O EVANGELHO
SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPÍTULO 5 - BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS
CONTINUAÇÃO
INSTRUÇÕES DOS ESPÍRITOS
PERDA DAS PESSOAS AMADAS.
MORTES PREMATURAS
Sansão, antigo membro da Sociedade Espírita de Paris - Paris,
1863.
SE FOSSE UM HOMEM DE BEM, TERIA MORRIDO.
e, à medida que vos elevardes, a importância da vida
material diminuirá aos vossos olhos e apenas vos parecerá um incidente, na
duração infinita de vossa existência espiritual, a única existência verdadeira.
OS TORMENTOS VOLUNTÁRIOS
Fénelon - Lyon, 1860
23. O homem está incessantemente à procura da felicidade que lhe
foge sem parar, pois a felicidade pura não existe na Terra. Entretanto, apesar
dos sofrimentos que formam o desfile inevitável desta vida, ele poderia pelo
menos desfrutar de uma felicidade relativa se não condicionasse essa felicidade
às coisas perecíveis e sujeitas às mesmas contrariedades, ou seja, aos prazeres
materiais, ao invés de procurá-la nos prazeres da alma, que são uma antecipação
dos prazeres celestes imperecíveis. Ao invés de procurar a paz do coração, única felicidade real
aqui na Terra, é ávido por tudo aquilo que pode agitá-lo e perturbá-lo e, coisa
curiosa, parece criar propositadamente tormentos que dependia só dele evitar.
Haverá maiores tormentos do que aqueles causados pela
inveja e pelo ciúme? Para o invejoso e o ciumento não há repouso: estão sempre
excitados pelo desejo, o que eles não têm e os outros possuem causa-lhes
insônia. O sucesso de seus rivais lhes dá vertigem; seu único interesse é o de
menosprezar os outros, toda a sua alegria está em excitar, nos insensatos como
eles, a ira do ciúme de que estão possuídos. Pobres insensatos, de fato, nem
sonham que talvez amanhã será preciso deixar todas essas futilidades cuja
cobiça envenena suas vidas! Não é para eles que se aplicam estas palavras: Bem-aventurados os aflitos, pois serão consolados,
visto que suas preocupações não têm recompensa no Céu.
De quantos tormentos, ao contrário, se poupa aquele que
sabe se contentar com o que tem que vê sem inveja aquilo que não é seu, que não
procura parecer mais do que é. Ele está sempre rico, pois, se olha abaixo de
si, ao invés de olhar acima, verá sempre pessoas que têm menos. É calmo, pois
não cria necessidades ilusórias, e não é a calma, em si mesma, uma felicidade
em meio às tempestades da vida?
A VERDADEIRA INFELICIDADE
Delphine de Girardin - Paris, 1861
24. Todos falam da infelicidade, já a sentiram alguma vez e
acreditam conhecer seus vários aspectos. Eu venho vos dizer que quase todas as
pessoas se enganam e que a verdadeira infelicidade não é aquilo que os homens,
ou seja, os infelizes supõem. Eles a veem na miséria, na lareira sem fogo, no
credor exigente, no berço vazio do anjo que sorria nas lágrimas, no caixão que
se acompanha com a
CONTINUA AMANHÃ
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