tão estimadas neste mundo.
E, se decidi escrever estas modestas palavras no limiar deste
livro, é apenas com o intuito de elucidar o leitor, quanto à sua
formação.
Começarei por dizer-lhe que sempre tive o mais pronunciado
pendor para a literatura; constantemente, a melhor boa vontade
animou-me para o estudo. Mas, estudar como?
Matriculando-me, quando contava oito anos, num grupo escolar,
pude chegar até ao fim do curso primário, estudando apenas
uma pequena parte do dia e trabalhando numa fábrica de tecidos,
das quinze horas às duas da manhã; cheguei quase a adoecer com
um regime tão rigoroso; porém, essa situação modificou-se em
1923, quando então consegui um emprego no comércio, com um
salário diminuto, onde o serviço dura das sete às vinte horas, mas
onde o trabalho é menos rude, prolongando-se esta minha situação
até os dias da atualidade.
Nunca pude aprender senão alguns rudimentos de aritmética,
história e vernáculo, como o são as lições das escolas primárias. É
verdade que, em casa, sempre estudei o que pude, mas meu pai
Francisco Cândido Xavier - Parnaso de Além-Túmulo 16
era completamente avesso à minha vocação para as letras e muitas
vezes tive o desprazer de ver os meus livros e revistas queimados.
Jamais tive autores prediletos; aprazem-me todas as leituras e
mesmo nunca pude estudar estilos dos outros, por diferençar
muito pouco essas questões. Também o meio em que tenho vivido
foi sempre árido, para mim, neste ponto. Os meus familiares não
estimulavam, como verdadeiramente não podem, os meus desejos
de estudar, sempre a braços, como eu. com uma vida de múltiplos
trabalhos e obrigações e nunca se me ofereceu ocasião de conviver
com os intelectuais da minha terra.
O meu ambiente, pois, foi sempre alheio à literatura; ambiente
de pobreza, de desconforto, de penosos deveres, sobrecarregado
de trabalhos para angariar o pão cotidiano, onde se não pode
pensar em letras.
Assim têm-se passado os dias sem que eu tenha podido, até
hoje, realizar as minhas esperanças.
Prosseguindo nas minhas explicações, devo esclarecer que
minha família era católica e eu não podia escapar aos sentimentos
dos meus. Fui pois criado com as teorias da igreja, freqüentando-a
mesmo com amor, desde os tempos de criança; quando ia às aulas
de catecismo era para mim um prazer.
Até 1927, todos nós não admitíamos outras verdades além das
proclamadas pelo Catolicismo; mas, eis que uma das minhas
irmãs, em maio do ano referido, foi acometida de terrível obsessão;
a medicina foi impotente para conceder-lhe uma pequenina
melhora, sequer. Vários dias consecutivos foram, para nossa casa,
pioras de amargos padecimentos morais. Foi quando decidimos
solicitar o auxílio de um distinto amigo, espírita convicto, o Sr.
José Hermínio Perácio, que caridosamente se prontificou a ajudarnos
com a sua boa vontade e o seu esforço. Verdadeiro discípulo
do Evangelho, ofereceu-nos até a sua residência. bem distante da
nossa, tanto à sua família, onde então, num ambiente totalmente
Francisco Cândido Xavier - Parnaso de Além-Túmulo 17
modificado, poderia ela estudar as bases da doutrina espírita,
orientando-se quanto aos seus deveres, desenvolvendo, simultaneamente,
as suas faculdades mediúnicas. Aí, sob os seus caridosos
cuidados e da sua excelentíssima esposa Dona Carmen Pena
Perácio, médium dotada de raras faculdades, minha irmã hauria,
para nosso benefício, os ensinamentos sublimes da formosa doutrina
dos mensageiros divinos; foi nesse ambiente onde imperavam
os sentimentos cristãos de dois corações profundamente
generosos, como o são os daqueles confrades a que me referi, que
a minha mãe, que regressara ao Além em 1915, deixando-nos
mergulhados em imorredoura saudade, começou a ditar-nos os
seus conselhos salutares, por intermédio da esposa do nosso amigo,
entrando em pormenores da nossa vida íntima, que essa senhora
desconhecia. Até a grafia era absolutamente igual à que a
nossa genitora usava, quando na Terra.
Sobre esses fatos e essas provas irrefutáveis solidificamos a
nossa fé, que se tornou inabalável. Em breve minha irmã regressava
ao nosso lar cheia de saúde e feliz, integrada no conhecimento
da luz que deveria daí por diante nortear os nossos passos na
vida.
Resolvemos, então, com ingentes sacrifícios, reunir um núcleo
de crentes para estudo e difusão da doutrina, e foi nessas
reuniões que me desenvolvi como médium escrevente, semimecânico,
sentindo-me muito feliz por se me apresentar essa
oportunidade de progredir, datando daí o ingresso do meu humilde
nome nos jornais espíritas, para onde comecei a escrever sob a
inspiração dos bondosos mentores espirituais que nos assistiam.2
2 Só nos últimos dias de 1931, com a graça de Deus, desenvolveram-se
em mim, de maneira clara e mais intensamente, a vidência, a audição e
outras faculdades mediúnicas. (Nota do médium para a 4ª edição, em
1944.)

CONTINUA AMANHÃ

A LIÇÃO INESQUECÍVEL - CHICO XAVIER

segunda-feira, 27 de junho de 2011

PENSAMENTO DO DIA


Jamais confunda conhecimento com sabedoria. Um o ajuda a ganhar uma vida, o outro, a construir uma vida

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA



O importante não é estar aqui ou ali, mas ser. E ser é uma ciência delicada feita de pequenas-grandes observações do cotidiano dentro e fora da gente. Se não executamos essas observações, não chegamos a ser, apenas existimos e desaparecemos

Autor: Desconhecido

ELE ATENDERÁ - CHICO XAVIER

domingo, 26 de junho de 2011

MENSAGEM SEMANAL

Ação – Bondade.

A cobrança da gratidão diminui o valor da dádiva. O bem não tem preço, pois que, à semelhança do amor, igualmente não tem limite. Quando se faz algo meritório em favor do próximo, aguardando recompensa, eis que se apaga a qualidade da ação, em favor do interesse pessoal grandemente pernicioso. O Sol aquece e mantém o planeta sem qualquer exigência. A chuva abençoa o solo e o preserva rico, em nome do Criador, sustentando os seres, e se repete em períodos ritmados, não pedindo nada. O ar, que é a razão da vida, existe em tão harmonioso equilíbrio e discrição, que raramente as criaturas se dão conta da sua imprescindibilidade. Faze o bem com alegria e, no ato de realizá-lo, fruirás a sua recompensa. Ajuda a todos com naturalidade, como dever que te impões, a favor de ti mesmo, e te aureolarás de paz. Se estabeleces qualquer condição para ajudar, desmereces a tua ação, empalidecendo-lhe o valor. Une-te ao exército anônimo dos heróis e apóstolos da bondade. Ninguém te saberá o nome, no entanto, o pensamento dos beneficiados sintonizará com a tua generosidade, estabelecendo elos de ligação e segurança para a harmonia no mundo. Os que se destacam na ação comunitária e são aplaudidos, homenageados, sabem que, sem as mãos desconhecidas que os ajudam, coisa alguma poderiam produzir. Assim, os benfeitores verdadeiros são os da retaguarda e não os que brilham nos veículos da Comunicação. Aproveita o teu dia e vai semeando auxílios, esparzindo bondade de que esteja rica a tua vida, e provarás o licor da alegria na taça da felicidade de servir.

Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis / Livro: Episódios Diários

PENSAMENTO DO DIA


É a possibilidade que me faz continuar e não a certeza. Uma espécie de aposta da minha parte. E embora me possam chamar sonhador, louco ou qualquer outra coisa, acredito que tudo é possível.

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

Caminhe com confiança e ousadia... Há uma mão lá em cima que o ajudará a avançar.

Autor: Desconhecido

AS VIDAS DE CHICO XAVIER - EPÍLOGO


CONTINUAÇÃO

EPÍLOGO

Uberaba. Fevereiro de 2003. Oito meses já se passaram desde a morte de Chico Xavier e até agora nada. Nenhuma palavra, nenhuma mensagem do líder espírita.
O "correio espiritual" mais concorrido do planeta não manda notícias do além. Não usa um médium como ele para contar como vai a vida depois da morte ou como foi a passagem deste mundo para o outro.
Um silêncio incômodo quase constrangedor toma conta do circuito espírita da cidade.
No Grupo Espírita da Prece, o centro fundado por Chico Xavier em Uberaba há 28 anos, o filho adotivo Eurípedes Higino dos Reis lidera as reuniões de sábado à noite.
Sobra lugar na sala de piso de cimento onde a velha placa avisa: "Aqui, com o nome de Grupo Espírita da Prece, funciona o Culto de Evangelho do Lar do Irmão Francisco Cândido Xavier em casa de sua propriedade".
Uma novidade - só admitida depois da morte de Chico se destaca na parede ao lado: dois pôsteres gigantescos do líder espírita que se constrangia com a idolatria em torno dele e fazia questão de se menosprezar ao máximo.
Hoje no centro de Chico Xavier ninguém põe no papel mensagens ditadas por mortos a seus "entes queridos" na Terra. A programação semanal inclui oração, leitura do Evangelho e uma breve sessão de passes regada à água "fluidificada", energizada pelos espíritos.
A sessão na noite de 21 de fevereiro foi acompanhada por 42 pessoas algumas com a esperança de assistir ao momento histórico em que Chico enviaria uma mensagem aos companheiros de Uberaba. Mas nada.
Na mesa de doze lugares, ocupada pelos colaboradores do Grupo Espírita da Prece Eurípedes à cabeceira, uma das oradoras conversa, em voz alta, com Chico Xavier:
- Nós gostaríamos que você, Chico, tivesse permanecido mais tempo conosco, mas Deus sentiu saudade de você.
Por que tanto silêncio?
Carlos Bacelli e Celso de Almeida Afonso os médiuns de Uberaba mais procurados hoje por quem busca mensagens do além - têm a mesma explicação:
- "Chico quer evitar confusão".
Uma mensagem sua, publicada em jornais e revistas, funcionaria como um holofote sobre o médium escolhido para colocá-la no papel. O eleito para a missão não teria paz.
Prefiro não receber esta mensagem -, Celso se esquiva enquanto passeia com seu poodle branco pelas ruas de Uberaba num domingo de sol; Sou preguiçoso demais.
A casa simples e confortável onde Chico Xavier passou os últimos anos de sua vida se transformou em museu administrado por Eurípedes. As portas estão abertas para quem quiser entrar e uma urna está à disposição na cozinha para doações voluntárias.
Uma livraria, logo na entrada, vende os títulos psicografados por Chico Xavier ao longo da vida e expõe objetos de todo tipo com a imagem dele estampada: camisetas, cadernos, agendas, pratos, calendários. A imagem de Chico se multiplica.
Uma câmera de vídeo instalada no corredor de acesso à porta dos fundos hoje está desligada - uma lembrança dos tempos em que era preciso zelar pela segurança de Chico e registrar, com cuidado, a entrada e saída de desconhecidos na casa aos sábados à noite.
A voz de Chico ecoa por todo canto durante a visita ao Museu. Um CD com mensagens lidas por ele, embalado por música clássica, serve como trilha sonora para a revelação da intimidade do homem que lutou, em vão, para preservar um mínimo de privacidade.
Faixas em verde e amarelo - como as dos museus públicos impedem os curiosos de entrar no quarto onde Chico morreu e onde passou boa parte dos últimos anos de sua vida.
Os outros cômodos estão abertos à visitação: as duas salas onde Chico recebeu amigos e admiradores, almoçou e jantou (sopas e mingaus nos últimos anos) e bebericou café (seu único vício), enquanto se equilibrava entre os dois mundos: o dos vivos e o dos mortos.
Na porta do seu quarto, está pendurado um dos bilhetes escritos por ele para os espíritos. Um pedido de desculpas por um transtorno imprevisível: ele teria que dormir no quarto ao lado, uma noite, por causa de um conserto na caixa de água, mas estaria à disposição dos "amigos espirituais".
Hoje, no quarto ao lado, penduradas nas paredes, deparamos com as boinas usadas por Chico para cobrir sua calvície.
Nas paredes de toda a casa, estão expostos aos visitantes tudo o que Chico evitou exibir ao longo da vida: títulos de cidadão honorário, medalhas, troféus, comendas.
No cemitério, um mausoléu de mármore branco foi construído para homenagear o morto mais ilustre e visitado da cidade. O movimento em Uberaba desabou com a morte dele, os hotéis já não lotam com as caravanas de espíritas e não espíritas vindas de todo o Brasil. Mas os admiradores continuam a chegar, aos poucos, e fazem questão de visitar o túmulo de Chico para pedir paz e socorro.
Uma frase assinada por Chico enfeita uma das paredes do mausoléu, sob uma escultura que mostra a mão dele segurando um lápis, pronta para receber uma mensagem:
"A minha vida dediquei à minha mediunidade, à minha família, aos meus amigos. Ao povo. A minha morte me pertence. Meu corpo deve voltar para a mãe Terra e não deve ser tocado".
Chico pede paz.

CONTINUAÇÃO

ORAÇÃO DA ESPERANÇA - DIVALDO FRANCO