O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO
AMAR AO
PRÓXIMO COMO A SI MESMO
DAI A CÉSAR
O QUE É DE CÉSAR
imposto. O pagamento do tributo era, portanto, para eles,
um tema de discussões daqueles dias que os enfurecia, sem o que a pergunta a
Jesus: Devemos ou não pagar o tributo
a César?, Não teria o menor sentido. A pergunta em si já era uma cilada,
e, conforme a resposta, pretendiam jogar contra Ele a autoridade romana e os
judeus discordantes. Mas Jesus,
conhecendo sua malícia, contornou a dificuldade, dando-lhes uma lição de
justiça, mandando que se dê a cada um o que se lhe deve. (Veja na Introdução:
Publicanos.)
7. Este ensinamento: Dai
a César o que é de César, não deve ser entendido de uma maneira
ilimitada e indiscutível. Neste, como em todos os ensinamentos de Jesus, há um
princípio geral, resumido sob forma prática e usual, extraído de uma situação
particular. Esse princípio é consequente daquele que nos diz: devemos agir para
com os outros como gostaríamos que eles agissem para conosco. Ele condena todo
prejuízo material e moral que se possa causar ao próximo e toda violação dos
seus interesses, determinando que se respeitem os direitos de cada um, como
cada um deseja que se respeitem os seus. Este princípio estende-se ao cumprimento
dos deveres em relação à família, à sociedade, à autoridade, bem como a todos
os indivíduos.
A LEI DE AMOR
Lázaro - Paris, 1862
8. O amor é o sentimento que acima de tudo resume, de forma completa,
a doutrina de Jesus, e os sentimentos são os instintos que se elevam de acordo
com o progresso realizado. Na sua origem, o homem possui instintos; mais
avançado e corrompido, possui sensações; mais instruído e purificado, possui
sentimentos. No ponto mais delicado e evoluído dos seus sentimentos, surge o
amor, não o amor no sentido vulgar da palavra, mas sim o sol interior que
condensa e reúne em seu foco ardente todos os anseios e todas as sublimes
revelações. A lei de amor substitui o individualismo pela integração das
criaturas e acaba com as misérias sociais. Feliz daquele que, no decorrer de
sua vida, ama amplamente seus irmãos em sofrimento! Feliz daquele que ama, pois
não conhece nem a angústia da alma, nem a do corpo. Seus pés são leves e vive
como se estivesse transportado fora de si mesmo.
Quando Jesus pronunciou a divina palavra, amor, os povos se emocionaram, e os
mártires, cheios de esperança, desceram ao circo.
O Espiritismo, por sua vez, vem pronunciar uma segunda
palavra do alfabeto divino. Ficai atentos, pois esta palavra ergue a laje das sepulturas
vazias: é a reencarnação, que,
triunfando sobre a morte, revela ao homem deslumbrado seu patrimônio
intelectual. Ela já não
CONTINUA AMANHÁ
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