segunda-feira, 12 de setembro de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO  28
COLETÂNEA DE PRECES ESPÍRITAS
Introdução  
1. Os Espíritos sempre disseram: “A forma não é nada, o pensamento é tudo”. Cada um deve orar conforme suas convicções e do modo que mais lhe agrade, e que mais vale um bom pensamento do que muitas palavras que não tocam o coração”.
Os Espíritos nunca determinaram uma fórmula-padrão de preces; quando a dá, é apenas para fixar as idéias e para chamar a atenção sobre alguns princípios da Doutrina Espírita. Tem também como objetivo ajudar as pessoas que sentem dificuldade em expressar suas idéias, pois há quem pense não ter orado se seus pensamentos não foram bem formulados.
A coletânea de preces contidas neste capítulo é uma seleção dentre as que foram ditadas pelos Espíritos em diferentes ocasiões, em termos apropriados a certas idéias ou a casos especiais; mas pouco importa a forma se o pensamento fundamental é o mesmo. O objetivo da prece é o de elevar nossa alma a Deus; a diversidade das fórmulas não deve estabelecer nenhuma diferença entre os que nele creem e, ainda menos, entre os espíritas, pois Deus aceita todas quando são sinceras.
Não se deve considerar esta seleção como um formulário único, mas apenas como uma variedade entre as instruções que os Espíritos dão. É uma aplicação dos princípios da moral evangélica desenvolvidos neste livro, um complemento dos seus ditados sobre os deveres para com Deus e o próximo, em que são lembrados todos os princípios da Doutrina Espírita.
O Espiritismo reconhece como boas as preces de todos os cultos quando ditas de coração, e não da boca para fora. Não impõe e nem censura nenhuma. Deus é infinitamente grande, conforme a Doutrina Espírita nos ensina, para não ouvir a voz que implora ou Lhe canta louvores, quer o faça de um ou de outro modo. Todo aquele que lançasse a maldição contra as preces que não fazem parte de seu formulário provaria que desconhece a grandeza de Deus. Acreditar que Deus se apegue a uma fórmula é atribuir-Lhe a pequenez e as paixões da Humanidade.
Uma condição essencial da prece, conforme nos diz o apóstolo Paulo (veja nesta obra Cap. 27:16), é a de ser inteligível, bem compreendida, a fim de que possa ser sentida com a alma; precisa ser dita numa língua entendida por aquele que ora. Há preces em linguagem comum que não dizem muito mais ao pensamento do que se fossem feitas numa linguagem desconhecida e que, por isso mesmo, não tocam o coração. As raras idéias que encerram são, muitas vezes, sufocadas pela grande quantidade de palavras e pelas idéias místicas da linguagem.
As principais qualidades da prece são: a clareza, simplicidade e precisão, sem excesso de palavras, nem adjetivações inúteis que apenas são enfeites de brilho falso; cada palavra deve ter sua importância, revelar uma ideia, tocar a alma, deve nos fazer pensar.
Somente com essa condição a prece pode atingir seu objetivo; de outro modo, é apenas palavreado. Notai com que ar de distração e desinteresse as preces são ditas na maioria dos casos. Veem-se lábios que se movimentam, mas, na expressão do rosto e mesmo no som da voz, se reconhece que é um automatismo, puramente exterior, ao qual a alma permanece indiferente.
As preces reunidas nesta coletânea estão divididas em cinco categorias:
1 - Preces em geral;
2 - Preces para si mesmo;
3 - Preces pelos encarnados;
4 - Preces pelos desencarnados;
5 - Preces pelos doentes e os obsedados.
Com o fim de chamar a atenção mais particularmente sobre o objetivo de cada prece e tornar mais compreensível o seu sentido, são todas precedidas de uma exposição de motivos sob o título de Instrução Preliminar.
CONTINUA AMANHA

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