Esforço e oração
“E, despedida a multidão, subiu ao monte a fim de
orar, à parte. E, chegada já a tarde, estava ali só.” – (Mateus, 14:23.)
De vez em
quando, surgem grupos religiosos que preconizam o absoluto retiro das lutas
humanas para os serviços da oração.
Nesse
particular, entretanto, o Mestre é sempre a fonte dos ensinamentos vivos. O
trabalho e a prece são duas características de sua atividade divina.
Jesus
nunca se encerrou a distância das criaturas, com o fim de permanecer em
contemplação absoluta dos quadros divinos que lhe iluminavam o coração, mas
também cultivou a prece em sua altura celestial.
Despedida
a multidão, terminado o esforço diário, estabelecia a pausa necessária para
meditar, à parte, comungando com o Pai, na oração solitária e sublime.
Se alguém
permanece na Terra, é com o objetivo de alcançar um ponto mais alto, nas
expressões evolutivas, pelo trabalho que foi convocado a fazer. E, pela oração,
o homem recebe de Deus o auxílio indispensável à santificação da tarefa.
Esforço e
prece completam-se no todo da atividade espiritual.
A criatura
que apenas trabalhasse, sem método e sem descanso, acabaria desesperada, em
horrível secura do coração; aquela que apenas se mantivesse genuflexa estaria
ameaçada de sucumbir pela paralisia e ociosidade.
A oração
ilumina o trabalho, e a ação é como um livro de luz na vida espiritualizada.
Cuida de
teus deveres porque para isso permaneces no mundo, mas nunca te esqueças desse
monte, localizado em teus sentimentos mais nobres, a fim de orares “à parte”,
recordando o Senhor.
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