quinta-feira, 8 de setembro de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO  27
PEDI E OBTEREIS
Qualidades da prece      
Eficiência da prece  
Ação da prece
Transmissão do pensamento   
Preces que se entendam
Da prece pelos mortos e pelos Espíritos sofredores
Instruções dos Espíritos: Maneira de orar
A felicidade que a prece oferece

DA PRECE PELOS MORTOS E PELOS ESPÍRITOS SOFREDORES
18 Os Espíritos sofredores clamam por preces, e elas lhes são proveitosas, porque, ao ver que são lembrados, sentem-se mais reconfortados e menos infelizes. Além disso, a prece tem para eles uma ação mais direta: reanima sua coragem, estimula neles o desejo de elevar-se pelo arrependimento, pela reparação, e pode desviá-los do pensamento do mal. É nesse sentido que ela pode aliviar e abreviar-lhes os sofrimentos. (Consulte O Céu e o Inferno, 2a . parte: Exemplos.)
19 Há pessoas que não admitem a prece pelos mortos porque conforme creem, há para a alma duas alternativas apenas: ser salva ou condenada às penalidades eternas, resultando, em ambos os casos, na inutilidade da prece. Sem discutir o valor dessa crença, admitamos, por um instante, a existência dos sofrimentos eternos e imperdoáveis e que nossas preces sejam impotentes para pôr um fim a isso. Perguntamos se, nesta hipótese, é lógico, é caridoso, é cristão não orar pelos condenados? Essas preces, por mais impotentes que sejam para libertá-los, não são para eles um sinal de piedade que pode suavizar seus sofrimentos? Na Terra, quando um homem é condenado à prisão perpétua, mesmo quando não se tenha nenhuma esperança de obter para ele o perdão, é proibido a uma pessoa caridosa ir aliviar-lhe os sofrimentos? Quando alguém é atingido por um mal incurável, e só porque não há nenhuma esperança de cura, deve-se abandoná-lo sem nenhuma consolação? Lembrai-vos de que entre os condenados pode estar uma pessoa que vos foi querida, um amigo, talvez um pai, uma mãe ou um filho, e, só porque alguns pensam que ele não poderá ser perdoado, acaso lhe recusaríeis um copo d’água para matar a sede? Um remédio para curar suas feridas? Não faríeis por ele o que faríeis por um prisioneiro? Não lhe daríeis uma prova de amor e de consolação? Negando-lhe tudo isso, não seríeis cristãos.
Uma crença que endurece o coração não pode estar unida à de um Deus que coloca em primeiro lugar os deveres de amor ao próximo.
Negar a eternidade dos sofrimentos não quer dizer que não existam penalidades temporárias, porque Deus, na sua justiça, não confunde o bem com o mal. Portanto, negar, neste caso, a eficiência da prece seria negar a eficiência da consolação, dos encorajamentos e dos bons conselhos; seria negar a força que se recebe da assistência moral daqueles que nos querem bem.
20. Outros se baseiam numa razão mais enganadora: a imutabilidade dos decretos divinos. Deus, dizem eles, não pode mudar suas decisões a pedido das criaturas, porque, nesse caso, nada seria estável no mundo. O homem, portanto, não tem nada que pedir a Deus senão somente submeter-se e adorá-Lo.
CONTINUA AMANHA

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