sábado, 8 de outubro de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Estamos tão preocupado com o que queremos ter, que esquecemos de agradecer o que já temos

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

Nunca faça florescer um sorriso dizendo TE AMO para mais tarde fazer rolar uma lágrima dizendo me esqueça

Autor: Desconhecido

CARTAS DE UMA MORTA - LIVRO DE CHICO XAVIER

CONTINUAÇÃO

MEUS PULMÕES RESPIRAM E
MEU CORAÇÃO PULSAVA

Em minha condição de alma pouco evolvida iniciei, pois, a vida de após a morte, nesse ambiente do espaço, que descrevi nas páginas anteriores. Decorrido o tempo inolvidável em que divisara a figura sublime daquele mentor espiritual, que viera caridosamente balsamizar as minhas feridas e as daqueles que formavam a grande turba de meus companheiros pela saudade e pelo sofrimento, embora me sentisse relativamente feliz, pressentia o coração pungido pela angústia da distância, que me separava do mundo que eu deixara. Os laços afetivos, os hábitos, os pequeninos nadas de minha existência estavam inteiramente comigo...
Um dos meus primeiros pensamentos de estranheza foi o de compreender que havia morrido e, ao mesmo tempo, conservar o meu corpo, o qual, segundo o bom senso, fora entregue à Terra. Constatei que os meus pulmões respiravam e o meu coração pulsava com absoluta normalidade.
Tais pensamentos afligiram-me. Preocupava-me, apenas, o isolamento em que me encontrava naquele ambiente, para o qual fora arrebatada, sem um preparo prévio. É verdade que me via envolvida numa onda de simpatia por parte de quantos se abeiravam de mim; todavia, a minha angustiosa estranheza crescia a ponto de me fazer chorar.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

O GUIA INVISÍVEL

Nesse ínterim, elevei fervorosamente a minha prece a Deus, ouvindo, em resposta, a voz de um
ser que me elucidava: - “Maria, minha filha, estás ingressando na existência real. Esquece tudo quanto se relaciona com os teus dias na Terra e busca atenuar a saudade que te calcina, porque as portas do teu lar terreno fecharam-se com os teus olhos.
Por enquanto não me podes ver, porém, fui aquele que te orientou em meio dos labirintos do
planeta que abandonaste. Eu era a voz que falava à tua consciência nos instantes difíceis e fui o Cirineu que te amparou nos amargos transes da morte! Acompanhei os teus passos quando te afastaste das trevas do sepulcro, e a minha mão estava unida à tua quando erravas na obscuridade da incompreensão.
Desde o momento bendito que entendeste em verdade a tua situação, tenho espargido claridades sobre a tua razão e sobre a tua fé. Fazes bem em te voltares para Deus nas tuas dolorosas conjeturas.
Os pensamentos da criatura, concentrados nele, em seu poder misericordioso, organizam as faculdades espirituais, convergindo as suas possibilidades para maior potência do raciocínio e do sentimento, atributos sublimes da existência das almas. O teu corpo, cuja organização te infunde a mais profunda estranheza, é o envoltório de matéria quinta-essenciada, que constitui o invólucro sutilíssimo do espírito.
Impressiona-te o fato de haverdes abandonado a forma corporal, conservando outra idêntica; é
que não foste bem esclarecida sobre o problema do organismo espiritual, que, tomando as células vivas no imenso laboratório das forças universais, compila o conjunto de elementos preciosos à tua tangibilidade no orbe terráqueo. O teu corpo material constituía somente uma veste que se estragou na voragem do tempo. Considera essa verdade para que te escutes no necessário desapego das coisas mundanas”.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

OS PAIS DA TERRA NÃO SÃO OS CRIADORES E
SIM OS ZELADORES

- “E meus filhos? – inquiriu mentalmente comovida, entre prantos.
- “Ah! Compreendo – murmurou o meu guia invisível – as tuas hesitações e escrúpulos... Louvo a afetividade do teu coração amoroso e sensibilíssimo, porém, faz-se mister que tudo encares sensatamente, aceitando com resignação os ditames da vontade divina.
Aqueles a quem emprestaste o potencial das tuas energias orgânicas e que representavam, como teus filhos, o grande tesouro de amor do teu coração, são, como somos, as criaturas do Pai de infinita misericórdia. Os pais da Terra não sã criadores e sim zeladores das almas, que Deus lhes confia no sagrado instituto da família. Os seus deveres são austeríssimos, enquanto é do alvedrio superior a sua permanência na fase do globo; mas, aquém das fronteiras da carne, é preciso que considerem os filhos como irmãos bem-amados.
É necessário, também, que se alheiem às suas lutas e dores, porque o trabalho e o sofrimento são leis imperantes no planeta, em prol do seu próprio resgate e redenção psíquica. Nem todos sabem cumprir as obrigações paternais e eu te felicito pelo constante desejo em bem cumpri-las. Se bem souberes proceder dentro da nossa grande família das almas, ser-te-á permitido velar pela rua pequena  amília humana, no minúsculo recanto da terra em que viveste.
Vence, pois, o teu mal-estar interior como tens triunfado das mais rudes provas morais!...
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

PERTURBADORAS PERGUNTAS

Escutei enlevada aquela voz dulcíssima, que me embalava com as suas tonalidades maviosas e enxuguei as lágrimas, sentindo-me mais disposta a afrontar a minha nova situação.
Ao meu lado inúmeras almas se conservavam silenciosas, abatidas, e outras retiravam-se em companhia de espíritos fraternos. Acudiram-me, então, ao cérebro, esvaído pelo acúmulo de emoções, as mais perturbadoras perguntas.
Eu estaria ali sozinha, em relação aos seres amigos que me haviam precedido no Além? Não
poderia reconhecer uma das antigas afeições da Terra? Antes do meu regresso às paragens siderais, não havia voltado à elas quem fora a minha idolatrada mãe?
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

MINHA MÃE – A GRANDE CONSOLAÇÃO

Entregue a essas amargas inquirições, vi-me pequenina e senil a sensação das lágrimas maternas orvalhando as minhas faces. Recordava-me dos menores detalhes do lar, quando experimentei sobre os ombros o contato de veludosas mãos. Ergui repentinamente o meu olhar e, - oh, maravilha! – vi minha mãe a contemplar-me com a melhor das expressões de ternura e amor.
Como me senti recompensada, nesse momento inesquecível, de todos os infortúnios que houvera sofrido! Uma inexpremível sensação de júbilo dominou-me a alma ao recordar os amargores da Terra longínqua, pois, nesse instante, toda a minha existência estava concentrada naquela afeição, reencontrada para a ventura imortal.
Eram os meus temores, as minhas esperanças, os meus afetos, a minha longa saudade; enfim tudo ali estava nos meus prantos de imensa alegria. E aquele ente querido, que na Terra para mim fora o anjo do amor maternal, também se sentia sob o impe´rio de grande emoção. Compreendi que os nossos espíritos de há muito se haviam unido na milagrosa teia das vidas sucessivas, e caí-lhe nos braços amorosos, misturando os soluços de nossos sentimentos.
- “Minha mãe – consegui dizer – poderá haver maior felicidade do que esta?...”
Percebi, a seguir, que era envolvida na onda simpática do seu caricioso olhar, ao mesmo tempo que lhe ouvi a voz repassada de infinita doçura: - “Maria, estás fatigada pelas emoções consecutivas... Vem descansar um pouco ao meu lado, aqui, filha, junto ao meu coração!...” Ah, minhas pálpebras, então, cerraram-me para o sono brando e tranqüilo e adormeci como um pássaro minúsculo, que repousasse sob a proteção carinhosa de grandes asas...
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

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CHICO XAVIER - GUIA ESPIRITUAL TERIA ENCARNADO NA TERRA

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Tudo o que você pensa você atrai

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

Amar é ter vontade de continuar a caminhada para fazer alguém feliz

Autor: Desconhecido

CARTAS DE UMA MORTA - CHICO XAVIER

CONTINUAÇÃO

NA PÁTRIA COMUM DE TODAS AS ALMAS

“Faz-se mister que dispais da vossa mente a roupagem dos enganos materiais, permitindo que a espiritualidade interior vibre livremente em toda a intensidade da sua divina potência. Tendes o intelecto atulhado de lembranças nocivas, as quais precisais alijar para o reencontro da felicidade. Não vos demoreis em fazê-lo.
O corpo de vossas impressões persiste, desastrosamente, impelindo-vos a vertiginosas quedas sobre os pauis, de onde regressastes, repletos de saudade e de amargurada tristeza.
Considerai o verdadeiro panorama da vida universal; sistema de mundos venturosos, enchem o universo de harmonias excelsas; entre as distâncias infindas do éter, descobrem-se terras de encantamentos e divinas grandezas! Sobre as vossas cabeças elevem-se os cânticos das vias –lácteas siderais e, sob os vossos pés, ouvem-se os hinos dos sóis resplandecentes.
Ponderai sobre essa imensidade sem princípio e sem fim e reconhecei que o espaço é a pátria comum de todas as almas. Terminadas as lutas majestosas, que os seres levam a efeito pelo seu
aprimoramento anímico, aqui se reúnem para elaboração de novos projetos grandiosos em novos surtos de perfeição e de progresso.
Nas existências planetárias, como a que acabais de deixar, as almas lutam e sofrem os grandes
padecimentos remissores; às vezes conhecem de perto a taça das amarguras, mergulhando no oceano das lágrimas, que salvam e regeneram. Aí nessas arenas augustas do aprendizado e da redenção, cauterizam-se feridas cancerosas, curam-se úlceras malignas, aprimoram-se sentimentos desviados da sua pureza, crescem os empreendimentos felizes e conhece-se o grande ensinamento da felicidade, oriunda da solidariedade salvadora”.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

OS VENTUROSOS

“Venturosos são os que se conduzem através de todas as barreiras e percalços, com o estandarte
luminoso da fé, distribuindo os inesgotáveis bens da sua piedade e do seu amor. Vivem serenos na paz de suas consciências, entre as ambições corruptoras que os perseguem ao longo dos caminhos e seus dias representam um inaudito esforço de resistência contra o mal deprimente e oprobrioso.
Padecem continuadamente, e tombando nas batalhas morais, sangrando de dor, mas envolvidos no halo bendito da esperança e da crença, despertam jubilosos para a existência verdadeira, onde o egoísmo é uma palavra desconhecida e a confraternização universal é a mais legítima das realidades.
Retemperam as suas forças, trabalhadas pela intensa luta da vida, nos arquipélagos dourados de paz e de repouso no infinito dos espaços e assim se preparam para outras refregas, para outras iniciativas, na interminável e abençoada atividade espiritual, a fim de que se dilatem as suas potências em todos os domínios da sabedoria e do amor!
Irmãos bem amados, alimentemos o anelo da vida perfeita!
Almas fracas e desditosas, cheias de saudades e desenganos, sacudi a poeira das estradas palmilhadas, abri os vossos corações para a luz como sacrários de ouro sob um plenilúnio divino!
Esquecei temporariamente o teatro de vossos infortúnios, onde muitas vezes fostes traídas e humilhadas, mas onde também obrivestes o alvará de vossa liberdade preciosa. Elevemos ao Pai a nossa oração de reconhecimento e de amor da qual se evolem todos os nossos mais puros sentimentos, transubstanciados em harmonias celestes!...”
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

NA FALANGE DOS ESPÍRITOS BENIGNOS

Terminada que foi a alocução, pronunciada com a mais sagrada das eloqüências e que, de modo geral, imperfeitamente reproduzo, com os meus olhos nublados de pranto, ouvi os soluços de muitos dos circunstantes, que choravam sob o império da mais forte emoção.
Então oramos, acompanhando os inspirados impulsos daquele enviado celeste, que procurava incutir-nos a fé, a esperança e a resignação, através das suas palavras compassivas e piedosas.
Um luar indescritível, projetando-se na tribuna que lhe guardava ainda a luminosa figura, banhou as nossas frontes, e pude observar que a atmosfera se impregnava de capitoso perfume. Percebi ainda que, sobre as naves encantadas do templo, profundamente caíram flores iguais às rosas terrenas, mas que se desfaziam ao tocar em nossas cabeças como taças fluidas de luminosidade e de aroma.
Ah, como chorei naquele dia! Minh’alma frágil se comovia sob indômita emotividade; mas, desde aquele instante, incorporei-me à grande falange dos espíritos benignos que mourejavam em suas tarefas ao lado da Terra, trabalhando pelo bem dos seus semelhantes, beneficiando-se simultaneamente no mais útil dos aprendizados.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

REENCONTRANDO UMA AFEIÇÃO DO PASSADO

Muitos encarnados, que têm ouvido as diversas explanações quanto à vida dos espíritos nos planos da erraticidade, fazem uma falsa concepção do vocábulo, imaginando que a existência errática das entidades se processa por jornadas intermináveis, sem um objetivo definido, sem uma organização que regule o fenômeno das suas atividades nos espaços.
Essa maneira de encarar a questão não é verdadeira, pois, a vida no Além, decorre em um
ambiente que, pelas suas características fluídicas, escapa à vossa compreensão, já que, dentro do vosso meio de matéria muito condensada, vos faltam as leis da analogia para que possais estabelecer uma comparação.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

E A VIDA PROSSEGUE SEMPRE

Na vida do espaço, ainda existe a matéria, porém em condições totalmente diversificadas, numa sutileza para nós inimaginável e constituindo verdadeira maravilha a sua adaptação à vontade dos espíritos.
Lá, também, a sociedade se organiza, as suas leis predominam, as famílias s reúnem sob os imperativos das afinidades naturais, luta-se, estuda-se, no amálgama dos sentimentos que caracterizam o homem racional.
Em outras modalidades, pois, a vida prossegue e a única diferença é que a alma desencarnada não se vê tão compelida ao cansaço, em razão dos elementos da matéria rarefeita. Isso quanto às regiões da erraticidade, porque nos outros orbes, a existência segue o seu curso, de acordo com as suas modalidades específicas submetendo-se o “EU” a essas forças diversificadas, como, por exemplo, na Terra nos sujeitamos às suas leis físico-químicas.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

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CHICO XAVIER - SOMENTE HOJE - FLORES

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Pequenos problemas diante de pessoas infantis geram grandes conflitos

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta

Autor: Chico Xavier

CARTAS DE UMA MORTA - CHICO XAVIER - PARTE 2

CONTINUAÇÃO

AH! EU MORRERA
Maria João de Deus

Descerrou-se, finalmente, o derradeiro véu que obumbrava o meu ser pensante... Senti-me sã, ativa, ágil, como se despertasse naquele instante... Ah! Eu morrera...
E a morte representava um grande bem, porque eu me sentia outra, trazendo as faculdades integrais, plena de favoráveis disposições para as lutas da vida. Todavia tinha a impressão de estar só, já que ninguém respondia às minhas argüições, embora percebesse que a minha voz nada perdera de seu vigor e tonalidade.
Propositalmente procurava fazer-me vista por todos, mas uma impossibilidade perturbadora correspondia aos meus pensamentos. Refugiei-me, então, nas mais sinceras e fervorosas preces. Foi quando comecei a divisar vultos sutis e ouvir vozes acariciadoras, das quais fugia amedrontada e receosa, na ilusão pueril de que me achava com o corpo físico, trânsita de medo e suscetibilidades...
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

O PRIMEIRO DIA DA ERRATICIDADE
Maria João de Deus

Chegara o dia 2 de Novembro de 1915 e mais de mês já havia transcorrido sobre a data de minha
desencarnação.
Nesse dia, sob o império de grande dissabor, que me advinha daquela incompreensão, dirigi-me tristemente à Igreja para orar, aproveitando a quietude de sua soledade, Lá penetrando, porém, compreendi que não me achava só, pois percebia que outras almas, talvez padecendo a mesma dor que eu experimentava, conservavam-se estáticas ao pé dos altares, onde foram buscar um pouco de consolo e de esclarecimento.
Todavia, assim que me entreguei aos arrebatamentos da prece, senti uma intraduzível vibração percorrer todas as fibras do meu ser, como se fosse sofrer um vágado, afigurando-se-me invadida pela influência do sono; mas durou poucos instantes, semelhante estado.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

AMARGURA E ALEGRIA, SAUDADE E JÚBILO
Maria João de Deus

Despertei novamente e vi-me ao lado de uma legião de seres, que se achavam genuflexos como eu. Já outro, porém, era o templo no qual me encontrava. Havia um recinto amplo e majestoso, construído à base de elementos que não é possível qualificar, por falta de termos equivalentes no vocabulário humano. Nesse magnificente interior não existia determinado santuário para orações, mas, sim, obras de arte sublime, destacando-se uma tribuna formada de matéria luminosa, como se fosse feita de névoa esvaecentes. Ouvia-se, provinda de um coro dulcíssimo de vozes meigas e cristalinas, uma prece ao Criador, repleta de harmonias e de excelsitudes. E aquele cântico melodioso era mais um ciclo de asas ou murmúrio de favônios unindo as pétalas das flores.
Aí, mais do que nunca, relembrei dos afetos que me ligavam ao lar; e um incoercível receio inundou o meu espírito, amedrontado ante a perspectiva de separação eterna, porque, após as incertezas e as agonias da morte, eu sabia ter sido arrebatada para um local distante, a menos que estivesse possuída de extremas alucinações.
De onde provinham aquelas cadências harmoniosas de cavatina celeste, que me faziam vibrar de emotividade até às lágrimas?
Então, toda minh’alma chorava de amargura e alegria; havia em meu coração um misto de
saudade e júbilo inexprimíveis.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

A IRMANDADE UNIVERSAL DA DIVINA CAUSA

Foi quando se desenhou, na tribuna de neve translúcida, majestosa figura de um parlamentário, parecendo-me que ali se materializara, por um processo misterioso e em forma humana, o anjo celeste, no qual se destacavam todas as perfeições.
Irradiava do seu olhar benigno e fulgurante uma onda de indescritível ternura, que transbordava
na sua voz, saturada de suavidade e doçura: - “Irmãos – começou ele – a nossa prece, o hino dos nossos corações, mistura-se a todas as harmonias do Infinito, elevando-se para Deus numa corrente de melodia e de aroma. O laço que neste momento une os nossos espíritos, misto de luzes da contextura estelar, igualmente prende todos os sistemas planetários do Ilimitado, que se irmanam no amor mais sublime à sua Divina Causa.
Vós, que aqui vos encontrais, vindos das remotas plagas das sombras terrenas! Possuídos de angústia e de esperança, que se refletem nas lágrimas dos vossos olhos, no íntimo ainda guardais acerbas recordações da existência no exílio, como os carvões que sobrevivem no coração da Terra longínqua sob os escombros das florestas incendiadas. Constituís, por isso, a multidão de almas errantes e sofredoras, perambulando em derredor dos objetos que formaram a paisagem das vossas miragens enganadoras, porque a única vida real é a vida do espírito de posse da sua liberdade preciosa”.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

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CHICO XAVIER - ELES VIVEM

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

PENSAMENTO DO DIA

Cada dia é uma oportunidade para tornar as coisas melhores e cada experiência que você tem o torna mais apto para a vida

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida, mas não desista. Lute para atingir o seu encontro e seja feliz

Autor: Desconhecido

CARTAS DE UMA MORTA - CHICO XAVIER

HOJE, INICIAMOS MAIS UMA POSTAGEM DOS LIVROS PSICOGRAFADOS POR FRANCISCO CANDIDO XAVIER OU, SIMPLESMENTE COMO ELE, CHICO XAVIER.
CARTAS DE UMA MORTA (1935) - MARIA JOÃO DE DEUS – MÃE DE CHICO XAVIER

EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA

As páginas que vão ler são de autoria daquela que foi, na Terra, a minha mãe muito querida.
Minha genitora chamava-se Maria João de Deus e desencarnou nesta cidade, em 29 de setembro de 1915. Filha de uma lavadeira humilde, de Santa Luiza do Rio das Velhas, ela não pode receber uma educação esmerada; mas todos os que a conheceram, afirmam que os sentimentos do seu coração substituíram a cultura que lhe faltava.
Quando o seu bondoso espírito se comunicou por meu intermédio, pela primeira vez, eu lhe pedi que me contasse as impressões iniciais da sua vida no outro mundo, recebendo a promessa de que o havia de fazer oportunamente; e, há pouco tempo, ela começou a escrever, por intermédio da minha mediunidade, estas cartas que vão ler.
Eu contava cinco anos de idade, quando minha mãe desencarnou; mas, mesmo assim, nunca pude esquecê-la e, ultimamente, graças ao Espiritismo, ouço a sua voz, comunico-me com ela e ao seu espírito generoso devo os melhores instantes de consolo espiritual da minha vida.
Aí estão, minha mãe, as tuas páginas. Elas vão ser vendidas em benefício das órfãzinhas. Deus permita que os pequeninos, que sofrem, recebam um conforto em teu nome, e que a Misericórdia Divina te auxilie, multiplicando as tuas luzes na vida espiritual.
Pedro Leopoldo. MG, 25 de junho de 1935.
FRANCISCO CÂNDIDO XAVIER

NO LIMIAR DA VIDA DE ALÉM TÚMULO

Maria João de Deus
Para mim, meu caro filho, as últimas impressões da existência terrena e os primeiros dias transcorridos depois da morte foram muito amargos e dolorosos.
Quero crer que a angústia, que naquele momento avassalou a minh’alma, originou-se da profunda mágoa que me ocasionava a separação do lar e dos afetos familiares, pois, apesar de crer na imortalidade, sempre enchiam-me de pavor de crer na imortalidade, sempre enchiam-me de pavor os aparatos da morte; e dentro do catolicismo, que eu professava fervorosamente, atemorizava-me a perspectiva de uma eterna ausência.
Lutei, enquanto me permitiram as forças físicas, contra a influência aniqüiladora do meu corpo; mas foi uma luta singular a que sustentei, como sói acontecer aos corações maternos, quando periga a tranqüilidade dos seus filhos. Unicamente esse amor obrigava-me ao apego à vida, porque os sofrimentos, que já havia experimentado, desprendiam-me de todo o prazer que ainda pudesse me advir das coisas terrestres.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

ÚLTIMOS INSTANTES DO TORMENTO CORPORAL

Maria João de Deus
Combati com tenacidade a moléstia que enfraquecia o meu organismo, porém chegou o dia que assinalava o término das minhas possibilidades de resistência. As derradeiras horas me foram de excruciante martírio e, depois de uma jornada repleta de dores violentas, veio a noite interminável da agonia. Reparava que o meu tempo no mundo se escoava dificilmente, almejando o seu findar como o trabalhador sedento e faminto – ávido de repouso.
O meu estado moral caracterizava-se por uma semi-inconsciência porque o tormento corporal atuava sobre as minhas idéias, que vagavam desordenadas como se fossem violentamente expulsas do meu cérebro.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

A VOZ DE COMANDO DESOBEDECIDA

Maria João de Deus
Desejava orar... Todavia, os pensamentos não conseguiam obedecer-me, dispersos pela confusão estabelecida em meu mundo interior, em virtude dos padecimentos que me percorriam os centros da atividade orgânica; e a minha vontade era semelhante a uma voz de comando, totalmente desobedecida por elementos rebeldes e indisciplinados.
Hoje sei que naqueles angustiosos momentos muitos seres se conservavam, embora intangíveis, ao meu lado, amparando-me com os seus braços tutelares e compassivos, porém não os distinguia.
Sentia-me sucumbir lentamente... A princípio, gemidos de sofrimento escapavam-se do meu peito torturado, compreendendo a ineficácia dos esforços que fazia para não morrer; mas tão rude era aquela suprema tentativa de resistência, que me abandonei, finalmente, àquelas forças poderosas e invencíveis que me subjugavam.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

COMO NUMA ATMOSFERA DE SONHO

Maria João de Deus
Amanhecia... Afigurou-se-me, então, alcançar uma trégua a tantos padecimentos. Parecia prestes a dormir, mas, sob as mesmas impressões de dor e mal-estar, envolvia-me nas influências do sono, embora sendo presa de indescritíveis pesadelos. Ouvi tudo quanto se pronunciou ao redor de meu leio e vi a ansiedade de quantos dele se abeiravam, mas todas essas impressões eu as recebia como se estivesse mergulhada em mau sonho.
Desejei falar, manifestar vontades e pensamentos; isso, porém. Era impossível. Contemplei pesarosa a imagem do Crucificado, que me puseram nas mãos enlanguecidas e quis sinceramente pensar nele, orar com unção, segundo os meus hábitos. Todavia, reconhecendo-me cheia de vida, não obstante as dores, pairavam os meus sentidos como numa esquisita atmosfera de sonho...
Percebi todos os carinhos que dispensaram ao meu corpo e que me foram igualmente proporcionados em vida; e ouvi as lamentações de quantos deploravam a minha ausência. Ansiava por movimentar-me sem que membro algum obedecesse aos meus impulsos, e, outras vezes, fazia inauditos esforços para despertar-me, fugindo de tão singular pesadelo. Afigurava-se que me cobriam de flores e sentia a carícia dos braços dos meus filhos, enlaçando-me com amargurada ternura; e dizia-lhes, mentalmente, entre lágrimas:
- Meus filhos, eu não morri!... Aqui estou e sinto-me realmente mais forte para vos proteger e amar. Por que chorais aumentando a minha angústia?
Mas tinha a boca hirta e os braços gelados para retribuir aquelas expansões de desvelado carinho!
Apenas possuía a sensação de lágrimas ardentes, que me rolavam sobre as faces descoloridas, como a estátua viva da amargura e do silêncio.
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

NA VERTIGEM DA RETROSPECÇÃO

Maria João de Deus
O ataúde pareceu-me um novo leito; porém, quando me convenci de que me arrebatavam com ele, entre os angustiosos lamentos dos que ficavam, uma impressão penosa, atroz, subjugou-me integralmente. Achei-me, então, sob indefinível sentimento de medo, que me aniquilou a totalidade das fibras emotivas. Um choque de dor brusca dominou-me a alma e eu perdi a consciência de mim mesma...
Após algum tempo, cuja duração não posso determinar, paulatinamente afigurou-se-me acordar; contudo, a princípio, achava-me envolvida no mesmo panorama de sonho. Como se a memória fosse possuída de um admirável poder retrospectivo, comecei a ver todos os quadros da minha infância e juventude, relembrando um a um os mínimos fatos da minha existência relativamente breve. Via-os, esses quadros do pretérito, com naturalidade, sem admiração e sem surpresa...
Livro Cartas de uma Morta - Psicografia Chico Xavier

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NOSSO LAR CAPÍTULO 25

terça-feira, 4 de outubro de 2011

EVANGELHO NO LAR - COMO FAZER

PENSAMENTO DO DIA

Nunca despreze os pequenos quando está a subir, pois poderá encontrá-los quando estiver a descer

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

Do fundo do poço a única saída é para cima

Autor: Desconhecido

NOSSO LAR - CAPÍTULO 24

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

EVANGELHO NO LAR - CHICO XAVIER

PENSAMENTO DO DIA

Diz uma lenda chinesa que amizades verdadeiras são como árvores de raízes profundas: nenhuma tempestade consegue arrancar

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

Não sei se a vida é curta ou longa demais, mas sei que nada do que vivemos tem sentido se não tocamos o coração das pessoas

Autor: Desconhecido

NOSSO LAR CAPÍTULO 23

domingo, 2 de outubro de 2011

MENSAGEM SEMANAL

CONVITE À HUMILDADE

“ Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração.” (Mateus: 11-28.)

Os que são incapazes de consegui-la identificam-na como fraqueza. Os pessimistas que chafurdam no poço do orgulho ferido e não se dispõem à luta, detestam-na, porque se sentem incapazes de possuí-la. Os derrotistas utilizam-se da subestima para denegri-la. Os fracos, falsamente investidos de força, falseiam-lhe o significado, deturpando lhe a soberana realidade. Porque muitos não lograram vivê-la e derraparam em plenos exercícios, desconsideram-na... Ela, no entanto, fulgura a prossegue. Sustenta no cansaço, acalenta nas dores, robustece na luta, encoraja no insucesso, levanta na queda... Louva a dor que corrige, abençoa a dificuldade que ensina, agradece a soledade que exercita a reflexão, ampara o trabalho que disciplina e é reconhecida a todos, inclusive aos que passam por maus, por ensinarem, embora inconscientemente, o valor dos bons e a excelência do bem. Chega e dulcifica a amargura, balsamizando qualquer ferida exposta, mesmo em chaga repelente. Identifica-se pela meiguice, e, sutil, agrada, oferecendo plenitude, quando tudo conspira contra a paz de que se faz instrumento. Escudo dos verdadeiros heróis, tem sido a coroa dos mártires, o sinal dos santos e a característica dos sábios. Com ela o homem adquire grandeza interior, e considerando a majestade da Criação, como membro atuante da vida, que é, eleva-se e, assim, eleva a humanidade inteira. Conquistá-la, ao fim das pelejas exaustivas, é lograr a paz. No diálogo entre Jesus e Pilatos, esteve presente no silêncio do Amigo Divino e ausente no enganado fâmulo de César... Seu nome é humildade.

Divaldo Pereira Franco / Joanna de Ângelis / Livro: Convites da Vida / 28/09/2011

PENSAMENTO DO DIA

A fórmula do sucesso eu ainda não sei, mas a do fracasso é contentar a todos

Autor: Desconhecido

MENSAGEM DIÁRIA

Devemos deixar sempre as pessoas que amamos com palavras amorosas. Pode ser a última vez que a vemos

Autor: Desconhecido

SEXO E DESTINO - CHICO XAVIER E ANDRÉ LUIZ - PARTE 91

CONTINUAÇÃO

despertava o netinho tão contraditórios pensamentos? Antes, porém, que se decidisse a acariciá-lo, Sérgio Cláudio levantou a cabeça que lhe entregara por momentos ao ombro nu, e cobriu-lhe o rosto de beijos... Não houve mecha de cabelos que não alisasse com dedos ternos e nem ruga que não afagasse com os lábios enternecidos. Enleada, Márcia recolheu as saudações dos filhos, abraçou a menina, que via igualmente pela primeira vez, referiuse à saúde e, quando entrou a comentar, quanto à vivacidade dos netos, Marina recomendou ao filhinho declamasse a prece da vovozinha, que pronunciara em casa, antes de sair.
Sérgio, com a noção inata do respeito que se deve à oração, despencou-se do regaço a que se agarrara, perfilou-se diante de Dona Márcia, fincando os pés rechonchudos na areia... E, cerrando os olhos, em laboriosa diligência de imaginação para ofertar de si mesmo aquela manifestação de carinho, repetiu, firme: – Amado Jesus, nós pedimos ao senhor trazer vovozinha para morar conosco... Dona Márcia prorrompeu em lágrimas copiosas, enquanto o pequenino se lhe asilava, de novo, nos braços que tremiam de júbilo... – Que é isso, mamãe? a senhora chorando? – Inquiriu Marina, carinhosa. – Ah! minha filha! – respondeu Dona Márcia, aconchegando o neto ao peito – estou ficando velha!... Logo após, despedia-se das companheiras, avisando que naquele domingo almoçaria em Botafogo, mas, intimamente, estava persuadida de que não mais largaria a residência da filha em Botafogo, nunca mais... O menino prendera-lhe o coração.
Acompanhei o grupo até o asfalto. Gilberto, feliz, chamou um táxi. Cláudio, Percília e Moreira, que seguiriam, de volta, me (Francisco Cândido Xavier - Sexo e Destino - pelo Espírito André Luiz 356) abraçaram em festa. Contemplei o carro que deslizou na direção do Lido, para seguir adiante... Sozinho em espírito, diante da multidão, confiei-me às lágrimas de enternecimento e regozijo. Ansiei abraçar aquela gente generosa e espontânea, que brincava entre o banho e a peteca, ensaiando a fraternidade por família de Deus... Cambaleando de emoção, tornei ao local em que Márcia e o neto tinham fruído o reencontro sublime, a simbolizarem para mim o passado e o presente, urdindo o futuro na luz do amor que nunca morre. Osculei o chão que haviam pisado e orei, rogando ao Senhor os abençoasse pelos ensinamentos de que me enriqueciam... Dos milhares de companheiros reencarnados, em risonha agitação, nenhum me assinalou, de leve, o culto de reconhecimento e de saudade. O mar, entretanto, qual se me visse, compadecido, o gesto medroso, arremessou extenso véu de espuma sobre o trato de areia que eu beijara, como se quisesse guardar a nota apagada de minha gratidão e reverência, na pauta das ondas, incorporando-a à sinfonia imponente com que não cessa de louvar a beleza sem-fim.

--- Fim ---

(Francisco Cândido Xavier - Sexo e Destino - pelo Espírito André Luiz 357)

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Irmão W.

“Porque nós somos cooperadores de Deus.”

Paulo. (1ª Epístola aos Coríntios, 3, versículo 9.)

NOSSO LAR CAPÍTULO 22