domingo, 31 de janeiro de 2016

MOMENTO DE REFLEXÃO



“SOMBRAS DO PASSADO”
                                         Haroldo Freitas
CONTINUAÇÃO
    
- D. Beatriz não entendi porque entrevistar e cadastrar as pessoas?
     - É muito simples minha filha. A maioria que procura um Centro Espírita é pela dor, ou seja, está com algum problema de saúde, financeiro ou relacionamento familiar. Também, são trazidos ou indicados por alguém que já foi beneficiado ou ficou sabendo de alguma graça alcançada por um irmão frequentador do Centro. Portanto, esperam ter os seus problemas resolvidos de imediato. Os entrevistadores explicam que o Centro Espírita é uma casa de Orações e não uma casa de Milagres. Como, também, só alcançamos as graças de DEUS, por merecimento próprio e com a nossa reforma interior.
     - Isto quer dizer que algumas pessoas, depois de frequentarem o Centro, continuam com os mesmos problemas?
     - Não é bem assim. É claro que precisamos mudar o nosso comportamento para alcançarmos a solução ou cura de um problema, cujo comportamento é a causa daquele problema. Existem problemas em nossa vida que são “Carmas” ou “Provas” que devemos passar para purificação de nosso Espírito. Nestes casos, a Doutrina Espírita ensina-nos a conviver com eles, como, também, suavizar ou superar os seus efeitos, até porque, nada acontece por acaso e não existem efeitos sem causas. Outra coisa que a Doutrina Espírita esclarece com muita propriedade, é que o Espírito, antes de reencarnar, com poucas exceções, escolhe a família, os deveres e as metas que vivenciará quando encarnado, de acordo com as suas dívidas nas encarnações pretéritas. Todavia, depois de reencarnado, por justiça e bondade de DEUS, esquece tudo e de posse do seu “Livre Arbítrio”, quase sempre, procura os meios mais fáceis para viver materialmente. Torna-se egoísta, orgulhoso, vaidoso. Usa de todos os meios para alcançar o seu bem material, muitas vezes, em prejuízo do próximo. Dessa forma, ao invés de estar aproveitando a oportunidade dado por DEUS, para expiação de seus erros e diminuição de sua dívida a está aumentando. Devemos ter em mente que ninguém paga por nós e que nesta ou nas outras encarnações pagaremos toda a nossa dívida, até o último centavo. Lembremos, também, que não pagamos dividas de outrem. Todas são nossas.
     - Foi muito interessante a nossa conversa, mas já é quase meio dia. A senhora almoça conosco e depois continuaremos com este assunto. Estou muito interessada.
     - Sinto muito minha filha, aceito o convite para almoçar, mas, não posso ficar para continuarmos a nossa conversa, tenho que está antes das duas horas no Centro. Coordeno o Curso de Desenvolvimento Mediúnico e não posso faltar.
     Vá almoçar comigo amanhã e continuaremos a nossa conversa.  
     - Infelizmente não posso aceitar. O Ronaldo quando está viajando no domingo, telefona na hora do almoço para falar conosco e fica uma fera quando não encontra um de nós em casa. A senhora poderia vir almoçar conosco e aproveitaria para falar com ele, que está em Recife.
     - Está bem, não chegarei tão cedo como hoje, mas teremos a tarde inteira para conversar.
     Foram para a sala de refeições. Carol não tinha retornado, porém Rodrigo estava em casa.
     - Bom dia vovó. Quando levantei a vi na sala com a mamãe, mas pareceu-me que estavam tão concentradas na conversa que não quis incomodá-las.
     - Bom dia meu neto, realmente o assunto era muito interessante, mas a sua presença seria um prazer para nós. Como vai na Faculdade? Espero ter logo um médico de confiança e particular para tratar-me.
     - Tudo bem, mesmo sabendo que dependendo de pacientes como a senhora, jovem, forte, bonita e sem doenças morreria de fome, no próximo ano estarei formado e a sua disposição.
     Depois do almoço, D. Beatriz despediu-se da nora e do neto, e seguiu para sua residência, onde apanharia as apostilas que
Continua amanhã

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