O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPÍTULO 5 - BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS
CONTINUAÇÃO
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
MAL E O REMÉDIO
Santo Agostinho - Paris, 1863.
pedistes para lutar de corpo e alma contra o mal moral e
físico, sabíeis que quanto mais difícil fosse a prova, mais a vitória seria
gloriosa e que, se saísseis triunfantes, mesmo que o vosso corpo fosse jogado num
monte de lixo, quando de sua morte, deixaria escapar uma alma brilhante, alva,
purificada pela expiação e pelo sofrimento.
Que remédio receitar aos que são atacados por obsessões
cruéis e males dolorosos? Um só é infalível: a fé, o apelo ao Céu. Se, no extremo
dos vossos mais cruéis sofrimentos, vossa voz canta ao Senhor, o anjo à vossa
cabeceira, com sua mão, vos mostrará o sinal da salvação e o lugar que vós
devereis ocupar um dia. A fé é o remédio certo para o sofrimento; ela sempre mostra
os horizontes do infinito diante dos quais se apagam os poucos dias sombrios do
presente.
Não pergunteis qual remédio é preciso empregar para curar
tal úlcera tal chaga, tal tentação ou tal prova. Lembrai-vos de que aquele que
crê é forte pela certeza da fé e que aquele que duvida um segundo de sua
eficiência é punido na hora, pois experimenta no mesmo instante as angústias
dolorosas da aflição.
O Senhor marcou com seu selo todos aqueles que creem
n’Ele.
Cristo vos disse que com a fé removem-se montanhas. Eu vos
digo que aquele que sofre e que tem a fé como base será colocado sob sua
proteção e não sofrerá mais. Os momentos de maior dor serão para ele as
primeiras notas da alegria da eternidade. Sua alma se desprenderá de tal modo
do seu corpo que, enquanto este estiver morrendo, ela planará nas regiões celestes,
cantando com os anjos os hinos de reconhecimento e de glória ao Senhor.
Felizes os que sofrem e os que choram! Que suas almas se alegrem,
pois serão abençoadas por Deus.
A FELICIDADE NÃO É DESTE MUNDO
François Nicolas-Madeleine - Cardeal Morlot, Paris,
1863
20. Não sou feliz! A felicidade não existe para mim! Exclama geralmente
o homem, em todas as posições sociais. Isso, meus queridos filhos, prova melhor
do que todos os raciocínios possíveis a verdade deste ensinamento do Eclesiastes*:
“A felicidade não é deste mundo”. De fato, nem a fortuna, nem o poder, nem
mesmo a juventude em flor são condições suficientes para a felicidade. Digo-vos
mais: nem mesmo juntas essas três condições tão desejadas o são, uma vez que se
escutam constantemente, no meio das classes mais privilegiadas, pessoas de
todas as idades lamentarem-se amargamente da condição de suas existências.
* N. E. - Eclesiastes: ou Livro do Pregador, do Velho
Testamento, escrito por Salomão.
CONTINUA AMANHÃ
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