CONTINUAÇÃO
PSICOLOGIA DA CARIDADE
“Fazei aos homens tudo o que queirais que eles vos fossem, pois
é nisto que consistem a lei e os profetas.”
Jesus (Mateus, 7: 12)
“Amar ao próximo como a si mesmo, fazer pelos outros o que quereríamos
que os outros fizessem por nós” é a expressão mais completa da caridade resume
todos os deveres do homem par a com o próximo.
(Cap. X1, Item 4)
Provavelmente, não existe em nenhum
tópico da literatura mundial figura mais expressiva que a do samaritano
generoso, apresentada por Jesus para definir a psicologia da caridade.
Esbarrando com a vítima de
malfeitores anônimos, semimorta na estrada, passaram dois religiosos, pessoas
das mais indicadas para o trato da beneficência, mas seguiram de largo, receando
complicações.
Entretanto, o samaritano que
viajava, vê o infeliz e sente-se tocado de compaixão.
Não sabe quem é. Ignora-lhe a
procedência.
Não se restringe, porém, à
emotividade.
Para e atende.
Balsamiza lhe as feridas que
sangram, coloca-o sobre o cavalo e o conduz a uma hospedaria, sem os cálculos
que o comodismo costuma tragar em nome da prudência.
Não se limita, no entanto, a
despejar o necessitado, em porta alheia. Entra com ele na sua casa e dispensa-lhe
cuidados especiais.
No dia imediato, ao partir, não se
mostra indiferente. Paga-lhe as contas,
Abona-o qual se lhe fora um
familiar e compromete-se a resgatar-lhe os compromissos posteriores, sem
exigir1he o menor sinal de identidade e sem fixar-lhe tributos de gratidão.
Ao despedir-se, não prende o beneficiado
em nenhuma recomendação e, no abrigo de que se afasta, não usai a demagogia
de palavras ou atitudes, para atrair influência pessoal.
No exercício do bem, ofereceu o
coração e as mãos, o tempo e o trabalho, o dinheiro e a responsabilidade. Deu
de si o que podia por si, sem nada pedir ou perguntar.
Sentiu e agiu, auxiliou e passou.
Sempre que interessados em aprender
a praticar a misericórdia e a caridade, rememoremos o ensinamento do Cristo e
façamos nós o mesmo.
CONTINUA AMANHÃ