“SOMBRAS DO PASSADO”
Haroldo Freitas
CONTINUAÇÃO (PG. 21)
Quando foi
indagado, por Pedro, se deveríamos perdoar os irmãos até sete vezes ele
respondeu: “NÃO SETE VEZES, MAS SETE VEZES SETENTA”. Portanto, quem somos nós
para não perdoarmos outrem? Qual a autoridade que possuímos para negar o nosso
perdão? Aliás, como eternos pedintes que somos, usamos as nossas orações para
pedir perdão a DEUS, inclusive na prece que JESUS nos ensinou, pedimos e
prometemos perdão. Todavia, quando, realmente, o problema bate em nossa porta e
adentra no seio de nossa família, esquecemos tudo que aprendemos e agimos com
orgulho e egoísmo. E, ainda, temos a ousadia de dizer que estamos agindo de
acordo com o nosso amor próprio.
D. Beatriz falava de maneira tão convicta
e serena que as suas palavras, além de ensinar, transformavam-se em doce
melodia aos ouvidos de Cida e D. Glória, que sentara à mesa para ouvi-la.
As horas passaram rápidas. Era quase meio
dia quando foi interrompida por Rodrigo, que entrara na sala.
- Bom dia vovó. É um prazer encontra-la
aqui e desculpe por ter interrompido a conversa de vocês. Bom dia mamãe, bom
dia vó Glória.
Rodrigo abraçou e beijou uma a uma. D.
Beatriz, ainda abraçada ao neto, disse:
- Bom dia meu filho, o prazer é todo meu
em vê-lo forte, alegre, feliz e cada dia mais bonito. A sua mãe convidou-me
para almoçar e tomei a liberdade de chegar cedo para filar o café.
- Se soubesse que a senhora chegaria cedo
teria levantado para acompanha-la no café e ouvi-la falar sobre a Doutrina
Espírita.
- Rodrigo você está interessado no Espiritismo?
– perguntou Cida.
- Claro que sim mamãe. Como cristão
interesso-me pelas coisas que falam de amor e DEUS. Até porque, a vovó fala tão
bonito, principalmente, sobre a Doutrina Espírita. Qualquer dia desses vou ao
seu Centro Espírita para assistir uma reunião. Vovó qual o dia mais adequado
para eu ir?
Continua amanhã