A
natureza é cobiçosa, antes quer receber do que dar; gosta de ter coisas
próprias e particulares.
Mas
a graça é generosa e liberal, foge de singularidades, contenta-se com pouco e
considera "maior felicidade o dar que o receber" (At 20,35).
A
natureza inclina-se para as criaturas, para a própria carne, para as vaidades e
passatempos.
Mas
a graça nos conduz a Deus e às virtudes, renuncia às criaturas, foge do mundo,
detesta os apetites carnais, restringe as vagueações e peja-se de aparecer em
público.
A
natureza gosta de ter qualquer consolação exterior com que deleite os
sentidos.
A
graça, porém, só em Deus procura seu consolo e se delicia no sumo bem, mais que
em todas as coisas visíveis.
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