O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPÍTULO 10
BEM-AVENTURADOS
OS QUE SÃO MISERICORDIOSOS
Perdoai para que Deus vos perdoe
Reconciliar-se com seus adversários
O sacrifício mais agradável a Deus • O argueiro• e a trave• no
olho
Não julgueis para não serdes julgados
Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra
Instruções dos
Espíritos: O perdão das
ofensas
A indulgência • É permitido repreender os outros?
Observar as suas imperfeições? Divulgar o mal alheio?
NÃO
JULGUEIS PARA NÃO SERDES JULGADOS.
AQUELE QUE
ESTIVER SEM PECADO ATIRE A PRIMEIRA PEDRA.
Então
Jesus, levantando-se de novo, lhe disse: Mulher, onde estão os vossos
acusadores? Ninguém vos condenou? Ela Lhe disse: Não, Senhor. Jesus lhe
respondeu: Eu também não vos condenarei. Ide e, no futuro, não pequeis mais.
(João, 8:3 a 11)
13. Aquele
que estiver sem pecado, atire-lhe a primeira pedra. Com este ensinamento, Jesus faz do perdão um dever, pois
não há ninguém que dele não tenha necessidade para si mesmo, e nos ensina que
não devemos julgar os outros mais severamente do que julgaríamos a nós mesmos e
não condenar, nós outros o que perdoaríamos em nós.
Antes de condenar uma falta de alguém, vejamos se a mesma reprovação
não pode recair sobre nós.
A censura lançada sobre a conduta dos outros pode ser por
dois motivos: reprimir o mal ou desacreditar a pessoa cujos atos estamos criticando.
Este último motivo nunca tem desculpa, pois vem da maledicência e da maldade. O
primeiro pode ser louvável, e em certos casos torna-se até mesmo um dever, se
disso deve resultar um bem, e sem esse procedimento o mal nunca seria combatido
na sociedade. Aliás, não deve o homem ajudar o progresso de seu semelhante? Não
se deve, portanto, tomar este princípio no sentido amplo ilimitado: Não julgueis se não quiserdes ser julgados, porque a
letra mata e o espírito vivifica*.
Não é possível que Jesus tenha proibido de se censurar o
mal.
Em todas as oportunidades Ele o combateu energicamente.
Quis nos ensinar que a autoridade da censura se dá em razão da autoridade moral
daquele que a pronuncia. Se nos sentirmos culpados por aquilo que condenamos
nos outros, não temos o direito de ter essa autoridade, e, ainda mais, usamos
de forma injusta, caso o façamos, o direito de condenação. Além disso, a
consciência íntima recusa todo respeito e toda obediência voluntária àquele
que, estando investido de qualquer poder, não respeite as leis e os princípios
que está encarregado de aplicar. Não
há maior autoridade legítima aos olhos de Deus do que aquela que se apoia no exemplo que dá do bem. Isto é
o que ressalta, de forma bem clara, nas palavras de Jesus.
INSTRUÇÕES DOS
ESPÍRITOS
O PERDÃO
DAS OFENSAS
Simeão - Bordeaux, 1862
14. Quantas vezes perdoarei ao meu irmão? Deveis perdoar-lhe
não sete vezes, mas sim setenta vezes sete vezes. Eis um dos ensinamentos de
Jesus que mais deve marcar vossa inteligência e falar mais diretamente ao vosso
coração. Comparai estas palavras de misericórdia com
* N. E. - A letra mata e o espírito vivifica: Paulo, 2a-
epístola aos Coríntios, 3:60, significa que de nada valerá o que está escrito
(a letra) se não for seguido o ensinamento (o espírito).
CONTINUA AMANHÃ
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