O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPÍTULO 12
AMAI OS
VOSSOS INIMIGOS
Pagar o mal com o bem
Os inimigos desencarnados
Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a
outra.
Instruções dos Espíritos:
A
vingança • O ódio • O duelo.
PAGAR O MAL COM O BEM
Para aquele que crê e, especialmente, para o espírita, a
maneira de ver é completamente diferente, pois observa as coisas com as vistas
do passado e sobre o futuro, e percebe que a vida presente não é natural
encontrar nela homens maus e perversos; que as maldades das quais é vítima fazem parte de provas que deve passar, e essa noção mais esclarecida que tem o faz
ver os problemas da vida de forma
menos cruel, venham eles dos homens ou das coisas. E se ele não reclama das provas, não deve reclamar
contra aqueles que dela são os instrumentos. Se, ao invés de se
lamentar, agradecer a Deus por pô-lo
à prova, deve agradecer a mão que lhe
fornece a ocasião de mostrar sua paciência e sua resignação. Este
pensamento o leva a perdoar naturalmente
e o faz sentir que, quanto mais generoso for, mais se engrandece aos seus próprios olhos e fica fora do alcance do ódio
do seu inimigo.
O homem
que ocupa no mundo uma posição de destaque não se ofende com insultos dos seus
inferiores. Assim ocorre com aquele que se eleva, no mundo moral, acima da
Humanidade material. Ele compreende que o ódio e o rancor o fariam sentir-se
desprezível e o rebaixariam. Portanto, para ser superior a seu adversário, é
preciso que tenha a alma maior, mais nobre e mais generosa.
OS INIMIGOS
DESENCARNADOS
5. O espírita tem ainda outros motivos de indulgência para
com os seus inimigos. Primeiramente, sabe que a maldade não é o estado permanente
dos homens, mas que é devida a uma imperfeição momentânea e, do mesmo modo que
a criança se corrige dos seus defeitos, o homem mau um dia reconhecerá os seus
erros e se tornará bom.
Sabe
também que a morte apenas o livra da presença material de seu inimigo e que
este pode persegui-lo com seu ódio, mesmo após ter deixado a Terra. Sabe que
qualquer vingança que faça não atingirá o seu objetivo, ao contrário, ela terá
por efeito produzir uma irritação ainda maior, capaz de passar de uma
existência à outra. Cabia ao Espiritismo provar, pela experiência e pelas leis
que regem as relações do mundo visível com o mundo invisível, que a expressão extinguir o ódio com sangue é completamente
falsa, pois a verdade é que o sangue realimenta o ódio, mesmo além túmulo, na
erraticidade.
O
Espiritismo apresenta, em vista disto, um argumento positivo, uma utilidade
prática no perdão e no sublime ensinamento do Cristo:
Amai os vossos inimigos. De fato, não há coração tão perverso
que não se deixe tocar pelas boas ações, mesmo a contragosto. Pelas boas ações,
elimina-se o motivo da vingança contra um inimigo e pode-se fazer dele um amigo
antes e depois da sua morte. Com os maus procedimentos o homem irrita seu
inimigo, que então se constitui em
instrumento da justiça de Deus, para
punir aquele que não perdoou.
6. Podemos assim ter inimigos entre os encarnados e os
desencarnados.
Os
inimigos do mundo invisível manifestam sua maldade
CONTINUA
AMANHA
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