quarta-feira, 17 de agosto de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO  23
MORAL ESTRANHA
Quem não odiar seu pai e sua mãe.
Abandonar pai, mãe e filhos.
Deixai os mortos enterrar seus mortos.
Não vim trazer a paz, mas a divisão.

NÃO VIM TRAZER A PAZ, MAS A DIVISÃO

. Não penseis que vim trazer a paz à Terra; não vim trazer a paz e, sim, a espada; pois vim separar o homem de seu pai, a filha de sua mãe e a nora da sogra; e o homem terá como inimigos aqueles de sua casa. (Mateus, 10:34 a 36)
10. Vim lançar o fogo à Terra; e o que mais desejo senão que ele se acenda? Devo ser batizado com um batismo, e quão grande é minha angústia até que ele se cumpra!
Acreditais que vim trazer a paz à Terra? Não, eu vos asseguro, mas, pelo contrário, a divisão; pois, de hoje em diante, se se encontrarem cinco pessoas em uma casa, ficarão umas contra as outras: três contra duas e duas contra três. O pai contra o filho, e o filho contra o pai; a mãe contra a filha, e a filha contra a mãe; a sogra contra a nora, e a nora contra a sogra. (Lucas, 12:49 a 53)
11. Será mesmo possível que Jesus, a personificação da doçura e da bondade, aquele que sempre pregou o amor ao próximo, tenha dito: Não vim trazer a paz, e sim a espada; vim separar o filho do pai, o esposo da esposa; vim lançar o fogo à Terra e tenho pressa de que ele se acenda? Estas palavras não estão em flagrante contradição com seu ensinamento? Não é uma blasfêmia atribuir-lhe a linguagem de um conquistador sanguinário e devastador? Não. Não há blasfêmia nem contradição nestas palavras, pois foi exatamente Ele quem as pronunciou, e elas testemunham sua alta sabedoria. Apenas a forma causa estranheza, por não expressar exatamente seu pensamento, o que provocou enganos quanto ao seu verdadeiro sentido. Tomadas ao pé da letra, tenderiam a transformar sua missão, totalmente pacífica, em uma missão de perturbação e discórdias, consequência absurda que o bom-senso descarta, pois Jesus não podia contradizer-se. (Veja nesta obra Cap. 14:6.)
12. Toda idéia nova encontra forçosamente oposição, e não houve uma única que se estabelecesse sem lutas. Nestes casos, a resistência é proporcional à importância dos resultados previstos, pois, quanto maior for a idéia, tanto maior será o número de interesses ameaçados. Se for notoriamente falsa, considerada sem conseqüências, ninguém se perturbará com ela, e a deixam passar, sabendo que não tem vitalidade. Mas se for verdadeira, se assentada em uma base sólida, se preveem futuro para ela, um secreto pressentimento adverte seus opositores de que ela é um perigo para eles e para a ordem das coisas em cuja manutenção estão interessados. Eis por que se lançam contra ela e contra seus seguidores.
A medida da importância e dos resultados de uma idéia nova se encontra, assim, na agitação emocional que seu aparecimento provoca, na violência da oposição que ela desperta, na intensidade e persistência da raiva de seus adversários.
13. Jesus vinha proclamar uma doutrina que destruiria pelas bases os abusos nos quais viviam os fariseus, os escribas e os sacerdotes de seu tempo; por isso o fizeram morrer, acreditando que, matando o homem, matariam a idéia, mas a idéia sobreviveu, porque era verdadeira.
Cresceu, porque estava nos desígnios de Deus, e, nascida numa pequena vila da Judéia, foi plantar sua bandeira na própria capital do mundo pagão de frente a seus inimigos mais sanguinários, daqueles que tinham o maior interesse em combatê-la, pois aniquilava as crenças seculares a que muitos se apegavam, mais por interesse do que por convicção. Lutas das mais terríveis esperavam aí seus apóstolos; as vítimas foram inumeráveis, mas a idéia cresceu sempre e saiu triunfante porque superava, como verdade, suas antecessoras.
CONTINUA AMANHA

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