O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPÍTULO 10
BEM-AVENTURADOS
OS QUE SÃO MISERICORDIOSOS
Perdoai para
que Deus vos perdoe
Reconciliar-se com seus adversários
O sacrifício mais agradável a Deus • O argueiro• e a trave• no
olho
Não julgueis para não serdes julgados
Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra
Instruções dos
Espíritos: O perdão das
ofensas
A indulgência • É permitido repreender os outros?
Observar as suas imperfeições? Divulgar o mal alheio?
INSTRUÇÕES DOS
ESPÍRITOS
A INDULGÊNCIA
Joseph, Espírito Protetor - Bordeaux, 1863.
A indulgência nunca se interessa pelos maus atos dos
outros, a menos que isso seja para prestar um serviço, exemplificando, e ainda tem
o cuidado de atenuá-los tanto quanto possível. Não faz observações ofensivas,
não tem censura em seus lábios, mas apenas conselhos, muitas vezes velados.
Quando vos lançais à crítica, que conclusões se devem tirar de vossas palavras?
É que vós, que censurais, não teríeis feito o que reprovais e que, portanto,
valeis mais que o culpado. Homens! Quando então julgareis os vossos próprios
corações, os vossos próprios pensamentos, os vossos próprios atos, sem vos
ocupardes do que fazem vossos irmãos? Quando abrireis os olhos somente para vós
mesmos?
Sede, portanto, severos para convosco mesmos e indulgentes
para com os outros. Pensai n’Aquele que julga em última instância, que vê os pensamentos
secretos de cada coração e que, consequentemente, perdoa muitas vezes os erros
que repreendeis, ou condena os que desculpais, pois conhece bem a causa de
todos os atos. Pensai que vós que proclamais tão alto: “Maldito!”, podereis,
talvez, ter cometido erros mais graves.
Sedes indulgentes meus amigos, pois a indulgência encanta,
acalma, reergue, enquanto a severidade discrimina, distancia e irrita.
João, Bispo de Bordeaux – 1862.
17. Sedes indulgentes para com as faltas dos outros, quaisquer
que sejam. Julgai com severidade apenas vossas próprias ações e o Senhor usará
de indulgência para convosco, do mesmo modo como a usastes para com os outros.
Apoiai os fortes: encorajai-os a prosseguir no bem.
Fortificai os fracos, mostrando-lhes a bondade de Deus, que considera o menor arrependimento.
Mostrai a todos o anjo do arrependimento estendendo suas asas brancas sobre as
faltas dos humanos, ocultando-as assim aos olhos daquele que em tudo vê
impureza. Compreendei toda a misericórdia infinita de vosso Pai e não vos
esqueçais de nunca de Lhe dizer pelos vossos pensamentos e especialmente pelos
vossos atos: Perdoai as nossas
ofensas, assim como perdoamos aqueles que nos têm ofendido. Entendei bem o valor dessas sublimes palavras; não
só sua letra é admirável, mas também o ensinamento que elas contêm.
O que solicitais ao Senhor quando implorais o perdão?
Esquecimento, só isso? Se assim fosse, resultaria em nada, pois, se Deus se contenta
em esquecer as vossas faltas, não pune, mas
também não vos recompensa. A
recompensa não pode ser o preço do bem que não se fez e ainda menos do mal que
se haja feito, mesmo que esse mal tenha sido esquecido. Pedindo perdão por vossas
transgressões, pedis a Deus o favor de suas graças, para não mais caírdes
nelas, e a força necessária para entrardes num novo caminho, de submissão e de
amor, no qual podereis acrescentar ao arrependimento a reparação do erro.
CONTINUA AMANHÃ