quarta-feira, 8 de outubro de 2008

A RESPEITO DOS ESPÍRITOS

Os Espíritos não são, como vulgarmente se acredita, uma criação distinta das outras. São as almas das pessoas que viveram na Terra ou em outros mundos, despojadas de seu envoltório corporal.
Quem admite a existência da alma, sobrevivendo ao corpo, igualmente a dos Espíritos. Negar estes equivale a negar aquela.
Comumente fazemos uma idéia falsa dos Espíritos. Estes não são, como alguns pensam, seres imprecisos e indefinidos, nem chamas como as dos fogos-fátuos, nem fantasmas como os dos contos fantásticos.
São seres semelhantes a nós mesmos e que como nós, tem um corpo: mais fluídico e invisível em estado normal.
Durante a vida, quando unida ao corpo, a alma tem um duplo envoltório. Pesado, grosseiro e destrutível: O Corpo. O outro fluídico, leve e indestrutível: O Perispírito.
Três coisas essenciais contam-se, pois, no homem:
1º) A Alma ou Espírito, principio inteligente onde residem o pensamento, a vontade e o senso moral.
2º) O Corpo, envoltório material que põe o Espírito em relação com o mundo exterior.
3º) O Perispírito, envoltório leve, imponderável, que serve de laço intermediário entre o Espírito e o corpo.
O envoltório exterior sucumbe quando está gasto e já não,pode realizar suas funções: o Espírito dele se liberta como o fruto se despoja da casca, a árvore da cortiça e a serpente da pele. Melhor dito: como nos livramos de uma veste imprestável. A isto chamamos morte.
A morte é a simples destruição do envoltório material que a alma abandona, como a mariposa abandona a crisálida. A Alma conserva, entretanto, seu corpo fluídico ou perispiritual.
A morte do Corpo liberta o Espírito do envoltório que o prendia a Terra, ocasionando-lhe sofrimentos. Uma vez desembaraçado dessa carga, fica-lhe apenas o Corpo Etérico, que lhe permite percorrer os espaços e franquear as distancias com a rapidez do pensamento.
A união da Alma, do Perispírito e do Corpo material, constitui o homem. Separados do Corpo, a Alma e o Perispírito constituem o ser denominado Espírito.
Revestidos do corpo material, os Espíritos constituem a humanidade ou mundo corporal visível. Despojados desse corpo constituem o mundo espiritual ou invisível, que povoa os espaços e em contato com o qual vivemos sem suspeitar, como acontece com o mundo dos infinitamente pequenos, que ignorávamos até a invenção do microscópio.
Os espíritos não são, pois, seres abstratos, vagos e indefinidos, mas concretos e circunscritos. Para aparecerem aos olhos dos mortais falta-lhes apenas que se tornem visíveis. Segue-se, pois, que se num dado momento pudessem erguer a cortina que os oculta à nossa vista, constituiriam uma verdadeira população ao nosso redor.
Encontram-se os Espíritos por toda parte. Estão entre nós, ao nosso lado, observando-nos incessantemente. Mercê de sua contínua presença entre nós, os Espíritos tornam-se agentes de diversos fenômenos. Desempenham um papel importante no mundo

Nenhum comentário: