“E
para que sejamos livres de homens dissolutos e maus, porque a fé não é de
todos.” – Paulo. (2ª Epístola aos Tessalonicenses, 3:2.)
Dirigindo-se
aos irmãos de Tessalônica, o apóstolo dos gentios rogou-lhes concurso em favor
dos trabalhos evangélicos, para que o serviço do Senhor estivesse isento dos
homens maus e dissolutos, justificando apelo com a declaração de que a fé não é
de todos.
Através
das palavras de Paulo, percebesse-lhe a certeza de que as criaturas perversas
se aproximariam dos núcleos de trabalho cristianizante, que a malícia delas
poderia causar-lhes prejuízos e que era necessário mobilizar os recursos do
espírito contra semelhante influência.
O
grande convertido, em poucas palavras, gravou advertência de valor infinito,
porque, em verdade, a cor religiosa caracterizará a vestimenta exterior de
comunidades inteiras, mas a fé será patrimônio somente daqueles que trabalham
sem medir sacrifícios, por instalá-la no santuário do próprio mundo íntimo. A
rotulagem de cristianismo será exibida por qualquer pessoa; todavia, a fé
cristã revelar-se-á pura, incondicional e sublime em raros corações. Muita
gente deseja assenhorear-se dela, como se fora mera letra de câmbio, enquanto que
inúmeros aprendizes do Evangelho a invocam, precipitados, qual se fora
borboleta irradia. Esquecem-se, porém, de que se as necessidades materiais do
corpo reclamam esforço pessoal diário, as necessidades essenciais do espírito
nunca serão solucionadas pela expectação inoperante.
Admitir
a verdade, procurá-la e acreditar nela são atitudes para todos; contudo, reter
a fé viva constitui a realização divina dos que trabalharam, porfiaram e
sofreram pela adquirir.
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