segunda-feira, 4 de julho de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO 16
NÃO SE PODE SERVIR A DEUS E A MAMON
Salvação dos ricos
Resguardar-se da avareza • Jesus na casa de Zaqueu
Parábola do mau rico • Parábola dos talentos
Utilidade providencial da riqueza. Provas da riqueza e da miséria
Desigualdade das riquezas 
Instruções dos Espíritos:
 A verdadeira propriedade
Emprego da riqueza • Desprendimento dos bens terrenos
Transmissão da riqueza 
EMPREGO DA RIQUEZA
Cheverus - Bordeaux, 1861

11. Não podeis servir a Deus e a Mamon; guardai bem isso, vós, a quem o amor pelo ouro domina, que venderíeis vossa alma para possuir tesouros, pois eles podem vos elevar acima dos outros homens e vos dar as alegrias das paixões. Não, não podeis servir a Deus e a Mamon! Se, portanto, sentirdes vossa alma dominada pela cobiça da carne, apressai-vos em vos libertar desse domínio que vos esmaga, pois Deus, justo e severo, vos dirá: O que fizeste, depositário infiel, dos bens que te confiei? Tu empregaste esse poderoso instrumento das boas obras apenas para a tua satisfação pessoal.
Qual é, pois, o melhor emprego da riqueza? Procurai nestas palavras: Amai-vos uns aos outros, a solução desse problema; aí está o segredo do bom emprego das riquezas. Aquele que ama ao seu próximo já tem a sua linha de conduta traçada. A aplicação da riqueza que mais agrada a Deus é na caridade: não na caridade fria e egoísta, que consiste em distribuir ao redor de si o supérfluo de uma desgraça e a socorre sem humilhá-la. Rico, dá do teu supérfluo; faze melhor: dá um pouco do teu necessário, pois teu necessário ainda é excessivo, e dá com sabedoria. Não rejeites o pranto, com medo de seres enganado, mas vai à origem do mal; ajuda primeiro, informa-te em seguida, e vê se o trabalho, os conselhos, até mesmo a afeição não serão mais eficientes do que a tua esmola. Espalha ao redor de ti, com abundância, o amor a Deus, o amor ao trabalho e o amor ao próximo. Coloca tuas riquezas sobre uma base segura que te garantirá grandes lucros: as boas obras. A riqueza da inteligência deve te servir como a do ouro; espalha ao teu redor os tesouros da instrução, e sobre teus irmãos os tesouros do teu amor, e eles frutificarão.
Um Espírito Protetor - Cracóvia, 1861
12. Quando considero a brevidade da vida, causa-me dolorosa impressão o fato de terdes como objetivo incessante a conquista do bem-estar material, ao passo que dedicais tão pouca importância e consagrais apenas pouco ou nenhum tempo ao vosso aperfeiçoamento moral, que vos será levado em conta por toda eternidade. Diante da atividade que desenvolveis, seria de se acreditar tratar-se de uma questão do mais elevado interesse para a Humanidade, mas ela, quase sempre, é para atender aos vossos exageros, às vaidades e ao vosso gosto pelos excessos. Quantas penas, quantos cuidados e tormentos, quantas noites em claro para aumentar uma fortuna muitas das vezes já mais do que suficiente! O cúmulo do absurdo é ver, não raro, aqueles que têm um amor imoderado pela fortuna e pelos prazeres que ela proporciona sujeitarem-se a um trabalho árduo, vangloriarem-se de uma existência dita de sacrifício e mérito, como se trabalhassem para os outros e não para si mesmos. Insensatos! Acreditais, então, realmente, que vos serão levados em conta os cuidados e os esforços que fazeis movidos pelo egoísmo, a vaidade e o orgulho, enquanto esqueceis o cuidado com o vosso futuro, assim como dos deveres de solidariedade fraterna, obrigatórios a todos os que desfrutam das vantagens da vida social? Pensastes apenas em vosso corpo; seu bem estar, seus prazeres, foi o objetivo único de vossa preocupação egoísta; pelo corpo que morre, vos esqueceis do Espírito que viverá eternamente. Assim, esse senhor tão estimado e acariciado tornou-se o vosso tirano; comanda vosso Espírito, que se fez escravo dele.
Seria essa a finalidade da existência que Deus vos concedeu?
CONTINUA AMANHA

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