AS CORRENTES
MIGRATÓRIAS
Os nossos
Mestres nos falaram das grandes correntes migratórias que modificam as
civilizações, asseverando que o mundo atual se encontra à beira desses
movimentos inevitáveis. Compreendemos, então, que todos os progressos da
civilização terrestre dependem da economia, sobre cuja base repousa todo o
edifício da organização social.
Soubemos
assim que, em tempos remotíssimos, quando o planeta se encontrava em véspera de
inaugurar nova posição progressiva, ocorreu o deslocamento das raças arianas
que invadiram os territórios europeus. O congestionamento de certos países, o
problema da economia regulamentada, a necessidade de expansão que muitas
nacionalidades experimentam nos tempos modernos constituem uma determinação
desesperada dessas corrente migratórias, cuja passagem é assinalada por guerras
destruidoras, ensaiando novas soluções para as magnas questões da vida
coletiva.
Afirmam,
portanto, os nossos guias que apenas começamos a presenciar os grandes
acontecimentos que, fatalmente, terão de ocorrer nos anos vindouros. As raças
amarelas e determinados núcleos da civilização ocidental requerem expansão e
nova fonte econômica para a solução dos problemas que os assoberbam; e, nesses
dolorosos movimentos, mas necessários, a humanidade se depura, aperfeiçoando-se
cada vez mais para o seu glorioso futuro espiritual. Reconhecendo-se embora
tudo isso, para as almas dotadas de pouca experiência, com respeito a esses
enigmas dos povos, os quadros isolados, como nos é dado conhecer, são
profundamente angustiosos.
Mas a dor,
a dor soberana que aí na Terra dobra toda a cerviz e subjuga todas as frontes,
essa está igualmente aqui conosco, na aquisição de ensinamentos, exercendo a
sua função de remodelar e de aperfeiçoar toda a glória suprema da vida.
Todavia,
Senhor, vós que sois a grandeza e a misericórdia suprema do Universo, estendei
as vossas mãos magnânimas para a Terra, mansão de sombras e de provações, onde
irmãos nossos se entregam ao mais proveitoso dos aprendizados.
Dá-lhes
fortaleza de ânimo e resignação nos embates contra a adversidade dolorosa,
alçando os seus olhos para os vossos impérios resplandecentes, onde
compreendemos as luminosas afirmações da Vida Espiritual.
Protegei-me
a todos, Senhor, integrando as suas consciências no caminho retilíneo da
salvação e os seus entendimentos na compreensão profunda das vossas leis. Que a
Terra conheça a nova era do amor e da fraternidade espiritual.
Livro Cartas de uma Morta -
Psicografia Chico Xavier
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