sábado, 26 de novembro de 2011

PENSAMENTO DO DIA

A glória é para os que tentam,  não para os que são capazes

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

Temos coisas na vida que esquecemos muito rapidamente, outras, que duram uma vida para esquecer..

Autor: Desconhecido

A SEMENTE DE MOSTARDA - LIVRO DE CHICO XAVIER - PARTE 03

CONTINUAÇÃO

ENSINAMENTO

O Instrutor desdobrando a aula que ministrava aos aprendizes atentos esclareceu, conciso:
Os homens são professores uns dos outros.
Cada um leciona a matéria que lhe constitui o elemento de trabalho.
Assim vejamos:
O alfaiate, a costura;
O sapateiro, o calçado;
O tecelão; a indústria do fio;
O ourives, a fabricação de jóias;
O pastor, a condução do rebanho;
O horticultor, a produção de verdura;
O carpinteiro, a arte de trabalhar a madeira;
Ante a pausa do professor, o aluno José Guedes perguntou:
-Professor; e o embriagado também ensina?
Como não? - respondeu o Instrutor.
Que é que um bêbado ensina? - insistiu o aprendiz.
E o professor idoso e experiente concluiu:
-Um alcoólatra ensina o que devemos evitar.

INICIATIVA

Sempre que puderes, faze por ti mesmo o que tens a fazer.

HUMILDADE E ELEVAÇÃO

A vaidade enlouquece.
A revolta dificulta.
A dor regenera.
A facilidade perturba.
O trabalho educa.
A humildade eleva sempre.


MORDOMIAS

-Estamos construindo um mundo novo - disse Cláudio ao jovem advogado que aderia ao trabalho do grupo, e sem criticar os costumes de vários Países, desejaria conhecer o pensamento de Cristo sobre mordomias. Não me lembro de nenhuma passagem do Novo Testamento que nos conduza às idéias e opiniões do Divino Mestre, nesse sentido...
Um professor dos que se achavam presentes tomou a palavra e informou:
-Jesus era contrário a semelhante sistema de privilégios inaceitáveis.
-Em que tópico será possível encontrar as conclusões que o senhor terá chegado? Falou o rapaz...
O educador buscou um exemplar do Novo Testamento e em voz alta narrou a expressiva história de um homem avaro entre os capítulos 19 a 21 do Evangelho do Apóstolo São Lucas:
-E Jesus disse-lhes a seguir esta parábola: "Havia um rico homem. Suas terras haviam produzido extraordinariamente e que se entretinha a pensar consigo mesmo, assim: Que hei de fazer, pois já não tenho lugar onde possa colocar tudo, o que vou colher? Aqui está, disse, o que farei: demolir os meus celeiros e construir outros maiores, onde depositarei a minha colheita e todos os meus bens. E direi à própria alma: Tens de reserva muitos bens para longos anos! Repousa, come, bebe e goza. Mas Deus, ao mesmo tempo, disse ao homem: Que insensato és!...Esta noite mesmo, tomar-te-ão a alma; para que servirá então o que acumulaste?".
E o professor rematou:
-Nessa parábola simples, Jesus ensina o que pensava acerca de mordomias. O homem era rico, foi surpreendido pela produção abundante das suas próprias terras. Tão grande se lhe fizeram as facilidades que se propôs a levantar celeiros mais amplos, nos quais pudesse ajuntar a enorme colheita e todos os bens que possuía. Ele que já se achava provido do necessário, queria entesourar o supérfluo? Não encontramos aí as ilações do Mestre, com respeito às mordomias dos tempos modernos?
O jovem rapaz que acompanhava a leitura com grande respeito e atenção se manteve, então, em profundo silêncio.

NATURALIDADE

Um homem francamente despreparado para o alto cargo com que fora agraciado pela governança de certo país; foi alvo de reclamações justas da parte de quantos havia sido preterido, em seus próprios direitos, e quando o movimento de revolta se fez mais intenso, um dos interessados foi a um Sábio e expôs a ele o que acontecia, pedindo-lhe orientação.
O Sábio escutou a argumentação do consulente e acentuou:
-Amigo, não te aflijas e volta ao teu trabalho. Se o agraciado subiu à elevada posição que está ocupando, por efeito de bajulação e por desejo de parecer maior do que os outros; em breve, ele cairá por si mesmo.

NECESSIDADE PARA O BEM

A treva noturna é necessária para que se veja, mesmo de longe, o império das estrelas.


O FUNILEIRO

Gaudencia era um homem robusto que, desde a primeira juventude, procurava aprimorar a si mesmo, através dos estudos, entretanto, a escola se fizera inacessível aos seus recursos.
Sequioso de trabalho bateu às portas de um funileiro amigo.
Admirava-lhe a assiduidade no trabalho. Recolheu-lhe os ensinamentos e adotou-lhe a profissão.
Gaudencia organizou a própria oficina, na própria casa de moradia, alugando a casa modesta em que passou a residir com a própria família, na periferia de grande cidade, na qual para logo conquistou excelente clientela.
Entretanto, um obstáculo apareceu.
A vizinhança não se conformava com as batidas do funileiro, sobre chapas de ferro e peças de funilaria.
Às seis horas da manhã de cada dia, começava a barulhada.
Gaudencia empunhava o martelo e moldava, com mestria, peças de utilidade doméstica ou consertava-as com habilidade e bom gosto.
Os vizinhos, principalmente dois deles, reclamavam constantemente, Como agüentar aquela festa de pancadas, todas a manhãs? Não seria conveniente chamar o funileiro e pedir-lhe o controle das horas, para aquelas exibições de batidas? Aquele trecho de rua possuía doentes numerosos, incluindo crianças vítimas de insônia e nervosismo. Não seria compreensível recorrer à proteção policial?
A situação prosseguia quando o sistema hidráulico das residências dos amigos a que nos reportamos apresentou desequilíbrio que requisitava a competência de um encanador habilitado a sana-lo.
Canos de água se desgovernavam e os esgotos estavam longe de cumprir a própria função.
Lembraram Gaudencia.
Não era ele o profissional indicado ao reajuste preciso?
O conhecido funileiro aceitou a incumbência e por seis dias de trabalho caprichoso, recompôs a rede de águas, amparando-lhe os processos de ação.
No dia em que os dois amigos lhe pediram o preço dos serviços com as horas extras que despendera espontaneamente, Gaudencia lhes respondeu:
-Não pensem nisso,. Prometi a Deus que todo o meu trabalho seria gratuito para os amigos, especialmente para os necessitados.
Ambos os amigos se entreolharam boquiabertos já que o trabalho realizado valia verdadeira fortuna e, desde aquele dia, Gaudencia ganhou dois amigos que lhe ampararam toda a vida.

CONTINUA AMANHÃ

DIVALDO FRANCO - ESPIRITISMO E PSICOLOGIA - PARTE 3

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A SEMENTE DE MOSTARDA - LIVRO DE CHICO XAVIER - PARTE 2

CONTINUAÇÃO

AUXÍLIO

Faze o possível para que não deixes passar um só dia da tua existência sem prestar algum serviço ou auxílio a esse ou aquele ser vivente de qualquer espécie da Natureza.


AUXÍLIO MAIS AMPLO

Deus protege a todas as criaturas, mas, se detém a auxiliar mais amplamente aqueles que amam os maus, promovendo-lhes sem alarde a renovação para o Bem.


CANÇÃO DE LUZ

Sofre com paciência, sem esquecer a coragem de trabalhar.
Depois da noite, o céu é uma canção de luz ao amanhecer.


CAUSA E EFEITO

Enoque era um ancião que se abeirava dos cem janeiros.
Residindo numa choça que se encostava a uma peroba, cuja idade renteava com a dele, alimentava-se de frutas e chá que improvisava com folhas aromáticas e água quente.
Entre aqueles viajantes e amigos que atravessavam a estrada, a poucos metros de sua moradia, a fim de revê-lo, o agricultor José Prado, procurou-lhe a amenidade da companhia e indagou, com respeito:
-Enoque, você acredita na lei de causa e efeito?
Como não? - respondeu o interpelado com voz trêmula. A idade me pesa nas costas, há vários decênios, e nunca vi um só caso em que essa lei da vida viesse a falhar.
E, virando para o interlocutor os velhos braços; acentuou: - a propósito de que o senhor me fez essa pergunta?
O amigo não se melindrou e narrou pensativo:
-Há cinco anos, entrei em luta corporal com o Joaquim Mota, que é seu conhecido, e, na briga, cortei-lhe dois dedos da mão esquerda, que sangrou abundantemente... Depois de algum tempo pedi-lhe perdão do gesto impensado e ele não só me perdoou, como também me convidou para um café em sua própria casa. Senti grande alívio, porque me achava arrependido da violência que praticara e voltei ao trabalho em meus canaviais. Ontem, porém, coloquei meu facão num galho de árvore, para limpar a plantação nova e distraí-me sem notar que o dia de calor nos mergulhara a todos, os meus auxiliares e eu, numa ventania brava. Aproximava-se o aguaceiro e corremos, em busca dos restos da casa velha do Antonio e quando passei, a passo rápido, sob o galho da Aroeira que me guardava o facão, ei-lo que se despenca sobre mim, sem motivo aparente me cortando dois dedos da mão esquerda, como sucedera no dia que mutilei a mão do Joaquim Mota.
O narrador fez uma pausa e finalizou:
-O senhor acredita que eu tenha sido executado segundo a lei de causa e efeito?
-Acredito, sim...
-Entretanto - observou o visitante, não posso esquecer que o Mota já me perdoara.
Enoque fez um gesto expressivo de afirmação e explicou:
-Mota lhe perdoara a ofensa, mas a lei lhe havia registrado o gesto impulsivo e terá considerado que o perdão do amigo lhe oferecia a oportunidade, a fim de que a dor de seus dois dedos lhes advertisse para não repetir o ato que lhe impunha dor e arrependimento ao coração.
Enoque - solicitou o amigo, fale-nos então dessa lei que não podemos burlar!...
O velhinho levantou-se com muita dificuldade e, ali mesmo, retirou da mesa tosca um ensebado exemplar do Novo Testamento e esclareceu:
-Meu amigo; estou no fim de minha longa existência e já não disponho de tempo para longas conversações. Quando preciso de alguma explicação, recorro aos ensinamentos de Jesus e sempre tenho a resposta. Abra este livro e veja o que o Mestre nos diz.
Intranqüilo, o consulente abriu o rolo e achou do Apóstolo Mateus lendo o Versículo no. 52 do Capítulo 26, em que Jesus adverte a nós todos; "quem com ferro fere com ferro será ferido...".


CONCLUSÕES DA VIDA

Deus Fornece o material.
O Homem trabalha.

Deus concede o ensinamento.
O Homem realiza.

Deus cria a paz.
O Homem forja o conflito.

Deus promove a união.
O Homem estabelece o privilégio.

Deus recomenda o perdão.
O Homem faz o ressentimento.

Deus ergue a fé.
O Homem cultiva a insegurança.

Deus traçou a justiça.
O Homem armou a violência.

Deus consolidou a coragem.
O Homem perpetuou a audácia.

Deus abençoa a todos.
O Homem faz concessões.

Deus garante a liberdade.
O Homem usa o livre-arbítrio e responde pelas próprias obras.


CONSCIENTIZAÇÃO

És livre para empreendimentos diversos como sejam: fazer o bem aos semelhantes, desinteressadamente; suportar incompreensões e afrontas, sem revide; praticar a paciência em todas as situações difíceis;
Aguarda a tua vez nas filas, sem reclamações; compreender os momentos críticos dos companheiros, sem reprova-los quando pareçam irresponsáveis;
Auxiliar sempre a fim de que se faça o melhor; trabalhar sem queixa;
Servir com a alegria de quem cumpre um dever;
Agradecer aos que te amparam na vida sem esquecer as palavras que te expressam o reconhecimento com o sorriso de gratidão.
Coteja o que pensas falas e fazes com o dever de estender o bem para os outros; quanto se te faça possível e entenderás o lugar em que te encontras na própria conscientização.

DISCERNIMENTO E PRODÍGIO

O Homem pode e deve ser:
Para o Ecologista - um protetor da Natureza.
Para o Médico - certa máquina formada de peças por estudar.
Para o Empresário - um cooperador no serviço.
Para o Professor - uma inteligência a ser cultivada.
Para o Escultor - um modelo vivo.
Para a Comunidade - um esteio da ordem.
Para a Caravana - um companheiro.
Para o Necessitado - uma esperança de socorro.
Para Jesus, porém, entre todas as criaturas viventes, o Homem é o único ser capaz de raciocinar e discernir, assessorado pela vontade e pelo livre-arbítrio, com a possibilidade de realizar prodígios, se quiser trilhar o caminho do bem e aceitar o dever que lhe cabe na condição de filho de Deus.

CONTINUA AMANHÃ

PENSAMENTO DO DIA

A confiança e o ciúme são como o dia e a noite: se um deles reina, o outro não pode existir

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

Você não é do tamanho da sua conta bancária, o bairro onde mora, a roupa que usa, ou o tipo de trabalho que faz. Você é como todo mundo, uma mistura extremamente completa de capacidades e limitações

Autor: Desconhecido

DIVALDO FRANCO - ESPIRITISMO E PSICOLOGIA - PARTE 2

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

PENSAMENTO DO DIA

O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçarmos com mais inteligência

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

No seu ponto de partida, o homem só tem instintos, mais avançado e corrompido, só tem sensações

Autor: Desconhecido

A SEMENTE DE MOSTARDA - LIVRO DE CHICO XAVIER - PARTE 01

“A SEMENTE DE MOSTARDA”

INTRODUÇÃO

Muitos amigos nos solicitam a formação de livros constituídos de trechos significativos e curtos que lhes forneçam a compreensão da vida, dentro da exiguidade do tempo de que dispõem e aqui está uma coleção de trechos dessa natureza independentes uns dos outros que lhes atendem aos desejos.
-o-
"A Semente de Mostarda" é um volume assim, dedicado a reflexões rápidas e pensamentos longos e profundos.
-o-
Um livro com o qual nos será possível o diálogo de nossos próprios sentimentos com os nossos raciocínios, ensinando-nos a extrair as melhores e mais autênticas conclusões a nosso próprio respeito.
Que estas lições ligeiras possam beneficiar-te tal como nos auxiliaram a nós mesmos, são os nossos votos.


EMMANUEL

Uberaba, 22 de setembro de 1989.


A SEMENTE DE MOSTARDA
Emmanuel

O rapaz abeirou-se do Mentor, mostrando-se evidentemente acanhado, e considerou em tom de pergunta:
-Instrutor, a sua bondade já nos disse, várias vezes, que os ensinamentos de Jesus, o nosso Divino Mestre, estão sempre iluminados para a compreensão do nosso entendimento... Entretanto, às vezes, esbarro com afirmativas d'Ele que me fazem pensar inutilmente, já que não lhes alcanço sentido...
-Dê-me um exemplo - solicitou o interpelado com paciência.
-Disse-nos Jesus que se tivermos fé do tamanho de um grão de mostarda - continuou o jovem consulente - certa montanha, por nossa ordem, transportar-se-á daqui para ali; não crê o senhor que isso é um absurdo em confronto com a realidade?
-Meu amigo - explicou-se o Mentor - Jesus, por falta de comparações e palavras adequadas, legou-nos muitas lições em forma de símbolos e parábolas... Imagino que Nosso Divino Mestre tomou a imagem da montanha, como significado a nossos hábitos e preferências. Muitos defeitos, que ainda nos caracterizam, pesam sobre nós por montes de imperfeições que precisamos remover do mal para o bem...
-Mas - continuou o aprendiz - o senhor concordará que isso é uma observação puramente filosófica; desejo que o senhor me conduza para o domínio dos fatos reais.
O instrutor meditou por alguns instantes em profundo silêncio e rematou:
-Caro amigo, se você pretende observar o poder de um agente pequenino, qual a semente de mostarda, sobre um corpo extenso de dificuldades que o desorienta ou perturba, acenda uma vela pequenina diante da escuridão.

AÇÃO
Emmanuel

Os pensamentos assemelham-se a tintas multicoloridas. A ação é o pincel que formará os quadros em que passarás a viver.

ADVERSÁRIOS
Emmanuel

Não cries adversários, embora lhes respeite os pontos de vista.
Existem insetos que incomodam o mais vigoroso dos leões.

APRENDIZ E INSTRUTOR
Emmanuel

O rapaz cumprimentou o Instrutor e comunicou, espantadiço:
-Professor; não posso aceitar a sua designação para que eu seja o monitor de minha turma.
Por quê? Indagou o educador, desapontado.
-Meditei bastante e reconheci que não tenho condições para o cargo... Minhas imperfeições são maiores do que o meu desejo de servir...
-Imperfeições? Quem não as terá neste mundo? Que idéia estranha é a sua!... Se é no trabalho que liquidaremos nossos defeitos e sanaremos os nossos erros, foge você do remédio capaz de aperfeiçoar-nos?
-Eu queria possuir qualidades positivas para exaltar o bem.
-Diga-me. Quais são essas qualidades?
O jovem explicou-se, acanhado:
-Aspiro a trazer comigo os traços de Jesus; afinal, é meu sonho transformar-me num brilhante lapidado e puro, a fim de refletir a grandeza do Divino Mestre!...
-Ah! - falou o Mentor surpreendido! Compreendo, compreendo... E fixando no aprendiz os olhos penetrantes, rematou:

CONTINUA AMANHÃ

DIVALDO FRANCO - ESPIRITISMO E PSICOLOGIA- PARTE 01

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Nem sempre temos tempo para expressar tudo o que sentimos é porque sentimos algo superior para nunca dizer adeus

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

A decadência de um povo se dá quando ele foge das dificuldades

Autor: Desconhecido

ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO


ORAÇÃO DE AGRADECIMENTO

Agradecemos-te Senhor. Pela glória de viver. Pela honra de amar!
Muito obrigada Senhor, pelo que me deste, pelo que me dás!
Muito obrigada pelo pão, pelo ar, pela paz!
Muito obrigada pela beleza que meus olhos vêem no altar da natureza!
Olhos que fitam o ar, a terra e o mar.
Que acompanham a ave fagueira que corre ligeira pelo Céu de anil e se detém na terra verde salpicada de flores em tonalidades mil!
Muito obrigada Senhor, porque eu posso ver o meu amor!
Diante de minha visão, pelos cegos, formulo uma oração;
Eu sei que depois dessa lida, na outra vida, eles também enxergarão!
Obrigada pelos ouvidos meus que me foram dados por Deus.
Ouvidos que ouvem o tamborilar da chuva no telheiro, a melodia do vento nos ramos do salgueiro, as lágrimas que choram os olhos do mundo inteiro.
Diante de minha capacidade de ouvir pelos surdos eu te quero pedir;eu sei que depois desta dor, no teu reino de amor, eles também ouvirão!
Muito obrigada Senhor, pela minha voz!
Mas também pela voz que canta, que ensina, que alfabetiza.
Que canta uma canção e teu nome profere com sentida emoção!
Diante da minha melodia quero te rogar, pelos que sofrem de afazia, pelos que não cantam de noite e não falam de dia.
Eu sei que depois desta dor, no teu reino de amor, eles também cantarão!
Muito obrigada Senhor, pelas minhas mãos!
Mas também pelas mãos que oram, que semeiam, que agasalham.
Mãos de amor, mãos de caridade, de solidariedade. Mãos que apertam mãos.
Mãos de poesia, de cirurgias, de sinfonias, de psicografias...
Mãos que acalentam a velhice, a dor e o desamor!
Mãos que acolhem ao seio do corpo, um filho alheio, sem receio.
Pelos meus pés, que me levam a andar sem reclamar.
Muito obrigada Senhor, porque posso bailar!
Olho para a terra e vejo, amputados, marcados, desesperados, paralisados...
Eu posso andar!! Oro por eles!!
Eu sei que depois dessa expiação, na outra reencarnação, eles também bailarão.
Muito obrigada Senhor, pelo meu lar!
É tão maravilhoso ter um lar...
Não importa se este lar é uma mansão, um bangalô, seja lá o que for!
O importante é que dentro dele exista o amor!
O amor de pai, de mãe, de marido e esposa, de filho, de irmão...
De alguém que lhe estenda a mão, mesmo que seja o amor de um cão, pois é tão triste viver na solidão!
Mas se eu não tiver ninguém para amar, um teto para me acolher, uma cama para me deitar...
mesmo assim, não reclamarei, nem blasfemarei. Simplesmente direi:
Obrigada Senhor, porque nasci.
Obrigada Senhor, porque creio em ti.
Pelo teu amor, obrigada Senhor!

DIVALDO FRANCO - OBSESSÕES (CELSO E CIBELE) PARTE 6

terça-feira, 22 de novembro de 2011

MOMENTO DE REFLEXÃO


REALIZANDO SONHOS

A mídia falada, escrita, televisiva, vez ou outra, enfoca as lutas, agruras e conquistas de pessoas famosas.

São astros da música, do cinema, da televisão que tiveram infância difícil, com ou sem pais, sem pão, sem abrigo.

Alguns desses, bem sucedidos no momento, não esquecem suas origens e, recordando o sofrimento passado, se transformam em mãos abençoadas, distribuindo favores, atendendo necessidades.

Outros, contudo, se transformaram em pessoas egoístas que, por terem sofrido muito, se acham agora em pleno direito de tudo usufruir, gozar. Esses, pensam somente em si.

Quando recordam o passado, o fazem de forma amargurada, afirmando que tudo lhes é devido, tudo merecem, por terem padecido em anos passados.

Mas, não são somente famosos que têm histórias interessantes.

Existem pessoas anônimas, pelo mundo, que alcançaram êxitos ainda mais surpreendentes e frutos mais saborosos.

A diferença é que não são focalizados pela mídia.

São pessoas sem beleza exterior exuberante. Pessoas como a alagoana Rosa Célia Barbosa. Pequena, metro e meio de fortaleza moral e vontade de vencer.

Aos 7 anos, Rosa foi largada num orfanato, em Botafogo, no Rio de Janeiro. Chorou durante meses.

Toda mulher de saia que via, ela achava que era a sua mãe que a vinha buscar. Depois de um tempo, desistiu...

Rosa Célia fez vestibular de Medicina quando morava, de favor, num quartinho e trabalhava para se manter.

Formou-se e decidiu se dedicar à cardiologia neonatal e infantil, quando estava no Hospital da Lagoa, no seu Estado de origem.

Sem saber inglês, meteu na cabeça que teria que estudar em Londres, com nada menos que a maior especialista no mundo, Jane Sommerville.

Estudou inglês e conseguiu uma bolsa. Em Londres, era motivo de gozação dos colegas ingleses por causa de seu inglês ruim.

Mas, quando acertou um diagnóstico difícil numa paciente escocesa, que examinou por oito horas seguidas, ela ganhou o respeito geral.

Ao lembrar do fato, Célia, divertida, diz que o inglês da paciente era ainda pior do que o seu próprio.

De Londres, Rosa Célia foi direto para Houston, nos Estados Unidos, como escolhida e convidada.

Foi então que descobriu estar grávida. Pediu 24 horas para pensar e optou pelo filho, retornando para o Rio de Janeiro.

Todo ano viaja para estudar. Passa, no mínimo, um mês no Children´s Hospital, em Boston, Estados Unidos, trabalhando 12 horas por dia.

No Rio de Janeiro, abriu consultório, reassumiu seu lugar no Hospital da Lagoa e já mereceu destaque em reportagem que apontou os melhores médicos daquele Estado.

Chefia um sofisticado Centro Cardiológico, onde são tratados casos limite, histórias tristes.

Hospital privado, caríssimo. Mas ela achou um jeito de operar ali crianças sem posses.

Criou uma ONG, consegue dinheiro com amigos e empresários e já conseguiu que fossem atendidas 500 crianças. 120 foram operadas.

Rosa Célia não tem fotos na mídia, nem brilha nas passarelas da moda.

Talvez nunca sua vida se torne um filme e diga ao mundo o que ela fez.

Mas ela sabe e tem certeza de que alcançou o seu sonho: Sonhei a vida inteira, diz ela. E consegui. Não importou ser pobre, ser órfã, ser mulher, baixinha, alagoana. Eu consegui.

Rosa Célia, um exemplo de quem perseguiu um sonho e o tornou uma feliz realidade.

Um exemplo para seguir, para insuflar coragem de lutar, para afirmar a muitos de nós que não devemos desistir dos nossos sonhos. Nunca.

* * *

Conquistas, sem amor, são efêmeras. Quando a criatura se reveste de amor, esparze, enquanto se felicita pelas metas alcançadas, júbilos e bênçãos ao seu redor.

Ama, pois, sonha e sê feliz, porque onde quer que esteja, a criatura humana é o grande investimento da Divindade.

PENSAMENTO DO DIA

O passado caminha conosco quando permitimos que ele caminhe, quando decidimos encarar de frente os obstáculos, por si só ele volta a ser apenas passado

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DO DIA

Não basta que seja pura e justa a nossa causa. É necessário que a pureza e a justiça existam dentro de nós

Autor: Desconhecido

ESTAMOS VIVOS - LIVRO DE CHICO XAVIER - PARTE 20

CONTINUAÇÃO

QUESTIONÁRIO SOBRE A MENSAGEM DO ESPÍRITO DE VALÉRIA CONSENTINO, RECEBIDA PELO MÉDIUM XAVIER, NA NOITE DE 07/05/88, NO GRUPO ESPÍRITA DÀ PRECE, EM UBERABA, MINAS

1. Nome completo da Comunicante: Valéria Consentino, nascida em Santos, Estado de São Paulo, no dia 7 de setembro de 1963, desencarnando em acidente automobilístico, na Ponte Cidade Jardim – Marginal Pinheiros, em São Paulo, Capital, no dia 21 de março de 1987.
Causa mortis, segundo o Atestado de Óbito: Politraumatismo.
Fez os seguintes cursos: Odontologia, formada pela Faculdade Metodista de São Paulo, e Pós-Graduação na USP (estava fazendo este Curso).
Exercia alguma profissão? Sim. Qual? Dentista. Religião? Católica.
Deixou alguma página escrita, teve algum sonho premonitório? Não sonho, mas provavelmente premonição. Cerca de 15 a 20 dias antes da morte, Valéria disse à Cida (Maria Aparecida Ferreira, nossa empregada com quem se dava muito bem e que está em casa ha 24 anos e ajudou a criar a Valéria e o Paulo) que parecia que iria fazer uma grande viagem, mas não sabia para aonde e que estava próximo. Cerca de 5 dias antes do óbito, ela disse novamente à Cida que provavelmente iria fazer uma grande viagem, não sabendo para onde e que nada, nenhuma viagem estava programada, mas sabia que iria viajar e estava muito preparada e “sem medo”. Quando na quarta- feira, indo para São Paulo, se despediu da Cida, esta lhe disse: – Até sábado! (Era sempre de sábado que retornava de S. Paulo). Ela, Valéria, lhe respondeu: – “Não sei não... Não sei não...” Valéria, pessoa boníssima, não era preconceituosa; muito inteligente, caridosa.
Gostava de ler, de escrever? Sim. Quais os livros preferidos? Literatura. O último que lia, era sobre a morte.
2. Nome completo dos Pais: a) Pai: Dr. Ítalo Salvador Lourenço Consentino. Profissão? Médico. Qual a especialidade? Traumato-ortopedia. Endereço da residência: Rua Castro Alves, 78 – Santos, SP – CEP 11040. Endereço do consultório: Avenida Conselheiro Nébias, 650 – Santos, S P – CEP 11050. Telefone: 33-14-22. Os endereços podem ser citados no livro, do qual a mensagem fará parte? Os dois. Religião? Católica.

b) Nome da senhora Mãe: D. Arlete Zunckeller Consentino, filha de Araseli Escribano Zunckeller e de Egydio Zunckeller, nascida em São Paulo, Capital, no dia 2 de outubro de 1940, e desencarnou em Santos, S P, em conseqüência de suicídio por tiro no crânio. Qual era a sua religião? Católica. A sua escolaridade? Superior. Gostava de trabalhar? Sim. Era professora de Inglês, muito conceituada pelos colegas e alunos, no Centro Cultural Brasil – Estados Unidos, em Santos.

3 - Dados complementares: a) Vovó Catarina: D. Catarina de Lourenço Mônaco, natural da Sicília, Itália, desencarnada, provavelmente, na década de quarenta, em conseqüência de infarto do miocárdio. Bisavó paterna. Faleceu muito antes do nascimento de Valéria. Era católica. b) Tia Zunckeller: tia materna. Católica.

c) irmão Paulo: Paulo Consentino, caçula. Idade: 20 anos. Escolaridade: Superior. (Em nosso caderno, anotamos que Paulo cursava a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Santos (FAUS) e a Escola Superior de Propaganda e Marketing, em São Paulo, e já havia visitado a Europa, o México e os Estados Unidos da América do Norte). Religião: Católica. Já passou por alguma experiência dita paranormal? Achava que era ele que iria morrer. Após a morte da irmã, ficou certo que havia pensado de modo trocado. (De nosso caderno: Sobre Paulo, pintor famoso, disse o coordenador da Galeria de Arte do CIBUS, Carlos Eduardo Finóchio: “A arte „incontestável‟ de Paulo Consentino traduz um momento de rara emoção. O requinte da cor e o gestual deste artista, nos transporta e resgata uma vitalidade jovem, vibrante e convulsiva. Dialogar com uma obra de tamanho vigor, é mergulhar no nosso íntimo. Magnífico. Consentino expressa com liberdade invejável as emoções contidas em „todos nós‟.”)
No dia de seu retorno a Santos, 30 de maio de 1988, disse-nos o Dr. Ítalo: “– Lete não foi dito a ninguém. Eu falava Letinha e ela parece que falava Lete. Não tenho certeza. Foi um dado que não foi dado. Pode ser que a filha a chamasse de Lete.”
***
Concluindo este nosso estudo, leitor amigo, ouça-mos o que o Benfeitor Emmanuel tem a nos ofertar, através do médium Francisco Cândido Xavier (Roteiro, Cap. 30 – “Renovação” –, FEB, Rio, 7' edição, 1986, pp. 128-129), para a nossa meditação:
“Os corações despertados para a verdade começam a entender as linhas eternas da justiça e do bem. A voz do Cristo é ouvida sob nova expressão na mais profunda acústica da alma.
Quem acorda converte-se num ponto de luz no serro denso da Humanidade, passando a produzir fluidos ou forças de regeneração e redenção, iluminando o plano mental da Terra para a conquista da vida cósmica no grande futuro,
Em verdade, pois, nobre é a missão do Espiritismo, descortinando a grandeza da universalidade divina à acanhada visão terrestre; no entanto, muito maior e muito mais sublime é a missão do nosso ideal santificante com Jesus para o engrandecimento da própria Terra, a fim de que o Planeta se divinize para o Reino do Amor Universal.”

FIM

DIVALDO FRANCO - AS OBSESSÕES (CELSO E CIBELE) PARTE 5

domingo, 20 de novembro de 2011

MENSAGEM SEMANAL

Quando eu era jovem e livre, sonhava em mudar o mundo.
Na maturidade, descobri que o mundo não mudaria.
Então resolvi transformar meu país.
Depois de algum esforço, terminei por entender que isto também era impossível.
No final de meus anos procurei mudar minha família, mas eles continuaram a ser como eram.
Agora, no leito de morte, descubro que minha missão teria sido mudar a mim mesmo.
Se tivesse feito isto, eu teria sido capaz de transformar minha família.
Então, com um pouco de sorte, esta mudança afetaria meu país e – quem sabe... o Mundo inteiro.

 (Epitáfio inscrição tumular de um bispo da Abadia de Westminster, século XII)

**
Já está mais do que na hora de aprendermos essa lição:
No mundo, só podemos mudar a nós...
E com essa mudança transformaremos tudo ao nosso redor, conseqüentemente ao mundo...
Então o que estamos esperando? Mãos à obra!!!
Tenha um dia repleto de "mudanças no mundo”... 
Evangelizando!!!!!!!!!!

PENSAMENTO DO DIA

Você precisa ser para ter e não ter para ser

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

Quando pensamos que sabemos todas as respostas, vem a vida e muda todas as perguntas

Autor: Desconhecido

ESTAMOS VIVOS - LIVRO DE CHICO XAVIER - PARTE 19

CONTINUAÇÃO

VALÉRIA CONSENTINO

“Pai, confio em sua maturidade e em sua abençoada vida”

Meu querido pai, que a Providência Divina nos abençoe.
Sou a Valéria que vem conversar consigo.
Minhas dificuldades foram muito grandes, logo após o acidente na Marginal.
Seguia despreocupada com a melhor atenção no trânsito, quando a máquina mais pesada me abalroou e o carro não conseguiu suportar aquele toque indesejável.
O meu choque foi indescritível, porque ninguém conta com as possibilidades de um desastre ao sair de casa.
Vi-me, de momento para outro, atirada de encontro àquelas peças frias que, em me amassando todo o corpo, ao que percebi, me abriam fontes de sangue nas hemorragias internas.
Compreendi que o inevitável acontecera e que me achava desvalida de recursos para evitar a tragédia.
Embora aflita e atormentada com a perspectiva da morte, num pequeno espaço mental que me restava à lucidez, formulei uma prece, rogando o socorro de Deus.
Populares se abeiravam do quadro que não desejo guardar na lembrança, mas não me recordo de um só rosto que me fosse conhecido.
Meus olhos estavam pesados e por mais me esforçasse, não conseguia cerrar as pálpebras.
Nesse instante, em que minhas esperanças já se achavam longe de mim, um torpor que não sei descrever me dominou as forcas que me restavam e desmaiei, até hoje não sei se de sofrimento ou de horror, porque as idéias contraditórias me esfogueavam a cabeça.
Não poderia resistir à convulsão que de mim se apossara, porque todos os meus últimos pensamentos se voltavam para a sua bondade paternal, para a Mãezinha Arlete e para o nosso Paulo, sem que eu pudesse algo fazer para tranqüilizá-los.
Caí numa inconsciência pesada e somente acordei, ignorando até hoje, depois de quantas horas ou de quantos dias, num aposento arejado e reconfortante que me firmou a suposição de estarem alguma internação de emergência, na Terra mesmo...
Meu cérebro estava confuso, sem que eu pudesse mentalizar os pensamentos com acerto, quando duas senhoras vieram para junto de mim, tentando sossegar-me o espírito atribulado.
– Não tenha medo! – recomendou uma delas – sou a sua avó Catarina e estamos reconfortadas por vê-la conosco.
A outra acrescentou:
– Valéria, não se creia abandonada. Estamos juntas. Sou a sua tia Zunckeller, chame-me assim e teremos muito contentamento em lhe sermos úteis.
Pude reerguer o meu ânimo abatido e agradeci com acenos de cabeça, porque a minha garganta me pareceu tão fechada, que a minha voz jazia presa dentro dela.
Mais quatro dias de tratamento e voltei à possibilidade do diálogo, certificando-me quanto à minha nova situação.
Perguntei, aflita, por meus pais e pelo irmão e obtive a promessa de visitar, em breve tempo, a nossa casa.
Foi breve o tempo de espera que, aliás, me pareceu uma longa fieira de horas amargas, e quando fui defrontada pela retaguarda que me nutria as saudades, fiquei estarrecida, porquanto a Mãezinha Lete caíra em desespero.
Pensava na morte, como se a morte voluntária lhe fosse a única saída daquela problemática de lágrimas que a lembrança do que me sucedera lhe causava.
Pai querido, a dor que lhes vi nos corações me doeu muito mais que as agressões do desastre, em que me vira despojada da própria vida.
Lutei, mas lutei muito, para arredar das idéias da Mãezinha o propósito do suicídio, mas não consegui.
Aquela alma forte e sensível fora ferida nas próprias entranhas, e por muito nos dedicássemos a ela, no sentido de alterar-lhe as
disposições, incapaz de arrebatá-la ao terrível intento, vi-a arrasar o próprio corpo, imaginando que isso lhe abriria as portas da visão para o encontro comigo, quando o gesto dela, desertando da provação, nos agravava o espanto de todos.
Aquelas duas criaturas benditas, que eu já conhecia por vovó Catarina e tia Zunckeller, deram à Mamãe todo o apoio que se improvisa no amparo a uma filha doente, trazendo-a para o nosso convívio.
Médicos e magnetizadores vieram em nosso auxílio, mas a Mãezinha demorou-se para retornar a si mesma.
Agora, já me reconhece, mas trouxe muito desequilíbrio no corpo espiritual, que lhe tornará tempo para desaparecer.
Pai querido, a Mãezinha tem sofrido muito nos remanescentes do suicídio a que se entregou, e agora confessa-me temer por sua sanidade mental e pela sanidade mental do Paulo, e me solicitou pedir-lhes calma e conformação.
Muito ligada ao nosso Paulo, ela me recomendou transmitir-lhe a notícia de que está melhor e de que aguarda com muito carinho a continuidade dele na arte a que se consagrou.
Pai, ela e eu pedimos aos dois, com os nossos corações entrelaçados no mesmo temor para que não alimentem qualquer desejo de encontrar a morte prematura, que vem a ser uma calamidade na vida daqueles que a perpetram, e peco-lhe, tanto quanto ao meu querido irmão, para que vivam e superem os obstáculos que minha Mãe e eu lhes deixamos.
Querido papai Ítalo, confio em sua serenidade e bom senso.
Vim para cá, para Vida Espiritual, porque o meu tempo seria estreito, e a Mãezinha veio em condições difíceis, mas está em franca recuperação, para depois estudar com os Mentores de nossa existência, aqui, a que tarefas se consagrará, de modo a se preparar para o futuro.
Rogo-lhes tomar a vida natural, sem desânimo e sem desesperação.
Hoje, reconheço que somos amparados pela Infinita Bondade de Deus, cujas leis foram criadas em nosso benefício.
Pai, confio em sua maturidade e em sua abençoada vida, e confio na orientação sadia do nosso Paulinho para vencermos quaisquer amarguras que nos visitem os corações.
Agradeço à irmã Joana, à nossa Ana Lúcia e ao nosso amigo Eduardo pela forca que me proporcionaram para falar-lhes com a naturalidade com que o faço, não obstante as nossas limitações.
Peco-lhe dizer ao Paulo que, apesar da prova em que fomos colhidos, não me esqueci de beijar a Mãezinha pelo Dias das Mães, que está chegando.
Não escrevo mais longamente, porque isso não se me faz possível.
Pai querido, com o Paulo, receba todo o coração saudoso de sua filha que lhe será constantemente reconhecida,
Valéria Consentino
***
Apresentado ao Dr. Ítalo Salvador Lourenço Consentino e à Srta. Joana D‟Arc Evangelista, que o acompanhava ao Centro Espírita Batuíra, onde estava-mos escalado para proferir uma palestra evangélico-doutrinária, pelo Presidente daquela casa espírita uberabense, o médium de largos recursos, com uma respeitável folha de serviços prestados à Doutrina, há mais de quarenta anos, Sr. José Pedro Ribeiro, na noite de 26 de maio de 1988, somente no dia seguinte, sábado, fomos entrevistar o ilustre colega, pela manhã, na residência da empresária Joana D‟Arc Evangelista, à Rua Vigário Silva, 51, aqui em Uberaba.
Levamos conosco um Questionário já datilografado, que foi devidamente preenchido pelo Dr. Ítalo, distinto cirurgião e médico legista de Santos, Estado de São Paulo.
Tanto quanto possível, transcreveremos, ipsis litteris, as palavras do distinto genitor de Valéria.

CONTINUA AMANHÃ

DIVALDO FRANCO - OBSESSÕES - (CELSO E CIBELE) - PARTE 04