Bênção de Deus
“Assim toda árvore boa produz bons frutos”
Jesus (Mateus, 7: 17)
“Venho, meus irmãos e meus amigos, trazer-vos o meu óbolo, a fim
de vos ajudar a avançar, desassombrada mente, pela senda do aperfeiçoamento em
que entrastes. Nós nos devemos uns aos outros; somente pela união sincera e fraternal entre os Espíritos e os
encarnados ser a possível à regeneração.”
(Cap. XVI, Item 14)
Muitas vezes, criticamos o
dinheiro, malsinando lhe a existência, no entanto, é lícito observá-lo através
da justiça.
O dinheiro não compra a harmonia,
contudo, nas mãos da caridade, restaura o equilíbrio do pai de família, onerado
em dívidas escabrosas.
Não compra o sol, mas nas mãos da
caridade, obtém o cobertor, destinado a aquecer o corpo enregelado dos que
tremem de frio.
Não compra a saúde, entretanto, nas
mãos da caridade, assegura proteção ao enfermo desamparado.
Não compra a visão, todavia, nas
mãos da caridade, oferece óculos aos olhos deficientes do trabalhador de parcos
recursos.
Não compra a euforia, contudo, nas
mãos da caridade, improvisa a refeição devida aos companheiros que enlanguescem
de tome.
Não compra a luz espiritual, mas,
nas mãos da caridade, propaga a página edificante que reajusta o pensamento a
tresmalhar-se nas sombras.
Não compra a fé, entretanto, nas
mãos da caridade, ergue a esperança junto de corações tombados em sofrimento e
penúria.
Não compra a alegria, no entanto, nas
mãos da caridade, garante a consolação para aqueles que choram, suspirando por
migalha de reconforto.
Dinheiro em si e por si é moeda
seca ou papel insensível que, nas garras da sovinice ou da crueldade é capaz de
criar o infortúnio ou acobertar o vício. Mas o dinheiro do trabalho e da
honestidade, da paz e da beneficência, que pode ser creditado no banco da
consciência tranquila, toda vez que surja unido ao serviço e à caridade, será
sempre bênção de Deus, fazendo prodígios.
CONTINUA AMANHÃ
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