segunda-feira, 29 de agosto de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO  25
BUSCAI E ACHAREIS
Ajuda-te, e o Céu te ajudará.
Observai os pássaros do céu.
Não vos inquieteis pela posse do ouro. 

OBSERVAI OS PÁSSAROS DO CÉU
6. Não acumuleis tesouros na Terra, onde a ferrugem e os vermes  os consumirão, onde os ladrões os desenterram e os roubam; acumulai tesouros no Céu, onde nem a ferrugem, nem os vermes os consumirão; onde os ladrões não penetram nem roubam, pois, onde está vosso tesouro, também está o vosso coração.
É por isso que vos digo: Não vos inquieteis por encontrar o que comer para o sustento de vossa vida, nem por terdes roupas para cobrir vosso corpo. A vida não é mais do que o alimento, e o corpo mais do que a roupa?
Observai os pássaros do céu: eles não semeiam e não colhem, e não guardam nada nos celeiros; mas vosso Pai Celeste os alimenta; vós não sois muito mais do que eles? E quem é aquele dentre vós que pode, com todos os seus cuidados, acrescentar à sua estatura a altura de um côvado*?
Por que também vos inquietais pela roupa? Observai como crescem os lírios dos campos; eles não trabalham, nem fiam; e, entretanto, eu vos declaro que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, nunca se vestiu como um deles. Se, pois, Deus tem o cuidado de vestir desse modo uma erva dos campos, que hoje existe e que amanhã será lançada na fornalha, quanto mais cuidado terá em vos vestir, homens de pouca fé!
Não vos inquieteis, dizendo: Que comeremos ou o que beberemos, ou com o que nos vestiremos? – como fazem os pagãos que procuram todas essas coisas; vosso Pai sabe que tendes necessidades delas.
Buscai, pois, primeiramente o reino de Deus e sua justiça, e todas essas coisas vos serão dadas de acréscimo. Por isso, não fiqueis inquietos pelo dia de amanhã, pois o amanhã cuidará de si mesmo. A cada dia basta a sua aflição. (Mateus, 6:19 a 21, 25 a 34)
7. As palavras do ensinamento de Jesus, interpretadas ao pé da letra, seriam a negação de toda a previdência, de todo o trabalho e, por conseguinte, de todo o progresso. Dessa forma, o homem seria reduzido a um espectador passivo; suas forças físicas e intelectuais não teriam atividade. Se essa tivesse sido sua condição normal na Terra, jamais teria saído do estado primitivo e, se fizesse dessa condição sua lei atual, viveria sem ter nada a fazer. Esse não pode ter sido o pensamento de Jesus, pois estaria em contradição com o que disse, em outras vezes, e com as próprias leis da Natureza. Deus criou o homem sem roupas e sem abrigo, mas deu-lhe a inteligência para fabricá-los. (Veja nesta obra Caps. 16:6; e 25:2.)
Estas palavras devem ser entendidas apenas como uma alegoria• poética da Providência, que jamais abandona os que nela depositam sua confiança, mas que, por seu lado, trabalham. Se nem sempre vem em ajuda com o socorro material, inspira-lhes ideias com as quais encontram os meios de se livrar das dificuldades por si mesmos. (Veja nesta obra Cap. 27:8.)
Deus conhece nossas necessidades, e as atende segundo o necessário.
O homem, sempre insatisfeito em seus desejos, nem sempre se contenta com o que tem. O necessário já não lhe basta, tem necessidade do supérfluo. A Providência deixa-o entregue à própria sorte.
Torna-se então infeliz por sua própria culpa e por ter ignorado a voz interior que o advertia em sua consciência. Deus o deixa sofrer as consequências disso, a fim de que lhe sirvam de lição para o futuro. (Veja nesta obra Cap. 5:4.)
8. A Terra produzirá o suficiente para alimentar a todos os seus habitantes quando os homens souberem administrar os bens que ela dá, segundo as leis de justiça, de caridade e de amor ao próximo.
Quando a fraternidade reinar entre os diversos povos, como entre as províncias de um mesmo império, o supérfluo momentâneo de um suprirá a insuficiência momentânea do outro, e todos terão o necessário.
O rico, então, se considerará como um homem que tem uma grande quantidade de sementes. Se as plantar, produzirão ao cêntuplo para ele e para os outros. Se as comer sozinho, ou se desperdiçar o excedente do que não conseguiu comer, elas não produzirão nada, e delas não tirará proveito para os outros. Se as guardar em seu celeiro, os vermes as comerão. Foi por isso que Jesus disse: Não acumuleis tesouros na Terra, pois são perecíveis, mas acumulai-os no Céu, onde são eternos. Em outras palavras, não vos apegueis demasiadamente aos bens materiais e nem lhes deis mais importância do que aos bens espirituais, e aprendei a sacrificar os primeiros em benefício dos segundos. (Veja nesta obra Cap. 16:7 e seguintes.)
Não é com leis que se decretam a caridade e a fraternidade. Se elas não estiverem no coração do homem, o egoísmo imperará sempre.
Cabe ao Espiritismo fazê-las penetrar nele.
* N. E. - Côvado: antiga medida de comprimento que correspondia aproximadamente a 65 cm (três palmos).
CONTINUA AMANHA

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