quarta-feira, 2 de setembro de 2009

O QUE É O ESPIRITISMO

CAPÍTULO SEGUNDO

NOÇÕES ELEMENTARES DO ESPIRITISMO

COMUNICAÇÕES COM O MUNDO INVISÍVEL

FIM PROVIDENCIAL DAS MANIFESTAÇÕES ESPÍRITAS

ESCOLHOS DOS MÉDIUNS


Segunda Parte

72 – Um dos caracteres distintivos dos maus Espíritos, é a de se imporem; eles dão ordens e querem ser obedecidos. Os bons não se impõem jamais; eles dão conselhos e se não são escutados, se retiram. Disso resulta que a impressão dos maus Espíritos é quase sempre penosa, fatigante, e produz uma espécie de mal-estar; freqüentemente ela provoca uma agitação febril, movimentos bruscos e irregulares. A impressão dos bons Espíritos, ao contrário, é calma, doce, e proporciona um verdadeiro bem-estar.

73 – A subjugação obsessiva, designada outrora sob o nome de possessão, é um constrangimento físico sempre exercido por Espíritos da pior espécie e que pode ir até a neutralização do livre arbítrio. Ela se limita, freqüentemente, a simples impressões desagradáveis, mas provoca, algumas vezes, movimentos desordenados, atos insensatos, crises, palavras incoerentes ou injuriosas, as quais aquele que dela é objeto compreende por vezes todo o ridículo, mas da qual não pode se defender. Esse estado difere essencialmente da loucura patológica, com a qual se confunde erradamente, porque não há nenhuma lesão orgânica; a causa sendo diferente, os meios curativos devem ser outros. Aplicando-lhe o procedimento ordinário das duchas e dos tratamentos corporais, chega-se, muitas vezes, a determinar uma verdadeira loucura, ai onde não havia senão uma causa moral.

74 – Na loucura propriamente dita, a causa do mal é interior; é preciso procurar restabelecer o organismo ao estado normal. Na subjugação, a causa do mal é exterior e é preciso desembaraçar o doente de um inimigo invisível opondo-lhe, não remédios, mas uma força moral superior à sua. A experiência prova que, em semelhante caso, os exorcismos não produziram jamais nenhum resultado satisfatório, e que antes agravaram do que melhoraram a situação. Só o Espiritismo, indicando a verdadeira causa do mal, pode dar os meios de combatê-lo. É preciso, de certa forma, educar moralmente o Espírito obsessor; por conselhos sabiamente dirigidos, chega-se a torná-lo melhor e a fazê-lo renunciar voluntariamente ao tormento do doente, e então este está livre. (O Livro dos Médiuns, nº 279 – Revista Espírita, fevereiro, março e junho de 1864. A jovem obsedada de Marmande).

(continua amanhã)

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