CONTINUAÇÃO
Sugestões aceita por ela. Patrícia disse
que não poderia acompanha-la ao Hospital, porque estava com as chaves do
Escritório e se não comparecesse ao trabalho, os outros funcionários não
poderiam entrar.
D. Beatriz agradeceu a todos e foi para
casa, levando Patrícia.
Praticamente, não dormiu esperando o dia
amanhecer para ir ao Hospital, apesar de ter telefonado, a noite, para a
recepção, proibindo qualquer visita para Carol, em especial os pais. Foi
informada que na UTI não era permitida visita, portanto não haveria problema e
que, pela manhã, fosse ao Hospital para ratificar, por escrito, o seu pedido.
Ás seis horas da manhã Manoel buzinou na
porta. Ela já estava pronta para sair. Gritou para Janete avisando que estava
de saída e foi ao encontro do Manoel.
- Bom dia Manoel. Você chegou antes do
horário. As visitas só começam às sete horas.
- Bom dia. É bom sairmos cedo, assim não
encontramos engarrafamento e poderemos ir devagar. Como a senhora já estava
pronta, garanto que acordou antes de mim.
- Para falar a verdade nem dormi, passei a
noite em claro. Ontem a noite, telefonei para o Hospital e fui informada que na
UTI não é permitida visitas, isso me deixou mais aliviada. Estou pedindo à DEUS
que não permita que Cida tente fazer essa barbaridade. Tenho fé que as
Entidades Superiores a farão desistir dessa ideia, até porque, como disse o Sr.
Mário, não é ela que está agindo dessa maneira, são os obsessores. Ela está
servindo de ferramenta para os desejos de vingança do irmão Diogo.
- É isso mesmo. Temos que ter fé e com a
graça do Pai, tudo será resolvido, da melhor maneira possível, sem violências e
sem mortes. O capítulo final, escrito por Diogo, será substituído por outro,
escrito pelos Espíritos Benfeitores. Chegamos D. Beatriz, vamos fazer a nossa
parte.
Foram até a recepção e proibiram a entrada
de visitantes para a Carol, principalmente os seus pais.
Só a D. Beatriz poderia autorizar visitas
à Carol.
Aguardaram até às sete horas para subirem.
Já tinham sido informados que a paciente apresentara melhoras e, provavelmente,
seria transferida para o apartamento, naquela manhã. Com a noticia, D. Beatriz
mudou completamente, parecia que estava no paraíso, ria de tudo e para todos.
Estavam no apartamento, aguardando a
chegada do Médico para autorizar a transferência de Carol, quando foram
chamados à recepção. Desceram e encontraram Cida fazendo um grande tumulto. Ao
avistar D. Beatriz, se aproximou dizendo.
- Quem a senhora pensar que é para me
proibir de ver a minha filha? A senhora não tem esse direito. Eu como mãe estou
proibindo a senhora de ver a Carol e se não aceitarem a minha ordem, vou
processar este Hospital.
- Calma minha filha, vamos conversar como
gente educada que somos. Estamos em um local público e por sinal um Hospital
onde devemos fazer silêncio.
- Calma nada e não me chame de filha. A
senhora nunca gostou de mim, acho que tem ciúme do Ronaldo, por ter lhe largado
e se casado comigo. Não venha com essa pele de Cordeiro, porque por baixo está
escondida uma Hiena.
Cida partiu para cima de D. Beatriz. Os
seguranças do Hospital, depois de muito custo, conseguiram dominá-la. O hall do
Hospital estava cheio de gente. Funcionários e pacientes que chegavam. Levaram
Cida para a sala da Diretoria, juntamente com D. Beatriz e o Manoel, para
resolverem a questão.
Cida não deixava a D. Beatriz falar e
partia para a agressão física, sendo contida pelos seguranças.
Vendo que a situação estava ficando fora
de controle, as partes não chegavam a um acordo e, talvez, com receio de ver o
Hospital ser processado, por não permitir que uma mãe visitasse a filha, que se
encontrava na UTI, o Dr. Adilson, Diretor do Hospital resolveu o seguinte:
“As duas poderiam visitar a paciente, porém,
em horários diferentes. Uma no horário matutino e a outra no horário
vespertino”.
Cida, de imediato concordou, desde que o
seu horário fosse o matutino, pois a muito tempo não via a filha e estava com
muita saudade e a avó tinha passado o dia anterior ao lado dela.
O Dr. Adilson considerou justa a proposta
da Cida e concordou. D. Beatriz não aceitava a ideia de a Cida ficar só com a
filha.
Chorando, se abraçou ao Manoel pedindo
para impedir aquela tragédia que estava preste a acontecer. Cida, vendo a cena,
não se conteve.
- O que eu estou vendo? A velha puritana e
virtuosa chorando nos braços do jovem amante. Depois desta cena, você está
proibida de ver a minha filha. A sua companhia e outras do mesmo nível fizeram
a sua cabeça a ponto de fugir de casa.
Manoel pediu ao Dr. Adilson para falar em
particular com ele, pois, devido às últimas palavras de Cida, achava que estava
havendo algo estranho. O Médico concordou e foram ao seu gabinete, sob
protestos da Cida que queria acompanhá-los a qualquer custo.
Manoel contou todo o caso, desde quando
Carol estava em casa até a sua fuga. Os motivos, as ameaças de Cida, que a
tratava de vagabunda
CONTINUA AMANHÃ