terça-feira, 5 de julho de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO 16
NÃO SE PODE SERVIR A DEUS E A MAMON
Salvação dos ricos
Resguardar-se da avareza • Jesus na casa de Zaqueu
Parábola do mau rico • Parábola dos talentos
Utilidade providencial da riqueza. Provas da riqueza e da miséria
Desigualdade das riquezas 
Instruções dos Espíritos:
 A verdadeira propriedade
Emprego da riqueza • Desprendimento dos bens terrenos
Transmissão da riqueza 
EMPREGO DA RIQUEZA
Fénelon - Argel, 1860

13. O homem, sendo o depositário, o administrador dos bens que Deus lhe depositou nas mãos, terá que prestar contas rigorosas do emprego que deles fizer, por seu livre-arbítrio•. O mau uso consiste em fazê-los servir apenas à satisfação pessoal; ao contrário, o uso é bom todas as vezes que resultar num benefício para o próximo, e o mérito será proporcional ao sacrifício que para isso se impôs. A beneficência é apenas um dos modos de empregar a riqueza. Ela alivia a miséria atual, mata a fome, protege do frio e dá asilo ao abandonado. Além disso, há um dever igualmente imperioso, meritório, o de prevenir a miséria. Eis a missão das grandes fortunas: gerar trabalhos de toda a espécie e executá-los; e ainda que dessa atividade resulte um legítimo ganho em favor dos que assim as empregam, o bem não deixaria de existir, pois o trabalho desenvolve a inteligência e eleva a dignidade do homem, permitindo-lhe dizer com satisfação que ganha o pão que o alimenta, enquanto a esmola humilha e envergonha.
A fortuna concentrada em uma só mão deve ser como uma fonte de água viva*, que espalha a fecundidade e o bem-estar ao seu redor. Ricos, vós que a empregardes conforme a vontade de vosso Senhor, vosso próprio coração será o primeiro a beneficiar-se dessa fonte generosa; tereis nesta vida os indescritíveis prazeres da alma, ao invés dos prazeres materiais do egoísta, que deixam um vazio no coração. Vosso nome será abençoado na Terra, e, quando a deixardes, o soberano Senhor vos dirigirá a palavra da parábola dos talentos: Bom e fiel servidor entrai no gozo de vosso Senhor! Nesta parábola, o servidor que enterrou na terra o dinheiro que lhe foi confiado não é a imagem das pessoas avarentas, nas mãos das quais a riqueza é improdutiva? Se, no entanto, Jesus fala principalmente das esmolas, é que no seu tempo, e no país onde vivia, ainda não se conheciam os trabalhos que as artes e as indústrias mais tarde criariam, e nos quais a riqueza pode ser empregue utilmente, para o bem geral. A todos os que podem dar, pouco ou muito, direi: Dai a esmola quando for necessário, mas, tanto quanto possível, convertei- a em salário, a fim de que aquele que a recebe não tenha do que se envergonhar.
CONTINUA AMANHA

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