CONTINUAÇÃO
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Desculpa sempre
“Se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso
Pai Celestial vos perdoará.” – Jesus. (Mateus, 6:14.)
Por mais graves te pareçam as faltas do próximo, não te
detenhas na reprovação.
Condenar é cristalizar as trevas, opondo barreiras ao serviço
da luz.
Procura nas vítimas da maldade algum bem com que possas soerguê-las,
assim como a vida opera o milagre do reverdecimento nas árvores aparentemente
mortas.
Antes de tudo, lembra quão difícil é julgar as decisões de criaturas
em experiências que divergem da nossa!
Como refletir, apropriando-nos da consciência alheia, e como
sentir a realidade, usando um coração que não nos pertence?
Se o mundo, hoje, grita alarmado, em derredor de teus passos,
faz silêncio e espera...
A observação justa é impraticável quando a neblina nos cerca.
Amanhã, quando o equilíbrio for restaurado, conseguirás
suficiente clareza para que a sombra te não altere o entendimento.
Além disso, nos problemas de crítica, não te suponhas isento
dela.
Através da nociva complacência para contigo mesmo, não
percebes quantas vezes te mostras menos simpático aos semelhantes!
Se há quem nos ame as qualidades louváveis, há quem nos
destaque as cicatrizes e os defeitos.
Se há quem ajude, exaltando-nos o porvir luminoso, há quem
nos perturbe, constrangendo-nos à revisão do passado escuro.
Usa, pois, a bondade, e desculpa incessantemente.
Ensina-nos a Boa Nova que o Amor cobre a multidão dos pecados.
Quem perdoa, esquecendo o mal e avivando o bem, recebe do Pai
Celestial, na simpatia e na cooperação do próximo, o alvará da libertação de si
mesmo, habilitando-se a sublimes renovações.
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Vivamos calmamente
“Que procureis viver sossegados.”- Paulo. (1ª Epístola
aos Tessalonicenses, 4:11.)
Viver sossegado não é apodrecer na preguiça.
Há pessoas cujo corpo permanece em decúbito dorsal,
agasalhadas, contra o frio da dificuldade, por excelentes cobertores da facilidade
econômica, mas torturadas mentalmente por indefiníveis aflições.
Viver calmamente, pois, não é dormir na estagnação.
A paz decorre da quitação de nossa consciência para com a
vida, e o trabalho reside na base de semelhante equilíbrio.
Se desejamos saúde, é necessário lutar pela harmonia do corpo.
Se esperamos colheita farta, é indispensável plantar com
esforço e defender a lavoura com perseverança e carinho.
Para garantir a fortaleza do nosso coração, contra o assédio
do mal, é imprescindível saibamos viver dentro da serenidade do trabalho fiel
aos compromissos assumidos com a ordem e com o bem.
O progresso dos ímpios e o descanso dos delinqüentes são paradas
de introdução à porta do inferno criado por eles mesmos.
Não queiras, assim, estar sossegado, sem esforço, sem luta,
sem trabalho, sem problemas...
Todavia, consoante a advertência do apóstolo, vivamos
calmamente, cumprindo com valor, boa vontade e espírito de sacrifício, as
obrigações edificantes que o mundo nos impõe cada dia, em favor de nós mesmos.
CONTINUA AMANHÃ