terça-feira, 26 de abril de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO   10

BEM-AVENTURADOS OS QUE SÃO MISERICORDIOSOS

Perdoai para que Deus vos perdoe
Reconciliar-se com seus adversários
O sacrifício mais agradável a Deus • O argueiro• e a trave• no olho
Não julgueis para não serdes julgados
Aquele que estiver sem pecado atire a primeira pedra
Instruções dos Espíritos: O perdão das ofensas
A indulgência • É permitido repreender os outros?
Observar as suas imperfeições? Divulgar o mal alheio?


NÃO JULGUEIS PARA NÃO SERDES JULGADOS.
AQUELE QUE ESTIVER SEM PECADO ATIRE A PRIMEIRA PEDRA.
Então Jesus, levantando-se de novo, lhe disse: Mulher, onde estão os vossos acusadores? Ninguém vos condenou? Ela Lhe disse: Não, Senhor. Jesus lhe respondeu: Eu também não vos condenarei. Ide e, no futuro, não pequeis mais. (João, 8:3 a 11)
13. Aquele que estiver sem pecado, atire-lhe a primeira pedra. Com este ensinamento, Jesus faz do perdão um dever, pois não há ninguém que dele não tenha necessidade para si mesmo, e nos ensina que não devemos julgar os outros mais severamente do que julgaríamos a nós mesmos e não condenar, nós outros o que perdoaríamos em nós.
Antes de condenar uma falta de alguém, vejamos se a mesma reprovação não pode recair sobre nós.
A censura lançada sobre a conduta dos outros pode ser por dois motivos: reprimir o mal ou desacreditar a pessoa cujos atos estamos criticando. Este último motivo nunca tem desculpa, pois vem da maledicência e da maldade. O primeiro pode ser louvável, e em certos casos torna-se até mesmo um dever, se disso deve resultar um bem, e sem esse procedimento o mal nunca seria combatido na sociedade. Aliás, não deve o homem ajudar o progresso de seu semelhante? Não se deve, portanto, tomar este princípio no sentido amplo ilimitado: Não julgueis se não quiserdes ser julgados, porque a letra mata e o espírito vivifica*.
Não é possível que Jesus tenha proibido de se censurar o mal.
Em todas as oportunidades Ele o combateu energicamente. Quis nos ensinar que a autoridade da censura se dá em razão da autoridade moral daquele que a pronuncia. Se nos sentirmos culpados por aquilo que condenamos nos outros, não temos o direito de ter essa autoridade, e, ainda mais, usamos de forma injusta, caso o façamos, o direito de condenação. Além disso, a consciência íntima recusa todo respeito e toda obediência voluntária àquele que, estando investido de qualquer poder, não respeite as leis e os princípios que está encarregado de aplicar. Não há maior autoridade legítima aos olhos de Deus do que aquela que se apoia no exemplo que dá do bem. Isto é o que ressalta, de forma bem clara, nas palavras de Jesus.
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
O PERDÃO DAS OFENSAS
Simeão - Bordeaux, 1862

14. Quantas vezes perdoarei ao meu irmão? Deveis perdoar-lhe não sete vezes, mas sim setenta vezes sete vezes. Eis um dos ensinamentos de Jesus que mais deve marcar vossa inteligência e falar mais diretamente ao vosso coração. Comparai estas palavras de misericórdia com

* N. E. - A letra mata e o espírito vivifica: Paulo, 2a- epístola aos Coríntios, 3:60, significa que de nada valerá o que está escrito (a letra) se não for seguido o ensinamento (o espírito).
CONTINUA AMANHÃ

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