quinta-feira, 28 de julho de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO 19
A FÉ TRANSPORTA MONTANHAS
Poder da fé.
A fé religiosa • Condição da fé inabalável.  
Parábola da figueira que secou.
Instruções dos Espíritos:
A fé, mãe da esperança e da caridade.
A fé divina e a fé humana.
PARÁBOLA DA FIGUEIRA QUE SECOU
8. Quando saíram de Betânia, Jesus teve fome; e vendo ao longe uma figueira, foi até ela para ver se encontrava alguma coisa, e, ao se aproximar, encontrou apenas folhas, pois não era época de figos. Então Jesus disse à figueira: Que ninguém coma nenhum fruto de ti; foi o que seus discípulos ouviram. No dia seguinte, ao passarem pela figueira, perceberam que esta tinha se tornado seca até a raiz. E Pedro, lembrando-se das palavras de Jesus, Lhe disse: Mestre vede como a figueira que amaldiçoastes tornou-se seca. Jesus, tomando a palavra, disse: Tende fé em Deus. Eu vos digo, em verdade, que todo aquele que disser a esta montanha: tira-te daí e lança-te ao mar, sem que seu coração hesite, mas acreditando firmemente que tudo aquilo que disser acontecerá, ele o verá de fato acontecer. (Marcos, 11:12 a 14, 20 a 23)
9. A figueira que secou é o símbolo das pessoas que têm apenas a aparência do bem, mas que, na realidade, não produzem nada de bom; oradores que têm mais brilho do que solidez, cujas palavras têm o verniz da superfície, agradam aos ouvidos, mas quando são analisadas, não encontramos nada de proveitoso para o coração e, após tê-las ouvido, fica-se perguntando qual proveito que delas se tirou.
É também o símbolo de todas as pessoas que têm a oportunidade de ser úteis e não o são; de todas as utopias*, de todos os sistemas vazios e de todas as doutrinas sem base sólida. O que lhes falta, na maior parte das vezes, é a verdadeira fé, a fé produtiva, a fé que comove as fibras do coração; em uma palavra, a fé que transporta montanhas. São árvores que têm folhas, mas não têm frutos.
Eis porque Jesus as condena à esterilidade, pois chegará o dia em que ficarão secas até a raiz, ou seja, todos os sistemas, todas as doutrinas que não tiverem produzido nenhum bem para a Humanidade serão reduzidas ao nada; e todos os homens deliberadamente inúteis, que não utilizaram os recursos de que dispunham, serão tratados como a figueira que secou.
10. Os médiuns são os intérpretes dos Espíritos; suprem-lhes os organismos materiais que lhes faltam para nos transmitir suas instruções; eis porque são capacitados com dons para esse fim.
Nestes tempos atuais de renovação social, têm uma missão especial: são como árvores que devem dar o alimento espiritual aos seus irmãos. Devem multiplicar-se para que o alimento seja farto; serão encontrados em todas as partes, em todos os países, em todas as classes sociais, junto aos ricos e aos pobres, aos grandes e aos pequenos, a fim de que não faltem em nenhum lugar e para provar aos homens que todos são chamados. Mas se desviam de seu objetivo providencial o dom precioso que lhes foi concedido, a mediunidade, se a fazem servir às coisas fúteis ou prejudiciais, se a colocam a serviço dos interesses materiais, se ao invés de frutos salutares dão maus frutos, se recusam torná-la benéfica para os outros, se dela não tiram proveito para sua própria melhoria, são como a figueira estéril. Deus, então, lhes retirará um dom que se tornou inútil em suas mãos: a semente, que não souberam fazer frutificar; e assim se tornarão vítimas de maus Espíritos.
* N. E. - Utopia: projeto fantástico, coisa ilusória.
CONTINUA AMANHA

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