O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPÍTULO 28
COLETÂNEA
DE PRECES ESPÍRITAS
Introdução
1 - Preces em geral;
2 - Preces para si mesmo;
3 - Preces pelos encarnados;
4 - Preces pelos desencarnados;
5 - Preces pelos doentes e os obsedados.
1 PRECES EM
GERAL
5. PELOS
DOENTES E OBSEDIADOS
Pelos doentes
79. Prece (pelo doente)
Meu Deus, vossas vontades são impenetráveis, e, em vossa
sabedoria, entendestes que... Fosse atingido (a) pela doença. Lançai, eu vos
suplico, um olhar de compaixão sobre seus sofrimentos e dignai-vos a colocar
fim a isso.
Bons Espíritos, ministros do Todo Poderoso, reforçai, eu
vos peço, meu desejo de aliviá-lo (a); dirigi meu pensamento a fim de que vá
derramar um bálsamo salutar sobre seu corpo e a consolação em sua alma.
Inspirai-lhe a paciência e a submissão à vontade de Deus;
dai-lhe a força para suportar suas dores com resignação cristã, a fim de que
não perca o fruto dessa prova. (Veja
neste Capítulo a prece v: 57.)
80. Prece (para o médium curador)
Meu Deus, se vos dignardes servir-vos de mim, mesmo
indigno como sou, posso curar este sofrimento, se essa é vossa vontade, pois
tenho fé em Vós; mas sem Vós não sou nada. Permiti aos bons Espíritos me transmitam
os fluidos salutares, a fim de que eu os possa doar a este doente, e desviai de
mim todo pensamento de orgulho e de egoísmo que poderia alterar a pureza desta
ação.
Pelos obsidiados
81. Instrução Preliminar
A obsessão é a ação continuada que um mau Espírito exerce sobre
um indivíduo. Apresenta características muito diversas, desde a simples
influência moral, sem sinais exteriores que se percebam, até a completa
perturbação do organismo e das faculdades mentais.
Ela obstrui todas as faculdades mediúnicas. Na mediunidade
psicográfica, isto é, da escrita, ela se traduz pela teimosia de um Espírito em
se manifestar, não permitindo que outros se manifestem.
Ao redor da Terra, há grande quantidade de maus Espíritos,
devido à inferioridade moral dos seus habitantes. Sua ação maléfica faz parte
dos flagelos dos quais a Humanidade é o alvo na Terra. A obsessão, como as
doenças, e como todas as tribulações da vida, deve, pois, ser considerada como
uma prova ou uma expiação, e aceita como tal.
Da mesma forma que as doenças são o resultado das
imperfeições físicas que tornam o corpo acessível às más influências
exteriores, a obsessão é sempre o resultado de uma imperfeição moral que dá acesso
a um Espírito mau. A uma causa física se opõe uma força física; a uma causa
moral é preciso opor uma força moral. Para se preservar das doenças,
fortifica-se o corpo; para se garantir contra a obsessão, é preciso fortificar
a alma; daí, para o obsidiado, a necessidade de trabalhar a sua própria
melhoria, o que muitas vezes basta para livrá-lo do obsessor, sem o socorro de
pessoas estranhas. Esse socorro torna-se necessário quando a obsessão• degenera
em subjugação• e em possessão•, porque, o paciente perde, por vezes, à vontade
e o livre-arbítrio.
A obsessão é quase sempre o resultado de uma vingança
exercida por um Espírito e que muitas vezes tem sua origem nas relações que o obsedados
teve com ele em uma existência anterior. (Veja
nesta obra Caps. 10:6; e 12:5 e 6.)
Nos casos de obsessão grave, o obsidiado está como que envolvido
e impregnado por um mal fluido que neutraliza a ação dos fluidos salutares e os
repele. É desse fluido que é preciso livrá-lo; mas um mal fluido não pode ser
repelido por um igualmente mau. Por uma ação idêntica à do médium curador nos
casos de doenças, é preciso expulsar o fluido mau com a ajuda de um fluido bom,
que produz de certo modo o efeito semelhante ao de um reagente. Essa é a ação
mecânica, mas não é suficiente; é preciso também, e, sobretudo, agir sobre o ser (Espírito) inteligente, com
o qual é preciso falar com autoridade, e essa autoridade só é dada pela
superioridade moral; quanto maior ela for, maior será a autoridade.
Ainda não é tudo. Para assegurar a libertação, é preciso
levar o Espírito perverso a renunciar às suas más intenções; é preciso fazer nele
nascer o arrependimento e o desejo do bem, com a ajuda de instruções habilmente
dirigidas, nas evocações particulares feitas visando à sua educação moral.
Então, pode-se ter a dupla satisfação de libertar um encarnado e de converter
um Espírito imperfeito.
A tarefa torna-se mais fácil quando o obsidiado, ao
compreender sua situação, colabora com boa vontade e com suas preces. Dá-se o contrário
quando o obsidiado, seduzido pelo Espírito enganador, ilude-se pelas qualidades
daquele que o domina e se satisfaz no erro onde este último o lança; então,
longe de ajudar, recusa toda assistência. É o caso da fascinação*, sempre mais
difícil de resolver do que a subjugação mais violenta.
Em todos os casos obsessivos, a prece é o mais poderoso
auxiliar na ação de esclarecimento do Espírito obsessor. (Consulte O Livro
dos Médiuns, Cap. 23.)
CONTINUA
AMANHA
Nenhum comentário:
Postar um comentário