domingo, 9 de agosto de 2015

MOMENTO DE REFLEXÃO




DR. BEZERRA DE MENEZES

SUAS OBRAS

Eu não acreditava nem deixava de acreditar na medicina medi anímica, e confesso que pro pendia mais para a crença de que o tal médium era um especulador. Em desespero de causa, porém, eu recorreria a ele, mesmo que soubesse ser um curandeiro. Tentava um recurso desesperado, e fazia uma experiência sobre a mediunidade receitista.

Era preciso, porém, visto que se tratava de uma experiência, que eu tomasse todas as cautelas, para que ela me pudesse dar uma convicção fundada. Combinei com o Doutor Maia de Lacerda, completamente desconhecido de tal médium, ser ele que fizesse pessoalmente a consulta, recomendando-lhe que assistisse ao trabalho do médium, enquanto este escrevesse, e pedisse-lhe o papel, logo que acabasse de escrever, porque bem podia ter ele um médico hábil, por detrás do reposteiro, que lhe arranjasse aquelas peças.

É verdade que um médico, não sabendo de quem se tratava, visto que só dava ao médium o nome de batismo e a idade dos consulentes, não podia adivinhar-lhe os sofrimentos, mas, em todo o caso, eu queria ter a certeza de que era exclusivamente do médium, homem completamente ignorante de medicina.

O Doutor Lacerda fez como lhe recomendei, e trouxe-me o que, a meu respeito, escreveu o médium, que não podia reconhecer por meu próprio, “Adolfo”, não só por que há muitas pessoas com este nome, como porque sou conhecido geralmente por BEZERRA DE MENEZES, e bem poucos dos que não entretêm relações íntimas comigo sabem que me chamo Adolfo. Tomei o papel que dizia:

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