quinta-feira, 17 de março de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPÍTULO   5 - BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS
CONTINUAÇÃO
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS

É PERMITIDO ABREVIAR A VIDA DE UM DOENTE QUE SOFRE SEM ESPERANÇA DE CURA?
São Luís - Paris, 1860.

28. Um homem está agonizante, vítima de cruéis sofrimentos.
Sabe-se que seu estado não tem esperanças. É permitido poupar-lhe alguns instantes de agonia, apressando o seu fim? Quem, no entanto, vos daria o direito de prejulgar os planos de Deus? Não pode o Senhor conduzir um homem à margem do abismo para retirá-lo de lá, a fim de fazê-lo voltar-se sobre si mesmo e de conduzi-lo a outros pensamentos? Ainda que se pense que haja chegado o momento final para um moribundo, ninguém pode dizer com certeza que essa hora tenha chegado. A Ciência nunca se enganou nessas previsões? Sei muito bem que há casos que se podem considerar, com razão, como desesperadores. Mas, se não há nenhuma esperança fundada de um retorno definitivo à vida e à saúde, não há também incontáveis exemplos de que, no momento de dar o último suspiro, o doente se reanima e recobra sua lucidez por alguns instantes? Pois bem! Essa hora de graça que lhe é concedida pode ser para ele da maior importância, pois ignorais os pensamentos que seu Espírito pôde fazer nos momentos finais da sua agonia e quantos tormentos pode lhe poupar um minuto, um momento de arrependimento.
O materialista que apenas vê o corpo e não se dá conta da alma não pode compreender estas coisas. Mas o espírita, que sabe o que se passa além-túmulo, conhece o valor do último pensamento.
Suavizai os últimos sofrimentos tanto quanto vos seja possível fazê-lo; mas guardai-vos de encurtar a vida, que seja apenas por um minuto, pois esse minuto pode poupar muitas lágrimas no futuro.

SACRIFÍCIO DA PRÓPRIA VIDA
São Luís - Paris, 1860.

29. Aquele que está desgostoso com a vida, mas, não querendo se suicidar, é culpado se procurar a morte no campo de batalha, com o propósito de tornar útil o seu gesto? Quer o homem se mate ou se faça matar, o objetivo é sempre encurtar sua vida e, portanto, há a intenção do suicídio, embora não ocorra de fato. O pensamento de que sua morte servirá para alguma coisa é ilusório. É apenas uma desculpa para disfarçar sua ação e justificá-la aos seus próprios olhos. Se realmente tivesse o desejo de servir a seu país, procuraria viver defendendo-o e não morrendo, pois, uma vez morto, ele não servirá mais para nada. A verdadeira dedicação consiste em não recear a morte quando se trata de ser útil, enfrentar o perigo e oferecer sem temor o sacrifício da vida, se isso for necessário.
CONTINUA AMANHÃ

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