IDEIA ESPÍRITA
“Paz seja convosco; assim como o Pai me enviou, também eu vos envio a vós.”
Jesus (João, 20: 1)
“Ide, pois, e levai a palavra divina: aos grandes que a desprezarão,
aos eruditos que exigirão provas, aos pequenos e simples que a aceitarão; por que principalmente entre os mártires do trabalho, nas provações
ter renas, encontrareis fervor e fé. Ide; esses receberão com hinos de gratidão e louvores a Deus, a
santo consolação que lhes levar eis, e baixarão a fronte, rendendo-lhe graças
pelas aflições que a Terra lhes destina.”
(Cap. 20, 4)
Todos nós, em Doutrina Espírita,
desaprovamos qualquer inclinação ao exclusivismo e à intransigência.
Nenhuma religião existe órfã da
Providência Divina.
Nenhuma parcela da verdade reporta
na Terra, endereçada ao desapreço.
Por outro lado, não ignoramos que a
transmissão dos nossos princípios começa na reforma individual.
Chamados, porém, a colaborar na
seara da Nova Revelação, é necessário consagrar o melhor de nós mesmos à ideia
espírita, de modo a prestigiá-la desenvolvê-la.
Nada fácil adquirir escritórios e
rotativas da grande imprensa, mas todos, sem exceção, dispomos de meios, ainda
que modestos, a fim de apoiar essa ou aquela folha doutrinária que a divulgue.
Muito difícil assenhorear
integralmente as atividades de emissora moderna, contudo, ninguém aparece tão
desvalido que não possa ofertar pequeno esforço para que ela seja mantida em
minutos breves pela onda radiofônica ou pelos canais da televisão.
Nem sempre manejaremos a tribuna
coroada pela retórica perfeitamente unida à gramática, no entanto, a humildade
é acessível a todos, a fim de que a frase sincera consiga expô-la com franqueza
e carinho, edificando a quem ouve.
Muito raramente, lograremos
organizar editoras para o lançamento de obras em massa, todavia, nenhum de nós
está impedido de oferecer um livro que a contenha para consolo e esclarecimento
a quem lê.
Em toda parte, surge o impositivo
da ideia espírita: na interpretação religiosa para que a fé não se converta em
fanatismo; nos estudos filosóficos, para que a exposição verbal não seja
discurso infrutífero; nas realizações científicas, para que a experimentação
não se faça loucura; nas empresas da arte, para que o sentimento não se
deprecie no vício.
O mundo tem sede de raciocínio, em
torno da imortalidade da alma, do intercâmbio espiritual, da reencarnação, da
morte física, dos valores mediúnicos, da desobsessão, das incógnitas da mente,
dos enigmas da dor e, sobretudo, ao redor das Leis Divinas a funcionarem,
exatas, na consciência de cada um. Para que obtenhamos solução a semelhantes
problemas, urge saibamos trabalhar pela difusão da ideia espírita, na
construção da Era Nova, irradiando a com todos os recursos lícitos ao nosso
alcance, com base no veículo do exemplo.
CONTINUA AMANHÃ
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