A NATUREZA
A natureza
atribui tudo a si, em proveito seu peleja a porfia.
A graça,
porém, atribui tudo a Deus, de quem tudo dimana como de sua origem; nenhum bem
atribui a si com arrogante presunção, não questiona, nem prefere a sua opinião
à dos outros, mas em todo juízo e parecer se sujeita à sabedoria eterna e ao
divino exame.
A natureza
deseja saber segredos e ouvir novidades, quer exibir-se em público e
experimentar muitas coisas pelos sentidos; deseja ser conhecida e fazer aquilo
donde lhe resultem louvor e admiração.
A graça não
cuida de novidades e curiosidades, porque tudo isso nasce da corrupção antiga,
pois nada há de novo e estável sobre a terra.
Ensina,
pois, a refrear os sentidos, a evitar a vã complacência e ostentação, a ocultar
humildemente o que provoque admiração e louvor, busca em todas as coisas e
ciências proveito espiritual e a honra e glória de Deus.
Não quer
que a louvem, nem às suas obras, mas que Deus seja bendito em seus dons, que
ele prodigaliza a todos por mera bondade. (Dos diversos movimentos da natureza
e da graça)
Certamente estas palavras se referem
a alguma necessidade sua.
Mas isso só você saberá entender.
Mas isso só você saberá entender.
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