sábado, 16 de abril de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Pensamento do Dia

Sábado, 16 de abril de 2011.

Paciência e perseverança têm o efeito mágico de fazer as dificuldades desaparecerem e os obstáculos sumirem.

Autor: John Quincy Adams

MENSAGEM DO DIA

Ninguém é tão sabio que não possa aprender nem tão tolo que não possa ensinar.

Autor: Desconhecido

JUSTIÇA DIVINA - ESTUDOS SOBRE AS OBRAS DE ALLAN KARDEC - 22ª PARTE

FRANCISCO CANDIDO XAVIER

JUSTIÇA DIVINA

ESTUDOS E DISSERTAÇÕES EM TORNO DA OBRA

“O CÉU E O INFERNO”

De ALLAN KARDEC

Ditado pelo Espírito EMMANUEL

62 - ESPÍRITOS DIANTE DA MORTE

Toda religião procura confortar os homens, ante a esfinge da morte.

A Doutrina Espírita não apenas consola, mas também alumia o raciocínio dos que indagam e choram na grande separação.

Toda religião admite a sobrevivência.

A Doutrina Espírita não apenas patenteia a imortalidade da vida, mas também demonstra o continuísmo da evolução do ser, em esferas diferentes da Terra.

Toda religião afirma que o mal será punido, para lá do sepulcro.

A Doutrina Espírita não apenas informa que todo delito exige resgate, mas também destaca que o inferno é o remorso, na consciência culpada, cujo sofrimento cessa com a necessária e justa reparação.

Toda religião ensina que a alma será expurgada de todo o erro, em regiões inferiores.

A Doutrina Espírita não apenas explica que a alma, depois da morte, se vê mergulhada nos resultados das próprias ações infelizes, mas também esclarece que, na maioria dos casos, a estação terminal do purgatório é mesmo a Terra, onde reencontramos as conseqüências de nossas faltas, a fim de extingui-las, através da reencarnação.

Toda religião fala do Céu, como sendo estância de alegria perene.

A Doutrina Espírita não apenas mostra que o Céu existe, por felicidade suprema no Espírito que sublimou a si mesmo, mas também elucida que os heróis da virtude não se imobilizam em paraísos estanques, e que, por mais elevados, na hierarquia moral, volvem a socorrer os irmãos da humanidade ainda situados na sombra.

Toda religião encarece o amparo da Providência Divina às almas necessitadas. A Doutrina Espírita não apenas confirma que o Amor infinito de Deus abraça todas as criaturas, mas também adverte que todos receberemos, individualmente, aqui ou além, de acordo com as nossas próprias obras.

Os espíritas, pois, realmente não podem temer a morte que lhes sobrevém, na pauta dos desígnios superiores.

Para todos nós, a desencarnação em atendimento às ordenações da vida maior é o termo de mais um dia de trabalho santificante, para que se ponham, de novo, a caminho do alvorecer.

63 - FOGO MENTAL


Fogo íntimo!... As consciências insensibilizadas no crime só lhe sentem as chamas quando as entranhas do espírito se lhe contorcem ao peso; todavia, basta ligeira falta cometida para que as almas retas lhe sofram as labaredas...

Figura-se látego mortífero, em agitação permanente, conquanto retido no coração, imobilizando o pensamento no desespero.

Agrava-nos a inferioridade, devora-nos o tempo, dilapida-nos a esperança, consome-nos as forças.

É como se, depois de atacar alguém, viéssemos a tombar no recesso de nós mesmos, confundidos pelas pancadas que desferimos nos outros...

O remorso é esse fogo mental, diluindo a existência em suplício invisível.

Foge, assim, de ofender, pois, embora o perdão se erija qual remédio eficaz, na Misericórdia Divina, para as doenças que levianamente criamos, é da própria Lei que, aos ferirmos alguém, caiamos, por nossa vez, inevitavelmente entregues aos resultados de nossos golpes, a fim de que sejamos também feridos.

64 - JORNADA ACIMA


Ergue a flama da fé na imortalidade, e caminha!

Os que desertaram da confiança gritar-te-ão impropérios, entrincheirados na irresponsabilidade que lhes serve de esconderijo.

Demagogos do desânimo, dirão, apressados, que o mundo nunca se desvencilhará da lei de Caim; que os tigres da inteligência continuarão devorando os cordeiros do trabalho; que a mentira, na História, prosseguirá entronizando criminosos na galeria dos mártires; que a perfídia se anteporá, indefinidamente, à virtude; que a mocidade é carne para canhões e prostíbulos; que as mães amamentam para o sepulcro; que as religiões são fábulas piedosas para consumo de analfabetos; que as tenazes da guerra te constringirão a cabeça, sufocando-te a voz no silêncio do horror...

Tentarão, decerto, envolver-te na nuvem do pessimismo, induzindo-te a esquecer o presente e o futuro, na taça de tranqüilidade e prazer em que anestesiam o pensamento.

Contudo, reflete levemente e perceberás que os trânsfugas do dever, acolhidos à negação e infantilizados no medo, simplesmente desfrutam a paz dos entrevados e a alegria dos loucos.

Ora por eles, nossos irmãos que ainda não amadureceram o entendimento para a altura da vida, e segue adiante.

Na escuridão mais espessa, acende a chama da prece e, onde todos se sentirem desalentados, fala, sem revolta, a palavra de esperança que desenregele os corações mumificados no desconsolo. Um gesto de bondade sobre a agonia de alguém que oscila, à beira do abismo, e uma gota de bálsamo espremida com amor numa ferida que sangra bastam, muitas vezes, para renovar multidões inteiras.

Sobretudo, nos mais aflitivos transes da provação, não percas a paciência.

Não consegues emendar os companheiros desarvorados, mas podes restaurar a ti mesmo.

Embora contemplando assaltos e violências, ruínas e escombros, avança jornada acima, apagando o mal e fazendo o bem.

Criatura alguma, na Terra, escapará da grandeza fatal da justiça e da morte; no entanto, sabemos todos que a justiça, por mais dura e terrível, é sempre a resposta da Lei às nossas próprias obras e que a morte, por mais triste e desconcertante, é sempre o toque de ressurgir.

CONTINUA AMANHÃ

CHICO XAVIER - PETIÇÃO A JESUS

sexta-feira, 15 de abril de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Sexta feira, 15 de abril de 2011.

Para que o sono, a fortuna e a saúde sejam realmente apreciadas, devem ser interrompidos

Autor: Jean Paul Richter

MENSAGEM DO DIA

São as dúvidas que nos fazem crescer, porque nos obrigam a olhar sem medo para as muitas respostas de uma mesma pergunta

Autor: Paulo Coelho

JUSTIÇA DIVINA - ESTUDOS SOBRE AS OBRAS DE ALLAN KARDEC - 21ª PARTE


FRANCISCO CANDIDO XAVIER


JUSTIÇA DIVINA

ESTUDOS E DISSERTAÇÕES EM TORNO DA OBRA

“O CÉU E O INFERNO”

De ALLAN KARDEC

Ditado pelo Espírito EMMANUEL

59 - NÓS TODOS

Espíritos imperfeitos!

No círculo das paixões que se agitam na Terra, somos nós todos.

Abriste a outrem o túnel da paciência e não te furtaste ao desespero, quando o tempo te trouxe o dia da prova.

Receitaste heroísmo ao companheiro dilacerado e acolheste a revolta, quando te beliscaram a pele.

Pregaste desinteresse aos que ajuntaram alguns vinténs e esqueceste os necessitados, quando a fortuna te procurou.

Estranhaste o procedimento culposo dos vizinhos e resvalaste em mais baixo nível, na hora da tentação.

Por isso mesmo, qual nos acontece, ao toque da verdade, tens a luz da esperança na dor da insatisfação.

No entanto, apesar dos mais duros conflitos de consciência, prossegue indicando o bem.

Exercício na escola é base do ensino.

Aluno desanimado perde a lição.

Fazendo luz para os outros, acabamos medindo a sombra que nos é própria.

Não admitas que nós, os amigos desencarnados, estejamos como quem fala de palanque blindado, à praça indefesa.

Obreiros da mesma obra, servimos em duas frentes.

Choras pelos que viste partir.

Choramos nós pelos que ficaram.

Trabalhamos por ti, a cujo passo recorreremos em nova reencarnação.

Trabalhas por nós, que seremos teus filhos.

Imperioso purificar-nos para o vôo supremo aos mundos felizes.

Tanto aí quanto aqui, é preciso aprender, sofrendo, e subir, resgatando.

Assim pois, diante do irmão caído no mal, compadece-te dele e ensina o bem, mesmo que o mal ainda te ensombre.

A compaixão mostra o caminho da caridade e, sem caridade uns para com os outros, não há segurança para ninguém.

60 - DESENCARNADOS EM TREVAS

Insulados no remorso...

Detidos em amargas recordações...

Jungidos à trama dos próprios pensamentos atormentados...

Eram donos de palácios soberbos e sentem-se aferrolhados no estreito espaço do túmulo.

Mostravam-se insensíveis, nos galarins do poder, e derramam o pranto horizontal dos caídos.

Amontoavam haveres e agarram-se, agora, aos panos do esquife.

Possuíam rebanhos e pradarias e jazem num fosso de poucos palmos.

Despejavam fardos de dor nos ombros sangrentos dos semelhantes, e suportam, chorando, os mármores do sepulcro, a lhes partirem os ossos.

Estadeavam ciência inútil e tremem perante o desconhecido.

Devoravam prazeres e gemem a sós.

Exibiam títulos destacados e soluçam no chão.

Brilhavam em salões engrinaldados de fantasias e arrastam-se, estremunhados, ante as sombras da cova.

Oprimiam os fracos e não sabem fugir à gula dos vermes.

Eram campeões da beleza física, e procuram, debalde, esconder-se nas próprias cinzas.

Repoltreavam-se em redes de ouro, e estiram-se, atarantados, entre caixas de pó.

Emitiam discursos brilhantes e gaguejam agora.

Deitavam sapiência e estão loucos.

Nada disso, porém, acontece porque algo possuíssem, mas sim porque foram possuídos de paixões desregradas.

Não se perturbam porque algo tiveram, mas sim porque retiveram isso ou aquilo, sem ajudar a ninguém.

Se podes verificar a tortura dos desencarnados em trevas, aproveita a lição.

Não sofrerás pelo que tens, nem pelo que és.

Todos colheremos o fruto dos próprios atos, no que temos e somos.

Onde estiveres, pois, faze o bem que puderes, sem apego a ti mesmo.

Escuta o companheiro que torna do Além, aflito e desorientado, e aprenderás, em silêncio, que todo egoísmo gera o culto da morte.

61 - CÉU E INFERNO

Em matéria de prêmio e castigo, a se definirem por céu e inferno, suponhamo-nos à frente de um pai amoroso, mas justo, dividindo a sua propriedade entre os filhos, aos quais se associa, abnegado, para que todos eles prestigiem e cresçam, de maneira a lhe desfrutarem os bens totais. O genitor compassivo e reto concede aos filhos, em regime de gratuidade, todos os recursos da fazenda Divina:

a vestimenta do corpo;
a energia vital;
a terra fecunda;
o ar nutriente;
a defesa do monte;
o refúgio do vale;
as águas circulantes;
as fontes suspensas;
a submissão dos vários reinos da natureza;
a organização da família;
os fundamentos do lar;
a proteção das leis;
os tesouros da escola;
a luz do raciocínio;
as riquezas do sentimento;
os prodígios da afeição;
os valores da experiência;
a possibilidade de servir...

Os filhos recebem tudo isso, mecanicamente, sem que se lhes reclame esforço algum, e o pai apenas lhes pede para que se aprimorem, pelo dever nobremente cumprido, e se consagrem ao bem de todos, através do trabalho que lhes valorizará o tempo e a vida.

Nessa imagem, simples embora, encontramos alguma notícia da magnanimidade do Criador para nós outros, as criaturas.

Fácil, assim, perceber que, com tantos favores, concessões e doações, facilidades e vantagens, entremeados de bênçãos, suprimentos, auxílios, empréstimos e moratórias, o céu começará sempre em nós mesmos e o inferno tem o tamanho da rebeldia de cada um.

CONTINUAS AMANHÃ

quinta-feira, 14 de abril de 2011

MOMENTO DE REFLEXÃO

Quando...

Quando as horas de desgosto e desalento invadirem-lhe a alma e as lágrimas aflorarem em seus olhos, lembre-se das palavras mansas do Cristo, convidando-nos ao Seu regaço...

E quando sentir-se incompreendido pelos que o circundam, e perceber que a indiferença ronda à sua volta, acerque-se dEle: Ele é a Luz, sob cujos raios se aclaram a pureza de suas intenções e a nobreza de seus sentimentos.

Quando o ânimo para suportar as vicissitudes da vida se extinguir e você estiver prestes a desfalecer, chame-O: Ele é a Força capaz de remover as pedras dos caminhos e ajudá-lo a superar as adversidades do mundo.

Quando os vendavais o açoitarem e você já não souber onde reclinar a cabeça, corra para junto dEle: Ele é o Refúgio Seguro, em cujo seio você encontrará guarida para o seu corpo e tranqüilidade para o seu espírito.

Quando lhe faltar a calma nos momentos de maior aflição e você se considerar incapaz de conservar a serenidade de espírito, invoque-O: Ele e a Paciência, que lhe faz vencer os transes mais dolorosos e triunfar das situações mais difíceis.

Quando as dores se abaterem sobre seu corpo e você sentir a alma ulcerada pelos abrolhos dos caminhos, grite por Ele: Ele é o Bálsamo que cicatriza as chagas e minora os padecimentos.

Quando o mundo o iludir com promessas falsas e você perceber que ninguém pode lhe inspirar confiança, vá a Ele: Ele é a Sinceridade, que sabe corresponder à franqueza de suas atitudes e à nobreza de seus ideais.

Quando a tristeza e a melancolia se acercarem do seu coração e tudo lhe causar aborrecimento, clame por Ele: Ele é a Alegria que lhe insufla um alento novo e o faz conhecer os encantos de seu mundo interior.

Quando, um a um, fenecerem os ideais mais belos e você se sentir no auge do desespero, apele para Ele: Ele é a Esperança que lhe robustece a fé e lhe acalenta os sonhos.

Quando a impiedade se revelar e você experimentar a dureza do coração humano, procure-O Ele é o Perdão, que levanta-lhe o ânimo e promove a reabilitação de seu espírito.

Quando você duvidar de tudo, até de suas próprias convicções, e a descrença lhe tomar a alma, recorra a Ele: Ele é a Fé, que inunda-lhe de luz e entendimento e o habilita para a conquista da felicidade.

Quando você não puder sentir a sublimidade de uma afeição terna e sincera e a desilusão lhe tomar de assalto, aproxime-se dEle: Ele é a Renúncia, que lhe ensina a esquecer a ingratidão dos homens e a incompreensão do mundo.

E quando, enfim, quiseres saber quem é esse Alguém tão especial que é Luz, Renúncia, Força, Refúgio Seguro, Paciência, Bálsamo, Sinceridade, Alegria, Esperança, Perdão e Fé, busque conhecer a Boa Nova do Cristo.

Você encontrará em suas páginas o suave convite do Mestre para que O busquemos todas vezes que sentirmos necessidade de Sua ajuda.

Pense nisso!

Jesus é a luz do mundo, só se debate nas trevas aquele que dEle se afasta.

Jesus é bom pastor, somente se perde a ovelha rebelde que não aceita Suas orientações amorosas e sábias.

Jesus é o caminho, só se demora nos labirintos sombrios quem dEle se desvia.

Jesus é a verdade, só se equivoca aquele que ignora Seus ensinamentos.

Jesus é a vida, só duvida da imortalidade quem desconhece a Sua ressurreição gloriosa diante dos 500 da Galiléia.


PENSAMENTO DO DIA

Quinta feira, 14 de abril de 2011.

Seja fiel ao seu trabalho, à sua palavra, ao seu amigo

Autor: Henry David Thoreau

MENSAGEM DO DIA


A mente humana é tão poderosa, que podemos viver emoções incriveis, podemos ter alucinações e vivermos experiências fora do comum, com a droga mais potente que existe, a felicidade

Autor: Silverstone

JUSTIÇA DIVINA - ESTUDOS SOBRE AS OBRAS DE ALLAN KARDEC - 20ª PARTE

FRANCISCO CANDIDO XAVIER

JUSTIÇA DIVINA

ESTUDOS E DISSERTAÇÕES EM TORNO DA OBRA

“O CÉU E O INFERNO”

De ALLAN KARDEC

Ditado pelo Espírito EMMANUEL

56 - INVOCAÇÕES

Ouviste opiniões contraditórias, referentes às invocações na Doutrina Espírita.

Adversários gratuitos pretenderam insinuar que nos reuníamos, imitando magos e sibilas da antiguidade, a explorar sortilégios e filtros supostamente milagrosos.

Outros, sem analisar-nos os princípios, entenderam acreditar que tomamos os recursos psíquicos para exibições de hipnotismo vulgar, como se categorizássemos os medianeiros da
Nova Revelação por jograis e fantoches.

É imperioso anotar, contudo, que toda a formação espírita guarda raízes nas fontes do
Cristianismo simples e claro, com finalidades morais distintas, no aperfeiçoamento da alma, expressando aquele Consolador que Jesus prometeu aos tempos novos.

Não admitas, portanto, pudéssemos converter as lições do Mestre em práticas e fórmulas cabalísticas. Todos os ensinamentos do Cristo vibram puros, em nossos postulados, com os amplos desenvolvimentos que a Codificação Kardequiana lhes imprimiu.

Em nossas assembléias, hipotecamos o apreço devido a todas as crenças e confissões.

Respeitamos os irmãos da Cristandade, que, em postura determinada, invocam a Presença Divina e a proteção dos Espíritos santificados, em preces de confiança e cânticos de louvor.

Respeitamos os irmãos do Islamismo que, diversas vezes por dia, invocam a bênção de Alá.

Respeitamos os irmãos do Budismo que, através da liturgia que lhes é própria, invocam a paz de Çakyamuni, o Bem-Aventurado.

Respeitamos os irmãos do Moisaísmo que, por vários preceitos, invocam o amparo do Senhor Todo-Poderoso.

Também nós, em nos associando, invocamos a inspiração do Divino Mestre e o concurso dos instrutores domiciliados na Vida Maior, a fim de que possamos orar e estudar a verdade, aprendendo por que oramos e cremos, de vez que, na doutrina Espírita, sem pompas de culto externo e sem rituais de qualquer procedência, somos chamados à fé, capaz de encarar a razão face a face.

Quanto à atitude religiosa que abraçamos, de permeio com as indagações científicas e com as exposições filosóficas da nossa Doutrina Libertadora, ninguém pode olvidar que Allan Kardec, evidenciando a necessidade de aliança entre o raciocínio e o sentimento, nas jornadas do Espírito, iniciou a obra monolítica da Codificação perguntando pela essência de Deus.

57 - PURGATÓRIO


Aprendeste a venerar os heróis do passado e suspiras igualmente pelo ensejo de exaltar a virtude.

Na senda cristã rememoras o tempo glorioso dos mártires, invejando-lhes o destino.

De outras vezes, sonhas chegar ao Plano Espiritual por sublime aparição de brandura, asserenando as almas impenitentes.

Em muitas ocasiões, no limiar do repouso físico, pede admissão ao serviço dos benfeitores desencarnados, diligenciando o próprio adestramento em obras de instrução e consolo.

Entretanto, quase nunca te lembras de que te encontras no mundo, assim como quem vive temporariamente no purgatório.

Não precisas entregar a própria carne ao dente das feras, para demonstrares fé em Deus; e nem desvencilhar-te do corpo denso a fim de exerceres os misteres da caridade.

O Amor Infinito expressa-se, em toda parte, e a Terra em que respiras movimenta-se a pleno céu.

Embora na parcela de luta que o passado te atribui ao presente, reflete no ideal de servir e surpreenderás o divino momento de auxiliar, seja onde seja.

Tens, na própria casa, os pais sofredores, os filhos inquietos, os irmãos menos felizes e os parentes agoniados.

Identificas, no trabalho, chefes irritadiços, subalternos amargos, clientela exigente e colegas-enigmas.

No campo social, relacionas amigos-problemas, adversários gratuitos, companheiros frágeis e observadores intransigentes.

E, tanto nos becos mais simples quanto nas mais largas avenidas, segues ao lado de corações que a sombra enredou na teia das grandes provas.

Todos, sem exceção, esperam de ti a migalha de amor e a esmola de paciência.

Purgatório! purgatório!... Todos nós, consciências endividadas, estamos nele.
O remédio, porém, é o caminho da cura.

Ajuda aos semelhantes para que os semelhantes te ajudem.

Aqueles que nos rodeiam são hoje os grandes necessitados. Amanhã, contudo, é possível que os grandes necessitados sejamos nós.

58 - PRECISAMENTE


Diante das soluções aguardadas para amanhã, é imperioso atender aos problemas de hoje.

Declaras-te sob manchas morais e foges de servir, quando precisamente a vida nos descerra o ensejo de auxiliar, para que o suor, na prática do bem, nos dissipe as nódoas do coração.

Confessas-te em débitos lamentáveis e desertas das boas obras, quando precisamente dispomos da oportunidade de agir, a benefício dos semelhantes, a fim de que venhamos a alcançar o resgate preciso.

Asseveras-te em falta grave e acolhes-te à intolerância, quando precisamente no exercício da bondade para com os outros é que obteremos desculpa em favor de nós mesmos.

Afirmas-te frágil, quando precisamente por isso é que as tribulações nos sitiam a estrada, a fim de que saibamos conquistar o apoio da fortaleza.

Dizes-te inútil, quando precisamente para que nos façamos prestativos e valiosos é que possibilidades inúmeras de trabalho nos rodeiam em cada dia.

Acusas-te ignorante, quando precisamente para que nos instruamos é que as experiências difíceis nos desafiam, em toda parte.

Não te isoles, a pretexto de imperfeição.

O discípulo permanece no educandário precisamente para aprender.

E, em todo educandário, as lições seguem curso normal, conforme o programa que as preceitua.

Ao aluno aplicado, passaporte de competência.

Ao aluno vadio, convite à repetição.

Assim também conosco.

A vida é a escola de nossas almas.

Quem quiser pode aproveitá-la em todas as circunstâncias.

O tempo, contudo, assemelha-se ao professor equilibrado e correto que premia o merecimento, considera o esforço, reconhece a boa vontade e respeita a disciplina, mas não cria privilégio e nem dá cola a ninguém.

CONTINUA AMANHÃ

quarta-feira, 13 de abril de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Quarta feira, 13 de abril de2011.

A superstição é a religião dos fracos

Autor: Edmund Burke

MENSAGEM DO DIA

Todos nós, cedo ou tarde, vamos morrer. E só quem aceita isso está preparado para a vida

Autor: Paulo Coelho

JUSTIÇA DIVINA - ESTUDOS SOBRE AS OBRAS DE ALLAN KARDEC - 19ª PARTE

FRANCISCO CANDIDO XAVIER

JUSTIÇA DIVINA

ESTUDOS E DISSERTAÇÕES EM TORNO DA OBRA

“O CÉU E O INFERNO”


De ALLAN KARDEC

Ditado pelo Espírito EMMANUEL

53 - COMPROMISSO EM NÓS

Considerando as elevadas missões dos Espíritos que se agigantaram nos louros da virtude, reflitamos nos compromissos anônimos que rogamos, com ardor, em nós e por nós.

Encontraste o marido ideal e a abastança doméstica; no entanto, recebeste no próprio sangue o filho retardado que te corta o coração por difícil problema.

Um dia, compreenderás que, noutras épocas, foi ele o companheiro que induziste à loucura.

Dispões de títulos respeitáveis para luzir nos encargos mais nobres e padeces uma esposa mentalmente fixada na fronteira do hospício.

Um dia, compreenderás que, em estradas distantes, foi ela a parceira menos feliz, em cujos pés colocaste lama escorregadia, para que resvalasse, desamparada, na esquina do sofrimento.

Tens dinheiro e instrução, mas carregas um pai irascível e intransigente, que mais se assemelha a um tigre de sentinela.

Um dia, compreenderás que ele vive assim por defeitos da educação que lhe impuseste em outra existência.

Percebes a grandeza da obra de que te responsabilizas, sem achar colaborador que te dê mão no trabalho, arrostando, sozinho, a obrigação de fazer.

Um dia, compreenderás que te valias, ontem, da confiança alheia para tiranizar os que mais te amavam, e lutas, hoje, desentendido, para te libertares da violência.

Possuis conhecimentos admiráveis e legiões de amigos que tudo fazem por ajudar-te; contudo, amargas penosa anormalidade orgânica, à maneira de espinho oculto.

Um dia, compreenderás que a mutilação e a deformidade, a inibição e a moléstia constituem remédios nos pontos fracos da própria alma.

Desfrutas mediunidade notável e não consegues outro mister que não seja o consolo e o apaziguamento na própria casa.

Um dia, compreenderás que carecias de longo tempo, desempenhando a função de bússola viva para alguns poucos viajantes do mundo, arrojados por ti mesmo nas trevas das grandes provas.

Acalentas projetos superiores, exaltando anseios de ascensão e sonhos de arte; no entanto, gastas o próprio corpo, dobrando a cerviz sobre o tanque ou lavando pratos e caçarolas.

Um dia, compreenderás que para sermos livres é preciso escravizar-nos, por algum tempo, ao pé daqueles que, por algum tempo, nos foram também escravos.

Bendize as dores desconhecidas que te pungem, silenciosas!

Agradece as ocupações ignoradas que pediste alegremente, na Vida Espiritual, e que, muita vez, exerces chorando na vida física.

Se ninguém, na Terra, te anota o serviço obscuro, recorda que Deus te vê! Se todos te desprezam, à face das tuas atividades supostas insignificantes e humildes, ainda mesmo por entre lágrimas, regozija-te nelas, aguardando o futuro.

Ninguém consegue realmente ser grande, quando não aprendeu a ser pequenino.

54 -NA LEI DO BEM

Perguntas, muita vez, de alma inquieta, que vem a ser o bem, tão diversas surgem as interpretações, ao redor do bem, por toda parte.

Entendamos, contudo, que o bem genuíno será sempre o bem que possamos prestar na obra do bem aos outros.

Colheste pedradas, na construção a que te dedicas; no entanto, compadeces-te da mão que te ultraja, interpretando-lhe os golpes por sintomas de enfermidade.

Ouviste frases insultuosas, em torno do teu nome, e registras a agressão por loucura daqueles que as pronunciam, sem alterar-te no auxílio a eles.

Sofreste assalto, na tarefa que realizas, mas não te revoltas contra a injúria dos que te invadem a seara de esforço nobre, trabalhando sem mágoa, no clima da tolerância.

Podes falar, com razão, a palavra acusadora contra o adversário que te feriu; contudo, reconheces a ofensa por crise de ignorância e, nem de leve, te afastas da desculpa irrestrita.

Tens bastante merecimento para destaque e ocultas-te, na atividade silenciosa, sem fugir à cooperação, junto daqueles que te dirigem.

Conservas a possibilidade de reter o melhor quinhão de vantagens e não te lembras disso, ofertando o melhor de ti mesmo aos que te comungam a experiência.

O bem é luz que se expande, na medida do serviço de cada um ao bem de todos, com esquecimento de todo mal.

Sem afetação de santidade, ajudemos o próximo, a fim de que o próximo aprenda a ajudar-se.

Sem cartaz de virtude, olvidemos as faltas alheias, reconhecendo que poderiam ser nossas, diante das franquezas que carregamos ainda.

Recorda que, se há espíritos transviados ou injustos, em decúbito moral, através do caminho, são eles tão necessitados da parcela de teu amor quanto os famintos, a quem dás espontanea-mente o prato de pão.

A felicidade real nasce, invariável, daquela felicidade com que tornamos alguém feliz.

Façamos, assim, aos outros o que desejamos nos façam eles, na convicção de que, se cuidamos da lei do bem, a lei do bem cuidará de nós.

55 - O LUGAR DA PARAISO


Para além do mais além, espraia-se o Universo infinito, em todas as direções.

O homem terrestre já mentaliza Vênus e Marte, Júpiter e Saturno, lares pendentes do colo maternal do Sol que nos anima, por territórios atingíveis.

Não nos referiremos em página tão simples à estatística dos milhões de quilômetros que separam os grandes mundos entre si. Recordemos tão-só que a galáxia em que respiramos agora, dentro da qual a nossa Terra pode ser comparada a uma laranja no Oceano Pacífico, dista da galáxia mais próxima centenas de anos-luz. E, compreendendo-se que um ano-luz representa mais de nove trilhões de quilômetros, já que a luz se projeta com a velocidade de trezentos mil quilômetros por segundo, é fácil imaginar a grandeza da Criação.

Temos, desse modo, a enxamearem, nas vastidões do Cosmo, sóis e planetas incontáveis, todos eles vinculados às pluriformes esferas espirituais em que se continuam. Aí, aglutinam-se, funcionam, desintegram-se e refazem-se mundos de todas as condições, no incessante quimismo dos elementos.

Mundos – santuários...

Mundos – escolas...

Mundos – sementeiras...

Mundos – searas...

Mundos – desertos...

Mundos – jardins...

Mundos – hospitais...

Mundos – penitenciárias...

Mundos – oficinas...

Mundos – museus...

Alma que te purificas na Terra, diante de tamanha magnificência, não menoscabes, porém, a tua glória celeste.

No círculo da dor e da experiência, guardas contigo o gérmen da Divindade. Criatura consciente, mais que todas as soberbas formações dos planos de matéria transitória, encerras o eterno pensamento do Criador!

Lutemos e soframos, por aperfeiçoar e aformosear a nós mesmos, nascendo sob o teto da carne e renascendo nos reinos do Espírito, tantas vezes quantas se fizerem necessárias, até que, um dia, aliando a sabedoria e o amor, por nossas próprias asas, possamos remontar ao Coração da Vida, carregando o paraíso no coração.

CONTINUA AMANHÃ

CHICO XAVIER - A FACE OCULTA

terça-feira, 12 de abril de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Terça feira, 12 de abril de 2011.

O que mais impede de ter um bom amigo é o empenho em ter muitos. A amizade quer ser antiga.

Autor: Plutarco

MENSAGEM DO DIA

A dor é uma advertência, assim como os pequenos prejuízos nos negócios, nos ensinam a ser prudentes.

Autor: Desconhecido

JUSTIÇA DIVINA - ESTUDOS SOBRE AS OBRAS DE ALLAN KARDEC

FRANCISCO CANDIDO XAVIER

JUSTIÇA DIVINA

ESTUDOS E DISSERTAÇÕES EM TORNO DA OBRA

“O CÉU E O INFERNO”

De ALLAN KARDEC

Ditado pelo Espírito EMMANUEL

50 - BEM QUE NOS FALTA

No estudo da perfeição, comecemos por vigiar a nós mesmos, corrigindo-nos em tudo aquilo que nos desagrada nos semelhantes.

Muitos pregam contra o desperdício dos administradores da causa pública e instalam-se, entre as paredes domésticas, como se devessem atravessar a existência numa carruagem de luxo, sobre lixo dourado.

Outros criticam autoridades, apontando-as por verdugos do povo, e tiranizam, no lar, as mãos obscuras e generosas que lhes amassam o pão.

Vemos os que amaldiçoam a guerra entre os povos, e vivem, no aprisco familiar, com a truculência da fera solta.

Há os que indicam a pena de morte para os irmãos que enlouqueceram na delinqüência, e manejam, em casa, o punhal invisível da ingratidão.

Muitos lideram primorosas campanhas de socorro à infância desprotegida, e enxotam, por vagabundo, o primeiro menino infortunado que lhes roga um vintém.

Outros guardam a enciclopédia na cabeça e jamais se lembram de estender o alfabeto ao companheiro atrelado à ignorância.

Vemos os que cantam hosanas à virtude e encastelam-se no conforto individual, afirmando que a caridade é fábrica de preguiça.

E há os que ensinam sabiamente, quanto à bondade e a simpatia, a se movimentarem, na senda particular, despedindo farpas magnéticas, entre os melindres e aversões.

Nestes apontamentos humildes, a ninguém censuramos, de vez que, com evidentes exceções, até ontem éramos todos nós igualmente assim. Hoje, porém, com a doutrina espírita no comando da fé, sabemos todos que a lei do progresso confere a cada Espírito a possibilidade de adquirir o bem que lhe falta, a fim de que a justiça estabeleça o merecimento de cada um, na pauta das próprias obras.

Conjuguemos, assim, conselho e ação, palavra e conduta, na mesma onda de serviço renovador, compreendendo, por fim, que o bem que nos falta nem sempre é o bem que ainda não desfrutamos, mas sim o bem dos outros que, em nosso próprio benefício, nos cabe fazer.

51 - NAS LEIS DO DESTINO


Não digas que Deus sentencia alguém a torturas eternas.

Tanto quanto podemos perceber o Pensamento Divino, imanente em todos os seres e em todas as coisas, o Criador se manifesta a nós outros – criaturas conscientes, mas imperfeitas – através de leis que Lhe expressam os objetivos no rumo do Bem Supremo.

Essas leis, na feição primitiva, podem ser abordadas nos processos rudimentares do campo físico.

O fogo é agente precioso da evolução, nos limites em que deve ser conservado; entretanto, se colas a mão no braseiro, é natural incorras, de imediato, nas conseqüências.

A máquina é apêndice do progresso; contudo, se não lhe atendes as necessidades, sofrerás, para logo, os resultados desastrosos da negligência ou da indisciplina.

Ocorre o mesmo, nos planos da consciência.

Na matemática do Universo, o destino dar-nos-á sempre daquilo que lhe dermos.

É inútil que dignitários desse ou daquele princípio religioso te pintem o Todo-Perfeito por soberano purpurado, suscetível de encolerizar-se por falta de vassalagem ou envaidecer-se à vista de adulações.

Os que procedem assim podem estar movidos de santos propósitos ou piamente magnetizados por lendas e tradições respei-táveis que o tempo mumificou, mas se esquecem de que, mesma ante as leis dos homens, pessoa alguma consegue furtar, moralmente, o merecimento ou a culpa de outra.

Deus é amor; amor que se expande do átomo aos astros. Mas é justiça também. Justiça que atribui a cada espírito segundo a própria escolha. Sendo amor, concede à consciência transviada tantas experiências quantas deseje a fim de retificar-se. Sendo justiça, ignora quaisquer privilégios que lhe queiram impor.

Não afirmes, desse modo, que Deus bajula ou condena.

Recorda que não podes raciocinar através do cérebro alheio e nem comer pela boca do próximo.

O Criador criou todas as criaturas para que todas as criaturas se engrandeçam. Para isso, sendo amor, repletou-lhes o caminho de bênçãos e luzes, e, sendo justiça, determinou possuísse cada um de nós vontade e razão.

A vida, assim, aqui ou além, será sempre o que nós quisermos.

E não sofismemos a palavra de Jesus, quando prometeu ao companheiro de sofrimento, no Calvário, que estaria com ele no paraíso, como poderia estar em qualquer instituto de educação, no mundo espiritual, porque foi o próprio Cristo quem nos informou, de maneira incisiva, que o Reino de Deus está dentro de nós.

52 - ANTE OS MUNDOS SUPERIORES


Quando nos referirmos aos mundos superiores, recordemos que a Terra, um dia, formará entre eles, por estância divina. Atualmente, no entanto, apesar das magnificências que laureiam a civilização em todos os continentes, não podemos alhear-nos do preço que pagará pela promoção.

Sem dúvida, os campos ideológicos da vida internacional entrarão em conflitos encarniçados pelo domínio. As nuvens de ódio que se avolumam, na psicosfera do Planeta, rebentarão em tormentas arrasadoras sobre as comunidades terrestres. Contudo, as vibrações do sofrimento coletivo funcionarão por radioterapia na esfera da alma, sanando a alienação mental dos povos que sustentam as chagas da miséria, em nome da idéia de Deus, e daqueles outros que pretendem extirpá-las, banindo a idéia de Deus das próprias cogitações. Engenhos de extermínio desintegrarão os quistos raciais e as cadeias que amordaçam o pensamento, remediando as agonias econômicas da Humanidade e dissipando as correntes envenenadas do materialismo, a estender-se por afrodisíaco da irresponsabilidade moral.

Enunciando, porém, semelhantes verdades, é forçoso dizer que não somos profetas do belicismo, nem Cassandras do terror.

Examinamos simplesmente o quadro escuro que as nações poderosas organizaram e que lhes atormenta, hoje, os gabinetes de governança, ainda mesmo quando se esforçam por disfarçá-lo nos banquetes políticos e nos votos de paz.

E, ao fazê-lo, desejamos apenas asseverar a nossa fé positiva no grande futuro, quando o homem, superior a todas as contingências, respirar, enfim, livre dos polvos da guerra que lhe sugam as energias e lhe entornam inutilmente o sangue em esgotos de lá-grimas.

Abrindo as estradas do espírito para essa era de luz, abracemos a charrua do suor, pela vitória do bem, seja qual seja o nosso setor de ação.

Obreiros da imortalidade, contemplaremos os habitantes da Terra a emergirem de todos os escombros com que pretendam sepultar-lhes as esperanças, elevando-se em direitura de outras plagas do Universo! E enquanto nos empenhamos, cada vez mais, em largas dívidas para com a Ciência que nos rasga horizontes e traça caminhos novos, vivamos na retidão de consciência, fiéis ao Cristo, no serviço incessante de burilamento da alma, na certeza de que, se a glorificação chega por fora, a verdadeira felicidade é obra de dentro.

CONTINUA AMANHÃ

DEUS TE ABENÇOE - CHICO XAVIER

segunda-feira, 11 de abril de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Segunda feira, 11 de abril de 2011.

Empregai o máximo de atenção como se não tivésseis outra coisa a fazer

Autor: Jean Gaspar Lavater

MENSAGEM DO DIA

Família é como varíola: a gente tem quando criança e fica marcado para o resto da vida

Autor: Jean Paul Sartre

JUSTIÇA DIVINA - ESTUDOS SOBRE AS OBRAS DE ALLAN KARDEC - 17ª PARTE

FRANCISCO CANDIDO XAVIER

JUSTIÇA DIVINA

ESTUDOS E DISSERTAÇÕES EM TORNO DA OBRA

“O CÉU E O INFERNO”

De ALLAN KARDEC

Ditado pelo Espírito EMMANUEL

47 - PERDOADOS, MAS NÃO LIMPOS


Em nossas faltas, na maioria das vezes, somos imediatamente perdoados, mas não limpos.

Fomos perdoados pelo fel da maledicência, mas a sombra que tencionávamos esparzir, na estrada alheia, permanece dentro de nós por agoniado constrangimento.

Fomos perdoados pela brasa da calúnia, mas o fogo que arremessamos à cabeça do próximo passa a incendiar-nos o coração.

Fomos perdoados pelo corte da ofensa, mas a pedra atirada aos irmãos do caminho volta incontinenti, a lanharnos o próprio ser.

Fomos perdoados pela falha de vigilância, mas o prejuízo em nossos vizinhos cobrenos de vergonha.

Fomos perdoados pela manifestação de fraqueza, mas o desastre que provocamos é dor moral que nos segue os dias.

Fomos perdoados por todos aqueles a quem ferimos, no delírio da violência, mas, onde estivermos, é preciso extinguir os monstros do remorso que os nossos pensamentos articulam, desarvorados.

Chaga que abrimos na alma de alguém pode ser luz e renovação nesse mesmo alguém, mas será sempre chaga de aflição a pesar-nos na vida.

Injúria aos semelhantes é azorrague mental que nos chicoteia.

A serpente carrega consigo o veneno que veicula.

O escorpião carrega em si próprio a carga venenosa que ele mesmo segrega.

Ridiculizados, atacados, perseguidos ou dilacerados, evitemos o mal, mesmo quando o mal assuma a feição de defesa, porque todo mal que fizermos aos outros é mal a nós mesmos.

Quase sempre aqueles que passaram pelos golpes de nossa irreflexão já nos perdoaram incondicionalmente, fulgindo nos planos superiores; no entanto, pela lei de correspondência, ruminamos, por tempo indeterminado, os quadros sinistros que nós mesmos criamos.

Cada consciência vive e evolve entre os seus próprios reflexos.

É por isso que Allan Kardec afirmou, convincente, que, depois da morte, até que se redima no campo individual, “para o criminoso a presença incessante das vítimas e das circunstâncias do crime é suplício cruel”.

48 - DOENÇAS DA ALMA


Na forja moral da luta em que temperas o caráter e purificas o sentimento, é possível acredites estejas sempre no trato de pessoas normais, simplesmente porque se mostrem com a ficha de sanidade física.

Entretanto, é preciso lembrar que as moléstias do espírito também se contam.

O companheiro que te fala, aparentemente tranqüilo, talvez guarde no peito a lâmina esbraseada de terrível desilusão.

A irmã que te recebe, sorrindo, provavelmente carrega o coração ensopado de lágrimas.

Surpreendeste amigos de olhos calmos e frases doces, dando-te a impressão de controle perfeito, que soubeste, mais tarde, estarem caminhando na direção da loucura.

Enxergaste outros, promovendo festas e estadeando poder, a escorregarem, logo após, no engodo da delinqüência.

É que as enfermidades do espírito atormentavam as forças da criatura, em processos de corrosão inacessíveis à diagnose terrestre.

Aqui, o egoísmo sombreia a visão; ali, o ódio empeçonha o cérebro; acolá, o desespero materializa fantasmas; adiante, o ciúme converte a palavra em látego de morte...

Não observes o semelhante pelo caleidoscópio das aparências.

É necessário reconhecer que todos nós, espíritos encarnados e desencarnados em serviço na Terra, ante o volume dos débitos que contraímos nas existências passadas, somos doentes em laboriosa restauração.

O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.

Deixa, assim, que a compaixão retifique em ti próprio os velhos males que toleras nos outros.

Se alguém te fere ou desgosta, debita-lhe o gesto menos feliz à conta da moléstia obscura de que ainda se faz portador.

Se cada pessoa ofendida pudesse ouvir a voz inarticulada do Céu, no instante em que se vê golpeada, escutaria, de pronto, o apelo da Misericórdia Divina: “Compadece-te”.

Todos somos enfermos pedindo alta.

Compadeçamo-nos uns dos outros, a fim de que saibamos auxiliar.

E mesmo que te vejas na obrigação de corrigir alguém – pelas reações dolorosas das doenças da alma que ainda trazemos –, compadece-te mil vezes antes de examinar uma só.

49 - POR NÓS MESMOS


Quando a morte do corpo terrestre nos conduz à sociedade dos espíritos, muitas vezes somos cercados pelo amor puro, a mergu-har-nos em divino clarão.

Antigos afetos, que o tempo não nos riscou da memória, ressurgem, de improviso, envolvendo-nos na melodia da ventura ideal; amigos, a quem supúnhamos haver servido com algum pequenino gesto beneficente, repontam do dia novo, descerrando-nos os braços; sorrisos espontâneos, por flores de carinho, desabrocham em semblantes nimbados de esplendor.

Quase sempre, contudo, ai de nós!...

Reconhecemo-nos no festival da alegria perfeita, à feição de lodo movente, injuriando o carro solar. Quanto mais a bondade fulgura em torno, mais nos oprime o peso da frustração.

Temos o peito, qual violino de barro, que não consegue responder ao arco de estrelas que nos tange as cordas desafinadas, e, do coração, semelhante a címbalo morto, apenas arrancamos lágrimas de profundo arrependimento para chorar.

Lamentamos então as lutas recusadas e as oportunidades perdidas! Deploramos a passada rebeldia, ante os apelos do bem que nos teriam conquistado merecimento, e a fuga deliberada aos testemunhos de humildade que nos haveriam propiciado renovação.

Sentimo-nos amparados por indizíveis exaltações de claridade e ternura; no entanto, por dentro, carregamos ainda remorso e neces-sidade.

É assim que nos excluímos, por nós mesmos, da assembléia gloriosa, suplicando o retorno às arenas do mundo, até que a reencarnação nos purifique, nas aquisições de experiência e valor.

Alma que choras na teia física, louva o tronco de sofrimento a que te encontras temporariamente agrilhoada na Terra!

Abençoa os espinhos que te laceram.

Abençoa o pranto que te lava os escaninhos do ser.

Executa com paciência o trabalho que a vida te pede, porque, um dia, os companheiros amados que te precederam na vanguarda de luz estarão contigo, em preces de triunfo, a desatarem-te as últimas algemas, de modo a que lhes partilhes os cânticos de vitória, na grande libertação.

CONTINUA AMANHÃ