CONTINUAÇÃO
CONJUNTO
“Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver também
eles estejam comigo.”
Jesus (João, 17:24)
“Arme-se a vossa falange de decisão e coragem! Mãos a obra! O arado está pronto; a terra espera; arai!”
(Cap. 20, Item 40)
Num templo espírita cristão, é
razoável anotar que todo trabalho é ação de conjunto.
Cada companheiro é indicado à
tarefa precisa; cada qual assume a feição de peça particular na engrenagem do
serviço, sem cuja cooperação os mecanismos do bem não funcionam em harmonia.
Indispensável apagar-nos pelo
brilho da obra.
Na aplicação da eletricidade,
congregam-se implementos diversos, mas interessa, acima de tudo, a produção da
força, e, no aproveitamento da força, a grande usina é um espetáculo de
grandeza, mas não desenvolve todo o concurso de que é suscetível sem a tomada
simples.
Necessário, assim, saibamos reconhecer
por nós mesmos o que seja essencial a fazer pelo rendimento digno da atividade
geral.
Orientando ou colaborando, em
determinadas ocasiões, a realização mais importante que se nos pede é o
esclarecimento temperado de gentileza ou a indicação paciente e clara da
verdade ao ânimo do obreiro menos acordado, na edificação espiritual.
Noutros instantes, a obrigação mais
valiosa que as circunstâncias nos solicitam é o entendimento com uma criança, a
conversação fraternal com um doente, a limpeza de um móvel ou a condução de um
fardo pequenino.
Imprescindível, porém, desempenhar
semelhantes incumbências, sem derramar o ácido da queixa e sem azedar o
sentimento na aversão sistemática.
Irritar-se alguém, no exercício das
boas obras é o mesmo que rechear o pão com cinzas.
Administrar amparando e obedecer, efetuando
o melhor!... Em tudo, compreender que o modo mais eficiente de pedir é trabalhar
e que o processo mais justo de recomendar é fazer, mas trabalhar e fazer, sem
tristeza e sem revolta, entendendo que benfeitorias e providências são recursos
preciosos para nós mesmos.
Em todas as empresas do bem, somos
complementos naturais uns dos outros. O Universo é sustentado na base da
equipe. Uma constelação é família de sóis. Um átomo é agregado de partículas.
Nenhum de nós procure destaque injustificável.
Na direção ou na subalternidade, baste-nos o privilégio de cumprir o dever que
a vida nos assinala, discernindo e elucidando, mas auxiliando e amando sempre.
O coração, motor da vida orgânica, trabalha oculto e Deus, que é para nós o
Anônimo Divino, palpita em cada ser, sem jamais individualizar-se na luz do
bem.
CONTINUA AMANHÃ