segunda-feira, 23 de maio de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO  12
AMAI OS VOSSOS INIMIGOS
Pagar o mal com o bem 
Os inimigos desencarnados
Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra.

Instruções dos Espíritos:
A vingança • O ódio • O duelo.

O DUELO
Agostinho - Bordeaux, 1861.
15. O homem do mundo, o homem feliz, que por uma palavra ofensiva, um motivo insignificante, arrisca a vida que recebeu de Deus, e arrisca a vida de seu semelhante que pertence a Deus, é cem vezes mais culpado do que o miserável que, empurrado pela cobiça, algumas vezes pela necessidade, se introduz em uma casa para roubar e mata aqueles que tentam impedi-lo. Esse último é quase sempre um homem sem educação, que tem apenas noções imperfeitas do bem e do mal, enquanto o duelista pertence sempre à classe mais esclarecida. Um mata brutalmente; o outro, com método e regras definidas, o que faz com que a sociedade o desculpe. Acrescento ainda que o duelista é infinitamente mais culpado que o infeliz que, levado por um sentimento de vingança, mata num momento de desespero. O duelista não tem de modo algum como desculpa o sentimento da violenta emoção, pois que, entre o insulto e a reparação, existe sempre um tempo para se refletir. Ele age, portanto, fria e planejadamente. Tudo é calculado e estudado para matar com mais segurança seu adversário. É bem verdade que ele arrisca sua vida, e é isso o que justifica o duelo aos olhos do mundo, porque veem nele um ato de coragem e de desprezo pela própria vida. Mas existirá verdadeira coragem quando se está seguro de si? O duelo data dos tempos selvagens, quando o direito do mais forte era a lei. Ele desaparecerá com uma análise mais criteriosa e justa do que é o verdadeiro ponto de honra e à medida que o homem tiver uma fé mais viva na vida futura.
16. Nota: Os duelos tornaram-se cada vez mais raros e se ainda vemos de vez em quando alguns dolorosos exemplos, o seu número não é mais comparável ao que foi no passado. Antigamente, um homem não saía de casa sem prever um confronto e consequentemente sempre tomava suas precauções. Um sinal característico dos costumes daqueles tempos e dos povos era o uso do porte habitual, de forma visível ou não, das armas defensivas e de ataque. A abolição desse uso já testemunha o abrandamento dos costumes e é curioso seguir-se a escala, desde a época em que os cavaleiros somente cavalgavam com armaduras de ferro e armados de lança até o uso simples da espada, tornada mais tarde apenas um enfeite, um acessório de nobreza e não uma arma agressiva. Outra característica do abrandamento dos costumes é que, antigamente, os combates pessoais aconteciam em plena rua, diante da multidão que se afastava para deixar o campo livre, e, hoje, se ocultam. Hoje, a morte de um homem é um acontecimento que provoca emoção, enquanto, antigamente, ninguém lhe dava atenção. O Espiritismo apagará esses últimos vestígios de selvageria, colocando na mente dos homens o espírito de caridade e de fraternidade.
CONTINUA AMANHA

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