A POSSE DO REINO
“Confirmando os ânimos dos discípulos, exortando-os a
permanecer na fé, e dizendo que por muitas tribulações nos importa entrar no
reino de Deus.” – (Atos, 14:22.)
O Evangelho a ninguém engana, em seus ensinamentos.
É vulgar a preocupação dos crentes tentando subornar as
forças divinas. Não será, no entanto, ao preço de muitas missas, muitos hinos
ou muitas sessões psíquicas que o homem efetuará a sublime aquisição de
espiritualidade excelsa.
Naturalmente, toda prática edificante deve ser aproveitada
por elemento de auxilio, no entanto, compete a cada individualidade humana o
esforço iluminativo.
A Boa Nova não distribui indulgências a preço do mundo e a
criatura encontra inúmeros caminhos para a ascensão.
Templos e instrutores se multiplicam e cada qual oferece
parcelas de socorro ou assistência, no serviço de orientação; contudo, a
entrada e posse na herança eterna se verificará através de justos testemunhos.
Isto não é acidental. É medida lógica e necessária.
Não se improvisam estátuas raras, sem golpes de escopro,
como não se colhe trigo sem campo lavrado.
Não poucos aprendizes costumam interpretar certas
advertências do Evangelho por excesso de exortação ao sofrimento, no entanto, o
que lhes parece obsessão pela dor é imperativo de educação da alma para a vida
imperecível.
Homem algum encontrará o estuário infinito das energias
divinas, sem o concurso das tribulações da Terra.
Personalidade sem luta, na Crosta Planetária, é alma
estreita. Somente o trabalho e o sacrifício, a dificuldade e o obstáculo, como
elementos de progresso e auto superação, podem dar ao homem a verdadeira
notícia de sua grandeza.
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