quinta-feira, 28 de abril de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO   10

BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO MISERICORDIOSOS

Perdoai para que Deus vos perdoe      
Reconciliar-se com seus adversários
O sacrifício mais agradável a Deus • O argueiro• e a trave• no olho
Não julgueis para não serdes julgados
Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra
Instruções dos Espíritos: O perdão das ofensas
A indulgência • É permitido repreender os outros?
Observar as suas imperfeições? Divulgar o mal alheio?


INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
O PERDÃO DAS OFENSAS
Simeão - Bordeaux, 1862

14. Quantas vezes perdoarei ao meu irmão? Deveis perdoar-lhe não sete vezes, mas sim setenta vezes sete vezes. Eis um dos ensinamentos de Jesus que mais deve marcar vossa inteligência e falar mais diretamente ao vosso coração. Comparai estas palavras de misericórdia com a prece tão simples, tão resumida e tão elevada no seu alcance, o Pai Nosso que Jesus ensinou a seus discípulos, e encontrareis sempre o mesmo pensamento. Jesus, o justo por excelência, responde a Pedro: “Tu perdoarás, mas sem limites”. Perdoarás ainda que a ofensa te seja feita muitas vezes. Ensinarás aos teus irmãos o esquecimento de si mesmos, que os torna invulneráveis a agressões, aos maus procedimentos e às injúrias. Serás doce e humilde de coração, nunca medindo tua mansidão e brandura. Farás, enfim, o que desejas que o Pai Celestial faça por ti. Não tem Ele te perdoado sempre? Acaso conta as inúmeras vezes em que Seu perdão vem apagar as tuas faltas?”. Prestai atenção à resposta de Jesus e, como Pedro, aplicai-a a vós mesmos. Perdoai, usai de indulgência, sede caridosos, generosos, isto é, pródigos no vosso amor. Dai, e o Senhor vos restituirá.
Perdoai, e o Senhor vos perdoará. Abaixai-vos, e o Senhor vos reerguerá.
Humilhai-vos, e o Senhor vos fará sentar à sua direita. Ide, meus bem-amados, estudai e comentai estas palavras que vos dirijo da parte d’Aquele que, do alto dos esplendores celestes, sempre cuida de vós e continua com amor a tarefa ingrata que começou há dezoito séculos. Perdoai, portanto, aos vossos irmãos como tendes necessidade de serdes perdoados, e se os seus atos vos prejudicarem pessoalmente é mais um motivo para serdes indulgentes, porque o mérito do perdão é proporcional à gravidade do mal cometido. Além de tudo, nenhum merecimento teríeis se não perdoásseis sinceramente, aos vossos irmãos, as pequenas ofensas que vos façam.
Espíritas, nunca vos esqueçais que nas palavras, bem como nas ações, o perdão das injúrias não deve ser uma palavra vazia e inútil.
Se vos dizeis espíritas, sede-o de fato. Esquecei o mal que vos foi feito e pensai apenas em uma coisa: no bem que podeis fazer. Aquele que entrou neste caminho não deve nem mesmo em pensamento desviar-se dele, porque sois responsáveis pelo que pensais, e Deus vos conhece. Fazei, portanto, com que eles sejam desprovidos de qualquer sentimento de rancor. Deus sabe o que se passa no coração de cada um dos seus filhos. Feliz, portanto, daquele que pode a cada noite dizer ao deitar-se: “Nada tenho contra meu próximo”.
Paulo, Apóstolo - Lyon, 1861.
15. Perdoar aos inimigos é pedir perdão para si mesmo. Perdoar aos amigos é dar-lhes uma prova de amizade. Perdoar as ofensas é mostrar que se tornou melhor do que se era antes. Perdoai, portanto, meus amigos, a fim de que Deus vos perdoe, pois, se fordes duros, exigentes, inflexíveis, se fordes rigorosos mesmo por uma pequena ofensa, como quereis que Deus esqueça que a cada dia tendes mais necessidade de perdão? Infeliz daquele que diz: “Nunca perdoarei”,
CONTINUA AMANHÃ

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