ANTE O DIVINO MÉDICO
“Não são os que gozam de saúde que precisam de médico”.
Jesus (Mateus, 9: 12)
“Jesus se acercava. principalmente, dos pobres e dos deserdados,
por que são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa fé, por que pedem se lhes dê a vista
e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada precisar.”
(Cap. 25, Item 12)
Milhões de nós outros, os espíritos
encarnados e desencarnados em serviço na Terra, somos almas enfermas de muitos
séculos.
Carregando débitos e inibições,
contraídos em existências passadas ou adquiridos agora, proclamamos em palavras
sentidas que Jesus é o nosso Divino Médico. E basta ligeira reflexão para
encontrar no Evangelho a coleção de receitas articuladas por ele, com vistas à
terapia da alma.
Todas as indicações do sublime formulário
primam pela segurança e concisão.
Nas perturbações do egoísmo: “faz
aos outros o que desejas que os outros te façam.”
Nas convulsões da cólera: “na
paciência possuirás a ti mesmo.”
Nos acessos de revolta: “humilha-te
e serás exaltado.”
Na paranoia da vaidade: “não
entrarás no Reino do Céu sem a simplicidade de uma criança.”
Na paralisia de espírito por falsa
virtude “se aspiras a ser o maior, sê no mundo o servo de todos.”
Nos quisitos mentais do ódio: “ama
os teus inimigos.”
Nos delírios da ignorância: “aprende
com a verdade e a verdade te libertará.”
Nas dores por ofensas recebidas:
“perdoa setenta vezes sete.”
Nos desesperos provocados por
alheias violências: “ora pelos que te perseguem e caluniam.”
Nas crises de incerteza, quanto à
direção espiritual: “se queres vir após mim, nega a ti mesmo, toma a tua cruz e
segue-me.”
Nós, as consciências que nos
reconhecemos endividadas, regozijamo-nos com a declaração consoladora do
Cristo: “Não são os que gozam de saúde os que precisam de médico.”
Sim, somos espíritos enfermos com
ficha especificada nos gabinetes de tratamento, instalados nas Esferas
Superiores, dos quais instrutores e benfeitores da Vida Maior nos acompanham e
analisam ações e reações, mas é preciso considerar que o facultativo, mesmo
sendo Nosso Senhor Jesus Cristo, não pode salvar o doente e nem auxiliá-lo de
todo, se o doente persiste em fugir do remédio.
CONTINUA AMANHÃ
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