O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPÍTULO 21
HAVERÁ
FALSOS CRISTOS E FALSOS PROFETAS
Conhece-se
a árvore pelos frutos
Missão
dos profetas •
Prodígios
dos falsos profetas
Não
acrediteis em todos os Espíritos
Instruções dos Espíritos:
Os falsos profetas
Características
do verdadeiro profeta
Os
falsos profetas da erraticidade•
Jeremias
e os falsos profetas
NÃO
ACREDITEIS EM TODOS OS ESPÍRITOS
6.
Meus bem-amados, não acrediteis em todos os Espíritos, mas provai se os
Espíritos são de Deus, pois muitos falsos profetas se têm levantado no mundo.
(João, 1ª. Epístola, 4:1)
7. Os fenômenos espíritas, longe de confirmarem os falsos
cristos e os falsos profetas, como algumas pessoas gostam de dizer, vêm, ao contrário,
dar-lhes o golpe mortal. Não peçais ao Espiritismo milagres nem prodígios, pois
ele declara formalmente que não os produz. Assim como a Física, a Química, a
Astronomia e a Geologia vieram revelar as leis do mundo material, ele vem revelar
outras leis desconhecidas, aquelas que regem as relações entre o mundo corporal
e o mundo espiritual, e que, tanto quanto as leis científicas são leis da
Natureza.
Ao explicar certa ordem de fenômenos até então
incompreendidos, o Espiritismo destrói o que ainda permanecia sob o domínio do maravilhoso.
Aqueles que estivessem tentados a explorar esses fenômenos em seu proveito,
fazendo-se passar por messias de Deus, não poderiam abusar por muito tempo da credulidade,
e logo seriam desmascarados. Aliás, como já ficou dito, só esses fenômenos por
si mesmos nada provam: a missão se prova por efeitos morais que nem todos podem
produzir. Eis um dos resultados do desenvolvimento da Ciência Espírita;
pesquisando a causa de certos fenômenos, ela levanta o véu de muitos mistérios.
Aqueles que preferem a obscuridade à luz são os únicos interessados em combatê-la;
mas a verdade é como o sol: dissipa os nevoeiros mais densos.
O Espiritismo vem revelar outra categoria bem mais perigosa de falsos
cristos e de falsos profetas, que se encontram não entre os homens, mas entre
os desencarnados: é a dos Espíritos embusteiros, hipócritas, orgulhosos e
falsos sábios, que, da Terra, passaram para a erraticidade•, e se disfarçam com
nomes veneráveis para procurar, disfarçados pela máscara com que se cobrem,
tornar suas ideias aceitáveis, frequentemente as mais extravagantes e absurdas.
Antes que as relações mediúnicas fossem conhecidas, eles atuavam com menos
ostentação, menos pompa, pela inspiração, pela mediunidade inconsciente,
auditiva ou de incorporação. O número daqueles que, em diversas épocas, mas
principalmente nesses últimos tempos, se apresentaram como uns dos antigos
profetas, como o Cristo, como Maria, mãe do Cristo, e até mesmo como Deus, é
considerável. O apóstolo João nos previne contra eles quando diz: Meus bem-amados, não acrediteis em todos os Espíritos, mas
provai se os Espíritos são de Deus;
pois muitos falsos profetas têm surgido no mundo. O Espiritismo dá os
meios de pô-los à prova ao indicar as características pelas quais se reconhecem
os bons Espíritos, características sempre
morais e nunca materiais. (1)
É para distinguir entre os bons e os maus Espíritos que podem, sobretudo, se
aplicar estas palavras de Jesus: Reconhece-se
a qualidade da árvore pelo seu fruto;
uma boa árvore não pode produzir maus
frutos, e uma árvore má não pode produzir bons frutos. Julgam-se os
Espíritos pela qualidade de suas obras, como a uma árvore pela qualidade de
seus frutos.
CONTINUA
AMANHA
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