segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
CAPITULO 01

NÃO VIM DESTRUIR A LEI

As três revelações:

Moisés, Cristo e o Espiritismo.
Aliança da Ciência e da Religião
Instruções dos Espíritos: A nova era

1. “Não penseis que vim destruir a lei ou os profetas, não vim destruí-los, mas dar-lhes cumprimento. Eu vos digo em verdade que o Céu e a Terra não passarão antes de tudo o que está na lei seja cumprido completamente, até o último jota e o último ponto.”
(Mateus, 5:17 e 18)

MOISÉS

2 A lei de Moisés é composta por duas partes distintas: a lei de Deus, recebida no Monte Sinai, e a lei civil ou disciplinar, estabelecida pelo próprio Moisés. A lei de Deus é inalterável; a outra, apropriada aos costumes e ao caráter do povo, se modifica com o tempo.
A lei de Deus está formulada nos seguintes dez mandamentos:

1. Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses estrangeiros diante de mim. Não farás imagem talhada, nem figura nenhuma de tudo o que está no Céu e na Terra, nem de tudo o que está nas águas e debaixo da terra. Não os adorarás, nem lhes renderás cultos soberanos.
2. Não tomarás em vão o nome do Senhor, teu Deus.
3. Lembra-te de santificar o dia de sábado.
4. Honra a teu pai e à tua mãe, a fim de viveres muito tempo na Terra que o Senhor teu Deus te dará.
5. Não matarás.
6. Não cometerás adultério.
7. Não roubarás.
8. Não prestarás falso testemunho contra o teu próximo.
9. Não desejarás a mulher de teu próximo.
10. Não desejarás a casa de teu próximo, nem seu servo, ou serva, nem seu boi, seu asno, ou qualquer outra coisa que lhe pertença.

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Esta é a lei de todos os tempos e de todos os países e que, por isso mesmo, tem um caráter divino. Todas as outras são leis estabelecidas por Moisés, que se via obrigado a conter pelo temor um povo naturalmente turbulento e indisciplinado, no qual tinha de combater os abusos e os preconceitos enraizados adquiridos durante a época da escravidão no Egito. Para dar autoridade às suas leis, ele atribuiu-lhes origem divina, assim como o fizeram todos os legisladores dos povos primitivos: a autoridade do homem precisava se apoiar sobre a autoridade de Deus.
Mas apenas a ideia de um Deus terrível podia impressionar homens ignorantes, nos quais o sentido moral e o sentimento de uma delicada justiça ainda estavam pouco desenvolvidos. É evidente que aquele que tinha incluído entre os seus mandamentos: Não matarás; não farás mal a teu próximo, não poderia se contradizer fazendo do extermínio um dever.
As leis mosaicas, propriamente ditas, tinham, portanto, um caráter essencialmente transitório.

CRISTO

3 Jesus não veio destruir a lei, isto é, a lei de Deus. Ele veio cumpri-la, ou seja, desenvolvê-la, dar-lhe seu sentido verdadeiro e apropriá-la ao grau de adiantamento dos homens. É por isso que encontramos nessa lei os princípios dos deveres para com Deus e para com o próximo, que constituem a base de sua doutrina. Quanto às leis de Moisés propriamente ditas, Jesus, ao contrário, modificou-as profundamente, tanto no conteúdo quanto na forma. Combateu constantemente os abusos das práticas exteriores e as falsas interpretações, e não lhes podia ter dado uma reforma mais radical do que as reduzindo a estas palavras: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, e acrescentando: Está aí toda a lei e os profetas.
Por estas palavras, O Céu e a Terra não passarão antes de tudo seja cumprido até o último jota, Jesus quis dizer que era preciso que a lei de Deus fosse cumprida, ou seja, fosse praticada na Terra, em toda sua pureza, com todos os seus desenvolvimentos e todas as suas consequências; pois de que serviria estabelecer essa lei, se fosse para o privilégio de alguns homens, ou mesmo de um único povo?
Sendo todos os homens filhos de Deus, são todos, sem distinção, objeto da mesma dedicação.
4 Mas o papel de Jesus não foi simplesmente o de um legislador moralista, apenas com a autoridade de sua palavra. Ele veio cumprir as profecias que tinham anunciado sua vinda. Sua autoridade vinha da natureza excepcional de seu Espírito e de sua missão divina. Ele veio ensinar aos homens que a verdadeira vida não está na Terra, mas no reino dos Céus; ensinar-lhes o caminho que os conduz até lá, os meios de se reconciliarem com Deus e de preveni-los sobre a marcha
Continua amanhã

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