terça-feira, 1 de março de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

CAPÍTULO   5 - BEM-AVENTURADOS OS AFLITOS
CONTINUAÇÃO
CAUSAS ANTERIORES DAS AFLIÇÕES
vista nos parece imerecida, tem, pois, sua razão de ser, e aquele que sofre pode sempre dizer: “Perdoai-me, Senhor, porque errei”.
7. Os sofrimentos com que nos defrontamos na vida presente, devido às causas anteriores, são, na maioria das vezes, como também o são os das faltas atuais, a consequência natural de erros cometidos, ou seja: por uma rigorosa justiça distributiva, o homem suporta o que fez os outros suportarem. Se foi duro e desumano, poderá, por sua vez, ser tratado duramente e com desumanidade. Se foi orgulhoso, poderá nascer em uma condição humilhante; se foi avarento, egoísta, ou se fez mau uso de sua fortuna, poderá ser privado do necessário. Se foi um mau filho, poderá sofrer com os seus próprios filhos, etc.
Assim, pela pluralidade das existências e da destinação da Terra como mundo expiatório, se explicam os absurdos que a divisão da felicidade e da infelicidade apresenta entre os bons e os maus neste mundo. Esse absurdo existe somente na aparência, pois é considerado apenas do ponto de vista da vida presente; mas, se nos elevarmos pelo pensamento, de modo a incluir uma série de existências, compreenderemos que cada um tem o que merece, sem prejuízo do que lhe está reservado no mundo dos Espíritos, e que a justiça de Deus nunca falha.
O homem não deve se esquecer de nunca de que está num mundo inferior, ao qual está preso devido às suas imperfeições. A cada contrariedade ou sofrimento da vida, deve dizer de si para si mesmo que, se estivesse num mundo mais avançado, isso não aconteceria e que depende dele não retornar a este mundo, trabalhando por sua melhoria.
8. As tribulações da vida podem ser impostas aos Espíritos endurecidos, isto é, teimosos no mal ou muito ignorantes, ainda incapazes de fazer uma escolha consciente, mas são livremente escolhidas e aceitas pelos Espíritos arrependidos, que querem reparar o mal que fizeram e tentar fazer o bem, a exemplo daquele que, tendo feito mal sua tarefa, pede para recomeçá-la, para não perder o fruto do seu trabalho. Essas aflições são, ao mesmo tempo, expiações do passado, que nos castigam, e provas que nos preparam para o futuro. Rendamos graças a Deus que, em sua bondade, dá ao homem a oportunidade da reparação e não o condena irremediavelmente pela primeira falta.
9. Entretanto, não se deve pensar que todos os sofrimentos suportados neste mundo sejam necessariamente a indicação de uma determinada falta. São, na maioria das vezes, provas escolhidas pelo Espírito para concluir sua purificação e apressar seu progresso. Assim, a expiação serve sempre de prova, porém a prova nem sempre é uma expiação. Contudo, provas e expiações são sempre sinais de uma relativa inferioridade, pois o que é perfeito não tem mais necessidade de ser provado. Um Espírito pode ter adquirido certo grau
CONTINUA AMANHÃ

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