terça-feira, 2 de junho de 2015

DO "LIVRO DA ESPERANÇA" DE CHICO XAVIER - CAP. 78

CONTINUAÇÃO



ANTE O DIVINO MÉDICO

“Não são os que gozam de saúde que precisam de médico”.
Jesus (Mateus, 9: 12)

“Jesus se acercava. principalmente, dos pobres e dos deserdados, por que são os que mais necessitam de consolações; dos cegos dóceis e de boa fé, por que pedem se lhes dê a vista e não dos orgulhosos que julgam possuir toda a luz e de nada precisar.”
(Cap. 25, Item 12)

Milhões de nós outros, os espíritos encarnados e desencarnados em serviço na Terra, somos almas enfermas de muitos séculos.
Carregando débitos e inibições, contraídos em existências passadas ou adquiridos agora, proclamamos em palavras sentidas que Jesus é o nosso Divino Médico. E basta ligeira reflexão para encontrar no Evangelho a coleção de receitas articuladas por ele, com vistas à terapia da alma.
Todas as indicações do sublime formulário primam pela segurança e concisão.
Nas perturbações do egoísmo: “faz aos outros o que desejas que os outros te façam.”
Nas convulsões da cólera: “na paciência possuirás a ti mesmo.”
Nos acessos de revolta: “humilha-te e serás exaltado.”
Na paranoia da vaidade: “não entrarás no Reino do Céu sem a simplicidade de uma criança.”
Na paralisia de espírito por falsa virtude “se aspiras a ser o maior, sê no mundo o servo de todos.”
Nos quisitos mentais do ódio: “ama os teus inimigos.”
Nos delírios da ignorância: “aprende com a verdade e a verdade te libertará.”
Nas dores por ofensas recebidas: “perdoa setenta vezes sete.”
Nos desesperos provocados por alheias violências: “ora pelos que te perseguem e caluniam.”
Nas crises de incerteza, quanto à direção espiritual: “se queres vir após mim, nega a ti mesmo, toma a tua cruz e segue-me.”
Nós, as consciências que nos reconhecemos endividadas, regozijamo-nos com a declaração consoladora do Cristo: “Não são os que gozam de saúde os que precisam de médico.”
Sim, somos espíritos enfermos com ficha especificada nos gabinetes de tratamento, instalados nas Esferas Superiores, dos quais instrutores e benfeitores da Vida Maior nos acompanham e analisam ações e reações, mas é preciso considerar que o facultativo, mesmo sendo Nosso Senhor Jesus Cristo, não pode salvar o doente e nem auxiliá-lo de todo, se o doente persiste em fugir do remédio.
CONTINUA AMANHÃ

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