domingo, 15 de maio de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO  12
AMAI OS VOSSOS INIMIGOS
Pagar o mal com o bem
Os inimigos desencarnados
Se alguém vos bater na face direita, apresentai-lhe também a outra.

Instruções dos Espíritos:
A vingança • O ódio • O duelo.

PAGAR O MAL COM O BEM

Jesus não quis dizer com estas palavras que devemos ter pelo inimigo a ternura que temos por um irmão ou por um amigo. A ternura dá a entender confiança e não podemos confiar naquele que sabemos que nos quer mal. Não podemos ter para com ele as mesmas demonstrações de amizade, pois sabemos que ele é capaz de abusar disso. Entre as pessoas que desconfiam umas das outras não poderá haver os mesmos laços de simpatia que existem entre aqueles que têm a mesma maneira de pensar. Quando encontramos um inimigo, não podemos ter, para com ele, a mesma alegria que sentimos quando encontramos um amigo.
Este sentimento resulta de uma lei física: a da assimilação e da repulsão dos fluidos. O pensamento maldoso carrega em si mesmo uma corrente fluídica que causa má influência. O pensamento benevolente nos envolve com uma agradável impressão; daí a diferença de sensações que experimentamos ao nos aproximar de um amigo ou de um inimigo. Amar aos inimigos não pode significar, portanto, que não devamos diferenciá-los dos amigos. Este ensinamento só nos parece difícil, até mesmo impossível de ser praticado, porque acreditamos que ele manda dar a uns e a outros o mesmo lugar no coração, quando não é isso. Se a pobreza das línguas humanas obriga a nos servirmos de uma mesma palavra para expressar diversas formas de sentimentos, a razão nos diz que de acordo com o caso devemos diferenciar os seus significados.
Amar aos inimigos não é ter para com eles uma afeição forçada, que não é natural, já que o contato com um inimigo faz bater o coração de uma maneira totalmente diferente. Amar aos inimigos segundo este ensinamento de Jesus é não ter contra eles nem ódio, nem rancor, nem desejo de vingança. É perdoar-lhes, sem pensamento oculto e sem impor condições, o mal que nos fazem. É não colocar nenhum obstáculo à reconciliação. É desejar-lhes o bem no lugar do mal. É alegrar-se pelo bem que lhes aconteça ao invés de se entristecer. É socorrê-los em caso de necessidade. É não fazer nada que possa prejudicá-los em palavras ou em atos. É, enfim, pagar-lhes todo mal com o bem, sem intenção de humilhá-los. Quem fizer isto, estará seguindo o mandamento: Amai aos vossos inimigos.
4. Amar aos inimigos é um absurdo para o incrédulo. Aquele para quem a vida presente é tudo vê apenas em seu inimigo um ser nocivo e perturbador de sua tranquilidade e do qual somente a morte, pensa ele, o pode livrar. Daí, o desejo de vingança. Ele só terá motivo para perdoar se for para satisfazer seu orgulho aos olhos do mundo. O próprio ato de perdoar, em certos casos, parece-lhe uma fraqueza indigna de si. Se não se vingar, nem por isso deixará de guardar rancor e um secreto desejo de fazer o mal.
Para aquele que crê e, especialmente, para o espírita, a maneira de ver é completamente diferente, pois observa as coisas com as vistas do passado e sobre o futuro, e percebe que a vida presente não
CONTINUA AMANHA

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