A principal finalidade deste blog é a divulgação da Doutrina Espírita, codificada por ALLAN KARDEC, através de trechos do Evangelho Segundo o Espiritismo, preces, orações, crônicas e comentários.Queremos, também, transformar esse blog em uma CASA ESPÍRITA VIRTUAL.
quarta-feira, 17 de junho de 2009
O QUE É O ESPIRITISMO
CAPITULO PRIMEIRO
PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA
SEGUNDO DIÁLOGO
OS MÉDIUNS INTERESSEIROS
Terceira Parte
A.K. – Em primeiro lugar, é no interesse da causa que ele o faz ou é no seu próprio interesse? Se mudou a sua posição, é que não estava satisfeito e que esperava ganhar mais ou ter menos trabalho nesse novo ofício. Não há nenhum devotamento em dar seu tempo quando é para dele tirar proveito. É como se se dissesse que o padeiro fabrica o pão no interesse da Humanidade. A mediunidade não é o único recurso; sem ela eles seriam obrigados a ganharem a vida de outra maneira. Os médiuns verdadeiramente sérios e devotados, quando não tem uma existência independente, procuram os meios de vida em seu trabalho normal, e não mudam sua posição. Eles não consagram a mediunidade senão o tempo que podem dar-lhe sem prejuízo e se o tomam do seu lazer ou do seu repouso, espontaneamente, então são devotados e se os estima e respeita mais por isso.
A mediunidade de médiuns nas famílias, aliás, torna os médiuns profissionais inúteis, mesmo supondo-se que eles oferecem todas as garantias desejáveis, o que é muito raro. Sem o descrédito que se atribui a esse gênero de exploração, do qual me felicito de ter contribuído grandemente, ver-se-ia pularem os médiuns mercenários e os jornais se cobrirem dos seus anúncios. Ora, para um que tivesse podido ser leal, haveria cem charlatães que, abusando de uma faculdade real ou simulada, teriam feito o maior mal ao Espiritismo. É, pois, como principio que todos aqueles que vêem no Espiritismo alguma coisa além de exibição de fenômenos curiosos, que compreendem e estimam a dignidade, a consideração e os verdadeiros interesses da doutrina, reprovam toda espécie de especulação, sob qualquer forma ou disfarce que ela se apresente. Os médiuns sérios e sinceros, e eu dou esse nome àqueles que compreendem a santidade do mandato que DEUS confiou, evitam até na aparência o que poderia fazer pairar sobre eles a menor suspeita de cupidez. A acusação de tirar um proveito qualquer de sua faculdade seria para eles uma injúria.
(continua amanhã)
terça-feira, 16 de junho de 2009
O QUE É O ESPIRITISMO
CAPITULO PRIMEIRO
PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA
SEGUNDO DIÁLOGO
OS MÉDIUNS INTERESSEIROS
Segunda Parte
A natureza da faculdade mediúnica se opõe, pois, a que ela se torne uma profissão, uma vez que depende de uma vontade estranha ao médium, e ela poderia faltar-lhe no momento que dela tivesse necessidade, a menos que ele a supra pela agilidade. Mas, em se admitindo mesmo uma inteira boa fé, desde que os fenômenos não se obtém à vontade, seria um efeito do acaso se, na sessão que se tivesse pago, se produzisse precisamente aquilo que se desejaria para se convencer. Daríeis cem mil francos a um médium e na o faríeis obter dos Espíritos o que estes não quisessem fazer. Essa paga, que desnaturaria a intenção e a transformaria em um violento desejo de lucro, seria mesmo, ao contrário, um motivo para que este não tivesse sucesso. Se se está bem compenetrado dessa verdade, que a afeição e a simpatia são as mais poderosas motivações de atração dos Espíritos compreender-se-ia que eles não podem ser solicitados com o pensamento de os usarem para ganhar dinheiro.
Aquele, pois, que tem necessidade de fatos para se convencer, deve provar aos Espíritos sua boa vontade por uma observação séria e paciente, se quer por eles ser secundado. Mas, se é verdadeiro que a fé não se impõe, não o é menos dizer-se que ela não se compra.
VISITANTE – Eu compreendo esse raciocínio sob o ponto de vista moral; entretanto, não é justo que aquele que dá seu tempo no interesse de seu ideal, dele seja indenizado, se isso o impede de trabalhar para viver?
(continua amanhã)
segunda-feira, 15 de junho de 2009
O QUE É O ESPIRITISMO
CAPITULO PRIMEIRO
PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA
SEGUNDO DIÁLOGO – O CÉPTICO
OS MÉDIUNS INTERESSEIROS
Primeira Parte
VISITANTE – Antes de se entregarem a um estudo de fôlego, certas pessoas gostariam de ter certeza de não perderem o seu tempo, certeza que lhes daria um fato concludente, mesmo obtido ao preço do dinheiro.
A.K. – Naquele que não quer se ao trabalho de estudar, há mais de curiosidade que o desejo real de se instruir. Ora, os Espíritos não gostam mais de curiosos que eu próprio. Aliás, a cupidez lhes é, sobretudo, antipática, e eles não se prestam a nada que possa satisfazê-la. Seria preciso ter deles uma idéia bem errada para crer que os Espíritos superiores, como Fenelon, Bossuet, Pascal, Santo Agostinho, por exemplo, se colocassem às ordens do primeiro que os solicitasse, a tanta por hora. Não, senhor, as comunicações de além-túmulo são uma coisa muito grave e exigem muito respeito, para servirem de exibição.
Aliás, sabemos que os fenômenos espíritas não se desenrolam como as engrenagens de um mecanismo, uma vez que dependem da vontade dos Espíritos. Mesmo admitindo-se a aptidão medianímica, ninguém pode responsabilizar-se de obtê-los em tal momento dado. Se os incrédulos são levados a suspeitarem da boa fé dos médiuns em geral, seria bem pior se estes tivessem um estimulante interesse; poder-se-ia suspeitar, com todo direito, que o médium retribuiria com simulação, porque ele precisaria, antes de tudo, ganhar seu dinheiro. Não somente o desinteresse absoluto é a melhor garantia de sinceridade, como repugnaria à razão evocar a peso de ouro os Espíritos de pessoas que nos são caras, supondo que eles a isso consentissem, o que é mais que duvidoso. Não haveria, em todos os casos, senão espíritos inferiores, pouco escrupulosos quanto aos meios, e que não mereceriam nenhuma confiança. Estes mesmo, ainda, freqüentemente, agem com um prazer maldoso, frustrando as combinações e os caçulos de seus evocadores.
(continua amanhã)
domingo, 14 de junho de 2009
O QUE É O ESPIRITISMO
CAPITULO PRIMEIRO
PEQUENA CONFERÊNCIA ESPÍRITA
SEGUNDO DIÁLOGO – O CÉPTICO
MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Quarta Parte
Seria, pois, um erro crer-se que todo Espírito pode atender ao apelo que lhe é feito e se comunicar pelo primeiro médium que encontra. Para que um Espírito se comunique, é preciso primeiro que lhe convenha fazê-lo; em segundo lugar, que sua posição ou suas ocupações lhe permitam; em primeiro lugar, que ele encontre no médium um instrumento propicio à sua natureza.
Em principio, pode-se comunicar com os Espíritos de todas as ordens, com seus parentes e seus amigos, com os Espíritos mais elevados, como com os mais vulgares. Mas, independentemente das condições individuais de possibilidade, eles vêm mais ou menos voluntariamente segundo as circunstâncias e, sobretudo, em razão de sua simpatia pelas pessoas que os chamam, e não pela requisição da primeira pessoa que tenha a fantasia de evocá-los por um sentimento de curiosidade; em caso semelhante eles não se importariam quando vivos e não o fazem mais depois da sua morte.
Os Espíritos sérios não vêm senão nas reuniões sérias, onde são chamados com recolhimento e por motivos sérios. Eles não se prestam a nenhuma questão de curiosidade, de prova, ou tendo um objetivo fútil; nem a alguma experiência.
Os Espíritos levianos vão por toda parte; mas nas reuniões sérias se calam e se afastam para escutar, como faria um escolar em uma douta assembléia. Nas reuniões frívolas eles se divertem, distraem-se com tudo e, freqüentemente, zombam dos assistentes, e respondem a todos sem se inquietarem com a verdade.
Os Espíritos ditos batedores, e geralmente todos aqueles que produzem manifestações físicas, são de uma ordem inferior, sem, por isso, serem essencialmente maus; eles têm uma aptidão de alguma sorte especial para os efeitos materiais. Os Espíritos superiores não se ocupam dessas coisas que nossos sábios de fazerem exibição de força; se disso tem necessidade, servem-se desses Espíritos de ordem inferior, como nós nos servimos de serviçais para o trabalho pesado.
(continua amanhã)