quarta-feira, 20 de abril de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPÍTULO   9
BEM-AVENTURADOS AQUELES QUE SÃO MANSOS E PACÍFICOS

Injúrias e violências          
Instruções dos Espíritos: A afabilidade e a doçura
A paciência • Obediência e resignação • A cólera
CONTINUAÇÃO
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

A CÓLERA
Um Espírito Protetor - Bordeaux, 1863.

Se soubesse que a impaciência e a exaltação não resolvem nada, que alteram sua saúde e até mesmo comprometem sua vida, veria que ele próprio é sua primeira vítima. Além disso, outra consideração deveria detê-lo: o pensamento de que torna infelizes todos àqueles que o rodeiam. Se tiver coração, não sentirá remorso em fazer sofrer os seres que mais ama? E que desgosto mortal se, num acesso de raiva, cometer um ato do qual tiver de se arrepender por toda a sua vida!
Em resumo, o homem que tem um temperamento colérico não deixa de ter certas qualidades no coração, mas pode impedi-lo de praticar muito o bem e pode levá-lo a praticar muito o mal. Isto basta para fazer esforços para dominá-la. O espírita deve ainda levar em conta outra razão: ela é contrária à caridade e à humildade cristãs.
Hahnemann - Paris, 1863.

10. Segundo a ideia muito falsa de que não se pode alterar a sua própria natureza, o homem se julga dispensado de fazer esforços para corrigir dos defeitos nos quais se satisfaz de bom grado, ou que lhe exigiriam muita perseverança para serem eliminados. É desse modo, por exemplo, que aquele que é inclinado à cólera quase sempre se desculpa por seu temperamento. Antes de se considerar culpado, atribui a falta ao seu organismo, acusando assim a Deus de seus próprios defeitos. É ainda uma consequência do orgulho que se encontra ligado a todas as suas imperfeições.
Não há dúvida de que há temperamentos que se prestam, mais do que outros, a atos violentos, como há músculos mais flexíveis que se prestam às exibições de força. Mas não acrediteis que aí esteja a causa principal da cólera, e podeis ter a certeza de que um Espírito pacífico, mesmo num corpo guerreiro, será sempre pacífico; e que um Espírito violento, num corpo debilitado, não será por isso mais dócil. A violência tomará apenas outra feição; se não possuir um organismo apropriado para se manifestar, a cólera ficará contida e, no outro caso, será expansiva.
O corpo não dá cólera àquele que não a possui, assim como também não lhe dá outros vícios. Todas as virtudes e todos os vícios são próprios da natureza do Espírito. Do contrário, onde estaria o mérito e a responsabilidade? O homem que tem uma deformação física não pode tornar-se sadio porque o Espírito nada tem a ver com isso; mas pode modificar o que é do Espírito, quando tem uma vontade firme. A experiência não vos prova, espíritas, até onde pode ir o poder da vontade, pelas transformações verdadeiramente miraculosas que vedes acontecer? Convencei-vos, portanto, de que o homem apenas permanece vicioso porque assim o quer; mas aquele que quer se corrigir sempre tem a oportunidade. De outra maneira, a lei do progresso não existiria para o homem.
CONTINUA AMANHÃ

Nenhum comentário: