sábado, 29 de novembro de 2008

MINUTO DE SABEDORIA

Por que está guardando tantas coisas inúteis?
Para que tanta coisa em seus armários, quando seus irmãos estão com os deles vazios?
Distribua tudo aquilo que lhe não está servindo, para que sua alma não fique pesada demais, quando se afastar da Terra.
“O coração do homem está onde está seu tesouro”.
Se você juntar muitas coisas inúteis, a elas poderá permanecer preso, sem conseguir alçar vôo para as regiões bem-aventuradas.

A FRONTEIRA DO VIR A SER E O LIMIAR DO MUNDO ESPIRITUAL - Uma Aproximação do Mistério do Advento

Desfaz-se o patrimônio cultural do homem,
o temor e a impotência invadem a alma,
martírio e sofrimento é o preço,
o cenário é uma via-crúcis com desapontamentos,
percalços, reveses e até insucessos,
suportados com grandeza de espírito;
lembram as provas por que passa o discípulo
nas quatro semanas do Advento, que antecedem
ao nascimento do Eu superior do homem, coroando
a essência interior e espiritual do verdadeiro sentido do Natal.
Renúncia aos anseios e necessidades
de ordem pessoal e aos conteúdos ilusórios
da mídia, ampliação do conceito de indivíduo,
livre, e sua concepção verdadeira na condução
da vida, que toma agora um novo sentido.
Vem à tona o mundo velho, desmorona,
nasce o elemento novo,tudo está em efervescência,
medra a alma no sacrário do coração.
Não há nada cômodo nesse percurso,ao contrário,
a dor anuncia a trajetória para uma sábia redenção.
A meta é a vivência do nada,
a busca do ponto nulo, a nulidade,
o homem morre para o mundo,
renasce, novamente, para ele
pelas veredas do espírito.
Alcança o limiar,
seguro, encontra-se a si mesmo.
Razões profundas da condição humana
são reveladas no tecer mágico celestial,
ele passa a conhecer as hierarquias e o Plano Divino,
vive como um ser integrado no cosmo,
sua essência, em matizes indeléveis,
brilha no espelho de sua alma,
um ser eterno é o que ele é doravante,
traz a súmula das conquistas dos deuses
e dos seres espirituais.
Ações morais livres plenas de espiritualidade
ele acrescenta ao mundo
através de poderosas ações ,
o mundo se enriquece.
O homem é o construtor do seu próprio destino
e um benfeitor amoroso
do bem geral futuro da Humanidade.

Gildo P. de Oliveira

(Colaboração do Autor)

VIDAS PASSADAS - Caso I

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

MINUTO DE SABEDORIA

NÃO maltrate os animais!
São também filhos de DEUS e irmãos nossos menores, que não adquiriram a faculdade do raciocínio abstrato.
Mas são amigos que precisam de nossa ajuda e carinho.
Não lhes imponha trabalhos demais. Alimente-os bem. Trate-os em suas enfermidades.
Faça com essas criaturas de DEUS, que dependem de você, o mesmo que você gosta de receber dos Anjos do Bem.

PROVAS VOLUNTÁRIAS. O VERDADEIRO SACRIFÍCIO - Parte IV

Aquele que está desgostoso da vida, mas não quer suicidar-se, é culpável em procurar a morte sobre um campo de batalha, com o pensamento de torná-la útil?

Que o homem se mate ou se faça matar, o objetivo é sempre de abreviar a sua vida e, por conseguinte, há suicídio de intenção senão de fato. O pensamento de que sua morte servirá para alguma coisa é ilusório. Não é senão um pretexto para colorir sua ação e excusá-lo aos seus próprios olhos. Se ele tinha seriamente o desejo de servir o seu país, procuraria viver, defendendo-o em tudo, e não morrer, porque uma vez morto não lhe serve mais para nada. O verdadeiro devotamento consiste em não temer a morte quando se trata de ser útil em enfrentar o perigo, a fazer por antecipação e sem pesar o sacrifício de sua vida se isso é necessário. Mas a intenção premeditada de procurar a morte, expondo-se a um perigo, mesmo para prestar serviço, anula o mérito da ação.

Um homem se expõe a um perigo iminente para salvar a vida de um dos seus semelhantes, sabendo de antemão que ele mesmo sucumbirá; isso pode ser considerado um suicídio?

Do momento que não há intenção de procurar a morte, não há suicídio, mas devotamento e abnegação, embora a certeza de perecer. Mas quem pode ter essa certeza? Quem disse que a Providência não reserva um meio inesperado de salvação no momento mais critico? Não pode ela salvar mesmo aquele que estiver na boca de um canhão? Freqüentemente, pode ela querer prolongar a prova de resignação até seu último limite, quando uma circunstância inesperada desvia o golpe fatal.

Aqueles que aceitam seus sofrimentos com resignação, por submissão à vontade de DEUS e com vistas à sua felicidade futura, não trabalham senão para si mesmos, e podem tornar seus sofrimentos proveitosos aos outros?

Esses sofrimentos podem ser proveitosos a outrem, material e moralmente. Materialmente, se, pelo trabalho, as provações e os sacrifícios que se impõem contribuem para o bem estar material do próximo. Moralmente, pelo exemplo que dão de sua submissão à vontade de DEUS. Esse exemplo do poder da fé Espírita pode estimular os infelizes à resignação, salvá-los do desespero e de suas funestas conseqüências para o futuro.

(Trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo)

ESPIRITISMO - VIDAS PASSADAS

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

MINUTO DE SABEDORIA

AJUDE à Natureza.
Não destrua os bens que a natureza coloca a seu dispor, para ajudá-lo a progredir.
Coopere com as árvores, porque elas cooperam com a sua vida, na purificação do ar que você respira.
Colabore com a pureza das fontes, porque elas lhe fornecem água para dessedentar o seu corpo.
Auxilie o solo a produzir, para que o pão seja sempre farto na mesa de todos.
Ajude à Natureza!

PROVAS VOLUNTÁRIAS. O VERDADEIRO SACRIFÍCIO - Parte III

O homem está agonizante, vitima de cruéis sofrimentos. Sabe-se que seu estado é desesperador. É permitido poupar-lhe alguns instantes de angústia, apressando-lhe o fim?

Quem, pois, lhes daria o direito de prejulgar os desígnios de DEUS? Não pode ELE conduzir um homem à borda do fosso para daí o retirar, a fim de fazê-lo retornar a si mesmo e de o conduzira outros pensamentos? Em qualquer extremo que esteja um moribundo, ninguém pode dizer com certeza que sua última hora chegou. A ciência jamais se enganou em suas previsões?

Sei muito bem que há casos aos quais se pode considerar, com razão, como desesperadores. Mas se não há nenhuma esperança fundada de um retorno definitivo à vida e à saúde, não existem inumeráveis exemplos em que, no momento de dar o último suspiro, o doente se reanima e recobra suas faculdades por alguns instantes? Pois bem! Essa hora de graça que lhe é concedida, pode ser para ele da maior importância, porque ignoramos
as reflexões que poderia fazer seu Espírito nas convulsões da agonia, e quantos tormentos pode lhe poupara um relâmpago de arrependimento.

O materialista, que não vê senão o corpo e não considera a alma, não pode compreender essas coisas. Mas o Espírita, que sabe o que se passa além do túmulo, conhece o valor do último pensamento. Abrandam os últimos sofrimentos quanto esteja em vocês, mas guarde-se de abreviar a vida, não fosse senão de um minuto, porque esse minuto pode poupar muitas lágrimas no futuro.

(trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo)

ESPIRITISMO - VIDA ALÉM DA MORTE

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

MINUTO DE SABEDORIA

COOPERE com a sua Pátria, para engrandecer-se a si mesmo.
A Pátria é a reunião de todos nós.
No entanto, evite buscar apenas vantagens pessoais, pois aquilo que retirar a mais para você estará prejudicando outrem , que receberá a menos.
Qualquer função é útil à comunidade, e o bem da coletividade se distribui a todos os cidadãos.
Não abuse de seus privilégios.

PROVAS VOLUNTÁRIAS. O VERDADEIRO SACRIFÍCIO - Parte II

Deve-se pôr termo às provas do próximo quando se pode, ou é preciso, por respeito aos desígnios de DEUS, deixá-las seguir seu curso?

Dissemos e repetimos, freqüentemente, que vocês estão sobre essa Terra de expiação para rematar suas provas, e que tudo aquilo que lhes sucede é uma conseqüência de suas existências anteriores, o ônus da divida a pagar. Mas esse pensamento provoca, em vertas pessoas, reflexões que é necessário deter, porque poderiam ter conseqüências funestas.
Alguns pensam que, desde o momento que se está sobre a Terra para expiar, é preciso que as provas tenham seu curso. Há mesmo os que querem até crer que não somente é preciso nada fazer para as atenuar, mas que é preciso, ao contrário, contribuir para torná-las mais proveitosas, tornando-as mais vivas. É um grande erro. Sim, suas provas devem seguir o curso que DEUS lhes traçou, mas conhecem esse curso? Sabem até que ponto elas devem ir, e se seu PAI Misericordioso, não disse ao sofrimento deste ou daquele dos seus irmãos: “Tu não irás mais longe”? Sabem se sua providência lhes escolheu não como instrumento de suplicio para agravar os sofrimentos do culpado, mas como bálsamo de consolação que deve cicatrizar as feridas que sua justiça tinha aberto? Não digam, pois, quando viris um de seus irmãos atingido. É a justiça de DEUS, é preciso que ela tenha o seu curso. Mas digam, ao contrário: Vejamos que meios nosso PAI Misericordioso colocou ao meu alcance para abrandar o sofrimento do meu irmão. Vejamos se minhas consolações morais, meu apoio material, meus conselhos, não poderão ajudá-lo a vencer essa prova com mais força, paciência e resignação. Vejamos mesmo se DEUS não colocou em minhas mãos o meio de fazer cessar esse sofrimento. Se não me foi dado, como prova também, como expiação talvez, deter o mal e substituí-lo pela paz.

Ajudem-se sempre, pois, em suas provas respectivas, e não se considerem jamais instrumentos de tortura. Esse pensamento deve revoltar todo homem de coração, sobretudo, ao Espírita, porque o Espírita, melhor que todos os outros, deve entender a extensão infinita da bondade de DEUS. O Espírita deve pensar que sua vida inteira deve ser um ato de amor e devotamento. Que qualquer coisa que faça para contrariar as decisões do SENHOR, sua justiça terá o seu curso. ELE pode, pois, sem medo, fazer todos os esforços para abrandar a amargura da expiação, mas é só DEUS que pode detê-la ou prolongá-la segundo julgue necessário.

Não haveria um grande orgulho da parte do homem, em se crer no direito de revolver por assim dizer, a arma na ferida? De aumentar a dose de veneno no peito daquele que sofre, sob o pretexto de que tal é sua expiação? Oh! Considerem-se sempre como um instrumento escolhido para fazê-la cessar. Resumamos assim: Estão todos na Terra para expiar, mas todos sem exceção, devem empregar todos os seus esforços para abrandar a expiação de seus irmãos, segundo a Lei de Amor e de Caridade.

(Trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo)

ESPIRITISMO VIDEO AULA IV

terça-feira, 25 de novembro de 2008

MINUTO DE SABEDORIA

NÃO se impressione com seus sonhos!
Isto poderia levá-lo a extravagâncias ridículas.
Viva acordado no bem, o os sonhos serão belos e bons.
Se alguma característica de verdade lhe for revelada num sonho, aceite-a com simplicidade.
Mas não se deixe levar a interpretações supersticiosas.
Procure sempre o lado bom das coisas.

PROVAS VOLUNTÁRIAS O VERDADEIRO SACRIFÍCIO - Parte I

Perguntas se são permitido abrandar as suas próprias provas: essa questão leva a esta. É permitido àquele que se afoga procurar se salvar? Aquele que tem um espinho cravado, de retirar? Aquele que está doente, de chamar um médico?
As provas têm por objetivo exercitar a inteligência, assim como a paciência e a resignação. Um homem pode nascer numa posição penosa e difícil, precisamente para obrigá-lo a procurar os meios de vencer as dificuldades. O mérito consiste em suportar sem lamentação as conseqüências dos males que não se pode evitar, em perseverar na luta, em não se desesperar se não for bem sucedido, mas não num desleixo que seria preguiça mais que virtude.
Essa questão conduz naturalmente a uma outra. Uma vez que JESUS disse: “Bem aventurados os aflitos”, há mérito em procurar as aflições, agravando as próprias provas por sofrimentos voluntários? A isso responderei muito claramente: sim, há um grande mérito quando os sofrimentos e as privações têm por objetivo o bem do próximo, porque é a caridade pelo sacrifício. Não, quando não têm por objetivo senão a si mesmo, por resulta do egoísmo por fanatismo.
Há aqui uma grande distinção a fazer. Para vocês, pessoalmente, contente-se com as provas que DEUS os envia, e não aumentes as suas cargas, às vezes, tão pesada. Aceitá-las sem lamentações e com fé, é tudo que ELE pede. Não enfraqueçam os seus corpos com privações inúteis e mortificações sem objetivo, porque terão necessidade de todas as suas forças para cumprir suas missões de trabalho na Terra. Torturar voluntariamente e martirizar seus corpos é contravenção à Lei de DEUS, que lhes dá o meio de sustentá-lo e fortificá-lo. Enfraquecê-lo sem necessidade é um verdadeiro suicídio. Usar, mas não abusar: tal é a lei. O abuso das melhores coisas traz sua punição nas conseqüências inevitáveis.
Outra coisa é o sofrimento que se impõe para alivio do próximo. Se suportares o frio e a fome para aquecer e alimentar aquele que disso tem necessidade, e se seus corpos com isso sofre, eis o sacrifício que é abençoado por DEUS. Vocês que deixam seus aposentos perfumados para ir à mansarda infecta levar a consolação. Vocês que mancham suas mãos delicadas cuidando de chagas. Vocês que se privam do sono para velar à cabeceira de um doente que não é senão seu irmão em DEUS. Vocês, enfim, que usam suas saúde na prática de boas obras, eis seus sacrifícios verdadeiros, sacrifício de benção, porque as alegrias do mundo não secaram seus corações. Não adormeceram no seio das volúpias destruidoras da fortuna, mas se fizeram anjos consoladores dos pobres deserdados.
Mas vocês, que se retiram do mundo para evitar suas seduções e viver no isolamento, qual a sua utilidade na Terra? Onde está sua coragem nas provas, uma vez que fugiram da luta e desertaram do combate? Se quiserem um sacrifício, apliquem sobre suas almas e não sobre seus corpos. Mortifiquem seus espíritos e não suas carnes. Fustiguem seu orgulho. Recebam as humilhações sem lamentos. Pisem em seu amor próprio. Resistam contra a dor da injúria e da calúnia, mais pungentes que a dor corporal. Eis o verdadeiro sacrifício, cujas feridas lhes serão contadas, porque elas atestarão suas coragem e suas submissão à vontade de DEUS.

(Trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo)

ESPIRITISMO - VIDEO AULA 3

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

MINUTO DE SABEDORIA

ACATE com respeito todas as religiões.
Cada homem tem o direito de escolher o caminho que prefere.
Respeite a liberdade de crença dos outros, tanto quanto aprecia que respeitem a sua.
Não discuta nem procure tirar ninguém do caminho em que se acha, a não ser que seja procurado para isso.
Respeite, para ser respeitado.

OS TORMENTOS VOLUNTÁRIOS

O homem está incessantemente em busca da felicidade que lhe escapa sem cessar, porque a felicidade sem mescla não existe na Terra. Entretanto, malgrado as vicissitudes que formam o cortejo inevitável desta vida, poderia pelo menos gozar de uma felicidade relativa, mas ele a procura nas coisas perecíveis e sujeitas às mesmas vicissitudes, quer dizer, nos prazeres materiais, ao invés de procurar nos prazeres da alma, que são um antegozo dos prazeres celestes, imperecíveis. Em lugar de procurar a Paz no coração, única felicidade real neste mundo, é ávido de tudo aquilo que pode agitá-lo e perturbá-lo. E, coisa singular, parece criar propositadamente tormentos que não cabe senão a ele evitar.

Haverá maiores tormentos que aqueles causados pela inveja e ciúme? Para o invejoso e o ciumento não há repouso. Estão perpetuamente em febre. O que eles não têm e o que os outros possuem lhes causam insônia. Os sucessos dos seus rivais lhes dão vertigem. Sua emulação não se exerce senão para eclipsar seus vizinhos, toda sua alegria está em excitar nos insensatos como eles a cólera do ciúme que estão possuídos.

Pobres insensatos, com efeito, que não sonham que talvez amanhã lhes será preciso deixar todas essas futilidades cuja cobiça envenena sua vida! Não é a eles que se aplicam estas palavras: “Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados”, porque seus cuidados não são aqueles que têm compensação no céu.

De quantos tormentos, ao contrário, se poupa àquele que sabe se contentar com o que tem, que vê sem inveja o que não tem, que não procura parecer mais do que é. Ele está sempre rico, se olha abaixo de si, em lugar de olhar acima, verá sempre pessoas que tem menos ainda. È calmo porque não cria para si necessidades quiméricas, e a calma, no meio das tempestades da vida, não será FELICIDADE?

(Trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo)

ESPIRITISMO VIDEO AULA 2 - 2ª Parte

domingo, 23 de novembro de 2008

MINUTO DE SABEDORIA

VEJA, na criança, o futuro da humanidade.
Mantenha-se, por isso, solidário com os trabalhos que visem a beneficiá-las.
Lembre-se de que cada criança poderia ser um filho querido do seu coração.
Colabore na recuperação das crianças desajustadas, sobretudo mediante seu exemplo dignificante e nobre.
Em todos os setores, a criança é sempre o futuro, e por isso precisa ser atentamente ajudada em suas necessidades.

A INDULGÊNCIA - Parte IV

Ninguém sendo perfeito segue-se que ninguém tem o direito de repreender o próximo?

Seguramente não, uma vez que cada um de vocês deve trabalhar para o progresso de todos, e, sobretudo daqueles cuja tutela confiada a vocês. Mas é uma razão de o fazer com moderação, com um fim útil, e não como se faz geralmente, pelo prazer de denegrir. Neste último caso, a censura é uma maldade. No primeiro é um dever que a Caridade manda cumprir com todas as reservas. E ainda a censura que se lança sobre os outros, ao mesmo tempo, deve-se dirigi-la a si mesmo e se perguntar se não a terá merecido.

Será repreensível observar as imperfeições dos outros, quando disso não pode resultar nenhum proveito para eles, quando não sejam divulgadas?

Tudo depende da intenção. Certamente, não é proibido ver o mal quando o mal existe. Haveria mesmo inconveniente em não ver por toda
parte senão o bem. Essa ilusão prejudicaria o progresso. O erro está em fazer resultar essa observação em detrimento do próximo, depreciando-o sem necessidade na opinião pública. Seria ainda repreensível de não fazê-lo sena para nisso comprazer-se com um sentimento de malevolência e de alegria em apanhar os outros em falta. Ocorre de outro modo quando, lançado um véu sobre o mal, para o público, se se limita a observá-lo para dele fazer proveito pessoal, quer dizer, para estudá-lo e evitar o que se censura nos outros. Essa observação, aliás, não é útil ao moralista? Como ele pintaria os defeitos da Humanidade se na estudasse os modelos?

Há casos em que seja útil revelar o mal de outrem?

Essa questão é muito delicada, e é aqui que é preciso apelar para a Caridade bem compreendida. Se as imperfeições de uma pessoa não prejudicam senão ela mesma, não há jamais utilidade em fazer conhecê-las. Mas se podem causar prejuízos a outros, é preciso preferir o interesse da maioria ao interesse de um só. Segundo as circunstâncias, desmascarar a hipocrisia e a mentira, pode ser um dever, porque vale mais que um homem caia, do que vários se tornarem enganados ou suas vitimas. Em semelhante caso, é preciso pesar a soma das vantagens e dos inconvenientes.

(trecho extraído do Evangelho Segundo o Espiritismo)

ESPIRITISMO - Video Aula II - 1ª Parte