sábado, 24 de novembro de 2012

CONSELHO DO DIA



Este é o conselho que a Imitação de Cristo lhe dá para hoje:
 
Pois não há oblação mais digna, nem maior satisfação para expiar os pecados, que oferecer-se a si mesmo a Deus, pura e inteiramente, unido à oblação do corpo de Cristo, na Missa e na comunhão. 
 
Se o homem fizer o que está em seu poder, e se arrepender verdadeiramente de seus pecados, quantas vezes a mim vier pedir graça e perdão, sempre dirá o Senhor: 
 
Por minha vida juro, não quero a morte do pecador, mas que se converta e viva; não mais me lembrarei dos seus pecados, mas todos lhe serão perdoados (Ez 18,22; 33,11). ( Do esxame da própria consciência e propósito de emenda)

Certamente estas palavras se referem a alguma necessidade sua.
Mas isso só você saberá entender.




PENSAMENTO DO DIA




Antes de reclamar das coisas que você está perdendo, verifique o que vai ocupar o lugar que elas deixaram vago. Pode ser algo muito mais importante e enriquecedor.
 

MENSAGEM DO DIA



A decadência de um povo se dá quando ele foge das dificuldades.
 

SEXO E DESTINO - LIVRO DE CHICO XAVIER

CONTINUAÇÃO

conhecimento enobrecedor, com que se advertisse, recuando natrilha percorrida para adotar direção diferente.
Marina, à mercê da força que lhe espatifava os recursos psíquicos, sentia-se derrotada...
Da impassibilidade ante o desastre ocorrido com a irmã,
transferiu-se à opressão, ao temor...
Ao toque do inquisidor que lhe vasculhava a cabeça, começou a imaginar que Marita, em verdade, não intentaria o suicídio, se nela houvesse achado uma companheira honesta e piedosa.
Rememorou a noite em que divisara Gilberto pela primeira vez. O jovem saía de um cinema, em companhia da irmã, amparando-a contra a chuva. Tamanha a doçura daqueles olhos, tão grande o carinho daqueles braços!... Julgou encontrar Nemésio mais moço. Comprometida com Torres, pai, presumia enxergar no filho os atributos de juvenilidade que lhe faltavam... Capricho ou afeição, apaixonara-se pelo rapaz, cortejara-o abertamente. Enlaçara-o com os dotes de inteligência, até acender-lhe na alma entusiasta o anseio de compartilhar-lhe sonhos e emoções. Convidara-o a entretenimentos, agarrara-lhe o coração. Instalara nele a necessidade dela, tornara-o dependente, escravo. Manobrava-o inteiramente, o que a irmã, inexperiente e sincera, não se animara a fazer, conquanto lhes conhecesse, através dele próprio, o compromisso oculto. Ao sabê-lo aprisionado à outra, requintara-se, aliás, nos processos de sedução. Acariciava-o, impunha-se, manietava-o, à maneira da aranha entretecendo o fio veludoso para cativar o inseto que se dispõe a devorar...
Perante o libelo do juiz inesperado, perguntava-se pela tranqüilidade própria. Examinando escrupulosamente as atitudes que assumira, verificava, espantada, que lesara a si mesma. O remorso figurou-se-lhe trado invisível a verrumar-lhe o crânio. Lágrimas abundantes lhe subiram do peito aos olhos, lembrando jorros de água que a broca somente consegue arrancar, ao subsolo, ao tatear
lençóis mais fundos.
O médico, assistido pessoalmente pelo dono da casa, apanhou-a em crise de pranto. Não obstante apreensivo, consolou-a, erguendo-lhe o ânimo. Falou em cansaço. Elogiou-lhe a pontualidade e o devotamento de enfermeira, prescreveu-lhe tranqüilizantes.
Que ela repousasse, que não desamparasse a si mesma.
Marina, porém, não ignorava que a consciência se debatia em pânico, que era inútil qualquer tentame para largar o foro íntimo.
Quando o facultativo se despediu, retomou o choro convulso, diante de Nemésio que, intimidado, trancou a porta e se abicou, junto dela, no intuito de confortá-la e confortar-se.
Constrangido a facear com a cena de ternura, sem fundamentos de afeição recíproca, inquietei-me por Moreira, que zombeteava, lançando frases ultrajantes.
Nemésio rogava à moça tratar-se, refazer-se. Tivesse paciência, que se regozijassem ambos. Nada além de mais alguns poucos dias e estaria em pessoa, no Flamengo, para os derradeiros arranjos do casamento. Contava com ela e queria fazê-la feliz. Encantado, beijava-lhe o rosto molhado, qual se aspirasse a sorver-lhe as lágrimas, enquanto que a jovem, francamente conturbada, lhe arremessava olhares de esguelha, entremeados de compaixão e repulsa.
Convidei Moreira à retirada. Ele, porém, desapiedado, indagou se me falhava a coragem para conhecer Marina, tanto quanto ele, e, porque me inclinasse a defendê-la, acrescentou que não se achava ali na posição de carrasco. Escarninho, recomendou-me não acusá-lo, asseverando que detinha tanta culpa na indisposição da jovem quanto aquela que teria um bisturi na ablação de umtumor.

Pedi-lhe, em consideração a Cláudio, nos auxiliasse a proteger-lhe a filha, menina recruta na guerra contra o mal, embora se acreditasse suficientemente sabida.
Por que não nos conservarmos à porta, resguardando-a? Um momento talvez chegasse em que passaríamos a rogar-lhe concurso.
Não obstante alegar que nunca se acomodara à alcovitice, que não tinha vocação para capa de malfeitores, aquiesceu e saímos.
Do lado externo, porém, à vista de referir-me à hipnose, no campo afetivo, expendendo considerações ao redor da paciência, que nos toca exercer, junto de todas as pessoas em distúrbios do sexo, ele riu-se abertamente e comentou, galhofeiro, que não me adiantava falar grego, diante de obscenidades que para ele possuíam nomes próprios, e advertiu-me que quando o pai se retirasse viria o filho e que eu perderia a graça e o latim de qualquer jeito.
Efetivamente, quando o chefe da casa se retirou, o rapaz, cansado da vigília noturna, veio em nossa direção e entrou no quarto.
O colega endereçou-me olhar significativo; contudo, antes que se desregrasse na crítica, apareceu alguém com bastante simpatia e piedade para desfocar-nos a mente.
Era o irmão Félix.
Através da expressão, dava-me a perceber que se inteirara de todos os sucessos em curso; no entanto, abriu os braços para Moreira, à feição do pai que reencontra um filho. O amigo, que volvera ao desequilíbrio sentimental, por sua vez, reconheceu-se invadido por eflúvios regenerativos e recordou, sensibilizado, o primeiro encontro em que o benfeitor lhe solicitara colaboração para Marita, e enterneceu-se.
Félix, sem um gesto que lhe exprobrasse a deserção, apelou para ele com absoluta confiança:
– Ah! meu amigo, meu amigo!... Nossa Marita!...

E, ante as indagações do interlocutor, que o tratava como de igual para igual, esclareceu que a menina piorara. Dores agudas lhe mortificavam o corpo. Afligia-se, fatigada. Desde o momento em que ele, Moreira, se afastara, tudo indicava que a pobrezinha entrara em regime de carência. A sofredora criança necessitava
dele, esperava por ele, a fim de aliviar-se.
Ante as frases sinceras que o atingiam no fundo, o exassessor de Cláudio acudiu, incontinenti, regressando em nossa companhia para o hospital, onde realmente a moça se estirava em situação lastimável.
Quatro horas haviam escoado, modificando-nos a tela de serviço.
Averiguamos que o pedido de Félix não se alicerçava num artifício piedoso. Escorada por Telmo, que lhe insuflava energias, Marita não lhe assimilava a influência com tanta segurança.
Sem qualquer propósito de censura, é licito registrar que faltava entre eles aquela harmonia necessária às crenas das rodas de engrenagem determinada, num plano de sustentação. Telmo, rico de forças, apoiando-a, lembrava um sapato novo e precioso em pé doente. Cedendo lugar ao recém-chegado que o rendeu, pronto, verificou-se, de imediato, alguma desopressão. Marita ajustou-se, mecanicamente, aos cuidados que Moreira lhe oferecia. Ainda assim, a peritonite instalava-se, dominante.
Aumentara o mal-estar.
A filha de Aracélia gemia sob a atenção atribulada de Cláudio, que a observava, azorragado de sofrimento íntimo. Entretanto, agora, o ex-vampirizador do Flamengo encontrava enorme diferença. Acicatada pelos padecimentos físicos, Marita não dispunha de facilidades para pensar senão nas próprias dores, contundida, suarenta, amarfanhada... E o martírio corporal que lhe transfundia todos os impulsos, num gemido que não conseguia articular, provocava em Moreira, unicamente, simpatia e compaixão.

CONTINUA AMANHÃ

ESPIRITISMO - DIVALDO FRANCO - PROVAS CIENTÍFICAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS - PARTE 2

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

CONSELHO DO DIA



Este é o conselho que a Imitação de Cristo lhe dá para hoje:
 
Ó tibieza e desleixo do nosso estado, que tão depressa declinamos do fervor primitivo, e já nos causa tédio o viver, por tanta negligência e frouxidão! 
 
Oxalá em ti não entorpeça de todo o desejo de progredir nas virtudes, já que tantos modelos viste de perfeição! ( Dos exemplos dos Santos Padres)

Certamente estas palavras se referem a alguma necessidade sua.
Mas isso só você saberá entender.




PENSAMENTO DO DIA



A pressa faz errar o caminho, a calma pode desfazer grandes erros.
 

MENSAGEM DIÁRIA



Não sou dono do mundo, mas sou filho do dono.
 

SEXO E DESTINO - LIVRO DE CHICO XAVIER

CONTINUAÇÃO

Que se manifestasse, que expusesse o seu ponto de vista, quanto àquele suicídio comovedor.
Marina, embora debilitada, conjeturou-se tangida pelos próprios pensamentos a lhe buscarem atenção para a irmã acidentada e, presumindo monologar, deixou que os pensamentos lhe pululassem do cérebro, sem o travão da autocrítica.
Compadecia-se da irmã – parafusava, calculista –, no entanto, confessava-se agradecida ao destino por se ver livre dela. Indiscutivelmente, não teria tido coragem de impeli-la à morte; todavia, se ela própria deliberara desaparecer, cedendo-lhe posição, sentiase aliviada. Gilberto inteirara-a de um telefonema que recebera na
noite da antevéspera. Confiara-lhe as impressões. Nada de trote.
Pelo jeito, deduziram que Marita lhe imitara a voz, efetuando sondagem... Convencida de que o rapaz não a desejava, preferira morrer. Gilberto fora claro. Pelos tópicos da conversação pelo fio, dos quais lhe transmitira os mínimos pormenores, Marita investigara- lhe os sentimentos, no intuito de arrancar-lhe uma declaração indireta. Desiludida, optara pela renúncia. Em razão de tudo isso,não lhe cabia perder-se em divagações. Se o jovem Torres a amava, no mesmo grau de carinho com que se lhe entregara, e se a outra resolvera sumir, nenhum motivo para ralar-se. O próprio
Gilberto, semanas antes, perguntara-lhe, de estranha maneira, pelas esquisitices da irmã. Julgava-a desequilibrada, neurótica, ao que se lhe referira à paternidade anônima. O filho de Nemésio acreditava em sífilis na cabeça, asseverando que Marita não servia para casar.
Após ligeira pausa no pensamento, como quem apaga uma luz e a reacende, alterando o cenário, a jovem do Flamengo seguiu pensando, memorizando...
Telefonara para casa, durante a noite, e a mãezinha informara que Manta ainda não havia morrido; contudo, o médico esclarecera a ela, Dona Márcia, em ligação confidencial, que a Ciência não dispunha de meios para recuperá-la e que o óbito era questão para daí a alguns dias. O facultativo solicitara-lhe atenções especiais para Cláudio, esmagado de angústia. Recomendara-lhe nada dizer ao marido, quanto à opinião aberta que expunha, parecer que formulava apenas para com ela, ao reconhecê-la mais calma, diante do sofrimento. Que ela, na condição de mãe, se premunisse contra emoções muito fortes, a fim de sustentar a família, no transe que sobreviria, a qualquer momento.
Aquelas elucidações, no silêncio, feriram Moreira nas últimas fibras.
As notícias médicas, assim desdobradas, portavam para ele os efeitos de um tiro.
Não se resignava à idéia de perder Marita, no plano físico. Ela, inconscientemente, despendia recursos fluídicos que se casavam com os dele, fornecendo-lhe sensações de euforia, robustez.
Retirava dela os estimulantes mentais que lhe vigorizavam a masculinidade, tanto quanto se valia habitualmente de Cláudio, para viver sobre a Terra como qualquer ser humano.
Entre a frustração e a inconformidade, designou Marina com um nome chulo e justificou-se, diante de mim, quanto à determinação de puni-la. Infantilizado, colérico, bradou que nós ambos víamos, juntos, o regozijo com que cismava no infortúnio da outra; que eu não lhe podia negar a frieza de sentimentos; que a minha palavra apoiasse a dele, em momento oportuno; que eu lhe
servisse de testemunha. Marina, porém, continuava meditando, aclarando, qual se aditasse, espontaneamente, impressões marginais ao tema que Moreira lhe propusera.
Amava a Gilberto, sim. Apenas a ele. Descobriria recursos para desvencilhar-se de Torres, pai. Quanto mais corria o tempo, com maior segurança afiançava a si mesma pertencer ao rapaz.

Anelava desposá-lo, ser-lhe a mulher em casa e mãe de seus filhos...
No entanto, quando o esboço do lar futuro se lhe configurou na imaginação, o meu interlocutor arremeteu-se contra ela e bramiu: – Nunca!... Você nunca será feliz!... Você matou sua irmã...
Assassina! assassina!...
Agredida sem que me fosse permitido protegê-la, porquanto a minha interferência isolada se fazia desaconselhável, a benefício dela mesma, a jovem experimentou-se invadida de estranho malestar.
Aquelas incriminações percutiam-lhe fundo, qual se alguém lhe varasse o pensamento.
Ofegou em desassossego.
Começou a refletir, acerca de Marita, sob novos aspectos, estabelecendo confrontos. Debalde esgrimia idéias, tentando impugnar o remorso que se lhe infiltrava na consciência. Julgava contraditar-se. Gemia em desconforto. Ignorava-se em luta com uma Inteligência que se lhe mantinha invisível, a pedir-lhe contas do proceder. À medida, porém, que o adversário martelava as censuras, às quais aderia por saber-se culpada, passou a perder posição. Enevoava-se-lhe o raciocínio, mobilizou todas as energias para não desmaiar, temia a loucura...
O contendor desafiara a fortaleza, proclamando-lhe as brechas.
A fortaleza resistiria, incólume, se fosse inteiriça; entretanto, as brechas existiam e, por elas, o inimigo lançava petardos de maldição e sarcasmo, gerando a demência e invocando a morte.
Em vão, diligenciei no silêncio, articulando agentes mentais de auxílio para que a vítima se libertasse; contudo, a menina, bastante hábil para movimentar-se, entre os homens, sem comprometer-se na superfície das circunstâncias, jazia desarmada de

CONTINUA AMANHÃ

ESPIRITISMO - DIVALDO FRANCO - PROVAS CIENTÍFICAS DA EXISTÊNCIA DE DEUS - PARTE 1

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

CONSELHO DO DIA




Este é o conselho que a Imitação de Cristo lhe dá para hoje:
 
Eu conheço o primeiro e o último e abraço a todos com inestimável amor. 
 
Eu devo ser louvado em todos os meus santos, bendito sobre todas as coisas e honrado em cada um deles, que eu tão gloriosamente exaltei e predestinei, sem prévio merecimento algum de sua parte. 
 
Quem desprezar, pois, um dos menores dos meus deixa também de honrar o maior, porque fui eu que fiz o pequeno e o grande. 
 
E quem menospreza a todos os mais que estão no reino dos céus. 
 
Porquanto todos são um belo veículo da caridade; todos têm o mesmo parecer, o mesmo querer, e se amam mutuamente com o mesmo amor. ( Que não devemos escrutar as coisas mais altas e os cultos juízos de Deus)

Certamente estas palavras se referem a alguma necessidade sua.
Mas isso só você saberá entender.